Até a última hora, achei que não ia precisar escrever coisinhas fraternas de natal e final de ano. É sempre aquela velha historia de desejos de paz, alegria, saúde, sucesso, felicidades, quase sempre meio forçadas. Uma solução ia pintar, eu pensava. "Um ano tão legal!", hora de construir um discurso fora desta lógica.
Alguns leitores e ex leitores do Blog com quem me encontro, ou que me escrevem, dizem que eu estava quase parando, escrevendo pouco sobre tudo. É verdade. Naturalmente que o ritmo diminuiu, desta vez cheguei a montar uma retrospectiva política e financeira para publicar, mas ficou muito numero, parecia uma tabuada, os resultados positivos do país são incontestáveis, todos sabemos. O discurso da oposição e da mídia comercial que é sua porta voz continua o mesmo. Lá se vão 11 anos de previsão do caos que não se confirmam.
Nesta perspectiva decidi que a mensagem tinha que ser mais intima, mais leve ...assim como tomar um chope, ou uma conversa de balcão. Algo para meus leitores, aqueles de todo dia que me honram com seus cliques, pra além dos facebooks da vida. Vem-me a memória algo que li não sei onde, e que diz "Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano foi um cara genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro numero e outra vontade de acreditar, que daqui pra diante tudo será diferente".
O que mais me impressionou nestes12 anos de blog foi à intimidade criada entre eu e os leitores, num grau como nunca tivera antes. Escrevi coisas, fiz confissões que jamais faria em papel impresso. É bem verdade que nada explosivo, grave, nenhum crime. Mas, de qualquer maneira, os embates às vezes foram ferrenhos. Opiniões e posições assumidas geram "tremores" que considero salutar. Em que outro lugar eu contaria minhas peripécias para acabar com a barriga de chope, E ao mesmo tempo dar pitácos em questões de economia e política? Sempre vigilante com a "mídia" conservadora e arcaica. Observando seus erros mais grosseiros e enaltecendo posições corretas. Não me perguntem por quê. A hipótese mais provável é que a gente escreve aqui como se estivesse respondendo ao e-mail de um/uma amigo/amiga.
Há leitores de quem nunca vi a cara, de quem nem a idade sei e que se tornaram amigas ou amigos _ de fato, com sinceridade. Sabem sobre mim, dão palpites na minha vida, me fazem confidências, declarações de admiração, de ódio, muitos xingamentos impublicáveis. Acho que sinto falta até do Abstrato, (anônimo) o mais cretino dos comentaristas - ô, raça! -, pra você ver como tenho mesmo uma impressionante capacidade de deletar o que de ruim existe nas coisas boas que vão ficando pra trás.
Acredito que, com o tempo, meus inimigos (adversários) vão virar pessoas perfeitas, tamanha facilidade que tenho para esquecer as crises e o que é ruim, acredito que é assim que devemos tratar nossos algozes, além é claro de reprovar os comentários. Prometo-lhes um ano repleto de artigos meus, com profundas reflexões acerca da política, da economia do Brasil e com muita conjuntura de mercados regionais e mundiais, como sempre foi o propósito deste espaço. As condições estão postas;
Chatos, muito chatos, são só estes momentos inevitáveis em que velamos uma bela história que se acaba como o ano que se vai. Entretanto amigo/as, o Natal e o Ano Novo está ali na esquina nos aguardando e as coisas boas que nos advindas disso, são do tamanho dos sonhos e da esperança de todos e cada um de vocês. Desejo de fato um excelente ano, bons festejos a todos nós e acredito veementemente que 2014 será excepcionalmente bom e realizador para todos nós.
Voltarei a escrever depois de curar todas as ressacas possíveis.
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