sábado, 6 de setembro de 2014

A ignorância política numa democracia adolescente


A democracia recente, ainda adolescente no Brasil permite as mais bizarras cenas, interpretações e análises.
Esta eleição é um exemplo claro da contradição de eleitores, candidatos/as e prioritariamente da mídia, que no Brasil se tornou um grande partido político, aliás, dos mais influentes, visto que entra na casa de todas as classes sociais.

Fosse à eleição algo pra ser avaliado do ponto de vista técnico, dos resultados econômicos, financeiros, da inclusão social, das melhorias na educação, saúde e segurança, como apregoam todo e qualquer candidato de qualquer partido, diria: Dilma no Brasil e Tarso no Rio Grande são imbatíveis, considerando os resultados de seus governos.

Entretanto, os cenários pintados, mascarados pela mídia, por interesses inconfessáveis e recheado pela ignorância política da maioria da sociedade brasileira, estes aspectos se tornam secundários. Portanto, as bizarrices de “supostos” candidatos da “educação, saúde, inclusão, etc”, sucumbe diante dos indicadores, mas, infelizmente prospera na incapacidade de interpretação de eleitores desinformados, ou melhor, mal informados e manipulados por uma mídia que é ao fim e ao cabo, anti povo, antinacionalista e que defende apenas seus interesses.

Estes eleitores que tem sua maior erudição nos panfletos diários e em magazines semanais são os inocentes uteis de uma elite real. A classe média brasileira é das mais estúpidas e reacionárias, fruto da cultura de subir derrubando os outros, são uma classe melhorada com acesso a determinados serviços e que se acham “ricos”, se creem parte do sistema, e o são, mas a parte escrota, a camada de sustentação de quem realmente detém o capital e lhes oferece migalhas como benesses.

Com base nisso e com um ódio alimentado por um partido dito de “esquerda”, repetem o bordão da mídia e da elite, mesmo sabendo que quem lhes melhorou a vida foram justamente às políticas econômicas e sociais implantadas no Brasil nestes últimos 12 anos.

Esta será a 7º eleição depois da redemocratização do Brasil, em três delas os representantes do conservadorismo venceram, em outras três venceu o PT, com Lula e Dilma,  os resultados, os números, os indicadores que constam de institutos oficiais, nacionais e internacionais não permitem nenhuma margem para equívocos quando comparados. Isto comprova que o que interessa não são melhorias econômicas e sociais, estes temas servem como discurso e não como instrumento de convencimento, se assim fosse, a disputa não teria a menor graça. Sabemos a favor de quem depõem os números.

A despolitização, a ignorância e o destrambelhamento de quem se diz “apolítico”, permite que a sombra de um defunto, uma candidata sem partido e um representante da oligarquia que quebrou três vezes o Brasil e colocou o país de joelhos ainda hoje façam a disputa presidencial e ganhem relevância na sociedade e nos meios de comunicação;

É demasiada estupidez para ser analisada.