Os outros nomes do deficit zero yedista
Um homem de 31 anos teve confirmado ontem, em São Borja (RS) o primeiro caso de leishmaniose viceral em seres humanos no Estado.O paciente está internado na UTI do Hospital Ivan Goulart. A leishmaniose é provocada por um protozoário transmitido por mosquitos flebotomíneos.A informação é do insuspeito (neste caso) jornal Zero Hora, de hoje. A notícia ocupa um espaço mínimo na página 28 (editoria de Geral), fac-símile acima.........................O Rio Grande do Sul está em franco processo de regressão social, educacional e de saúde pública. Mas o governo tucano da governadora Yeda Rorato Crusius proclama que o deficit zero foi atingido graças a blablablablá.Se a governadora fosse sincera, diria que o deficit zero foi alcançado contabilmente porque o Estado descumpre com as suas funções públicas mais elementares como na saúde pública, por exemplo.Antes de o tucanato abater o RS desconhecíamos a dengue, a febre amarela e a leishmaniose. Hoje, essas doenças endêmicas de regiões remotas ou muito desassistidas são uma ameaça pública imediata no Rio Grande do Sul.Para que essas endemias se propaguem, são necessários dois movimentos combinados:1) desinteresse econômico dos laboratórios farmacêuticos, que abandonam o pipeline de pesquisa dessas moléstias arcaicas em favor de linhas de investigação científica mais rentáveis, de olho nos indicadores das bolsas de valores e nas exigências de rentabilidade de seus acionistas e investidores;2) desinteresse das autoridades públicas locais ou regionais para as políticas de prevenção e erradicação dos vetores de propagação das endemias, bem como a ausência de políticas públicas integradas nas áreas da saúde, saneamento, habitação, educação ambiental, planejamento urbano, etc.Daqui para frente, não nos espantemos se o Estado for assolado por zoonoses e endemias típicas da era medieval, como: doença de Chagas, malária, toxoplasmose, leptospirose, hanseníase, raiva, tricomoníase, giardíase, escorbuto e peste bubônica.Esses são os outros nomes do famigerado deficit zero da tucana Yeda Rorato Crusius.
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