A democracia recente, ainda adolescente no Brasil permite as
mais bizarras cenas, interpretações e análises.
Esta eleição é um exemplo claro da contradição de eleitores,
candidatos/as e prioritariamente da mídia, que no Brasil se tornou um grande
partido político, aliás, dos mais influentes, visto que entra na casa de todas
as classes sociais.
Fosse à eleição algo pra ser avaliado do ponto de vista
técnico, dos resultados econômicos, financeiros, da inclusão social, das
melhorias na educação, saúde e segurança, como apregoam todo e qualquer
candidato de qualquer partido, diria: Dilma no Brasil e Tarso no Rio Grande são
imbatíveis, considerando os resultados de seus governos.
Entretanto, os cenários pintados, mascarados pela mídia, por
interesses inconfessáveis e recheado pela ignorância política da maioria da
sociedade brasileira, estes aspectos se tornam secundários. Portanto, as
bizarrices de “supostos” candidatos da “educação, saúde, inclusão, etc”,
sucumbe diante dos indicadores, mas, infelizmente prospera na incapacidade de interpretação
de eleitores desinformados, ou melhor, mal informados e manipulados por uma
mídia que é ao fim e ao cabo, anti povo, antinacionalista e que defende apenas
seus interesses.
Estes eleitores que tem sua maior erudição nos panfletos
diários e em magazines semanais são os inocentes uteis de uma elite real. A
classe média brasileira é das mais estúpidas e reacionárias, fruto da cultura
de subir derrubando os outros, são uma classe melhorada com acesso a
determinados serviços e que se acham “ricos”, se creem parte do sistema, e o
são, mas a parte escrota, a camada de sustentação de quem realmente detém o capital
e lhes oferece migalhas como benesses.
Com base nisso e com um ódio alimentado por um partido dito
de “esquerda”, repetem o bordão da mídia e da elite, mesmo sabendo que quem
lhes melhorou a vida foram justamente às políticas econômicas e sociais implantadas
no Brasil nestes últimos 12 anos.
Esta será a 7º eleição depois da redemocratização do Brasil,
em três delas os representantes do conservadorismo venceram, em outras três venceu
o PT, com Lula e Dilma, os resultados,
os números, os indicadores que constam de institutos oficiais, nacionais e
internacionais não permitem nenhuma margem para equívocos quando comparados. Isto
comprova que o que interessa não são melhorias econômicas e sociais, estes
temas servem como discurso e não como instrumento de convencimento, se assim fosse,
a disputa não teria a menor graça. Sabemos a favor de quem depõem os números.
A despolitização, a ignorância e o destrambelhamento de quem
se diz “apolítico”, permite que a sombra de um defunto, uma candidata sem
partido e um representante da oligarquia que quebrou três vezes o Brasil e
colocou o país de joelhos ainda hoje façam a disputa presidencial e ganhem
relevância na sociedade e nos meios de comunicação;
É demasiada estupidez para ser analisada.