Na publicidade e na animação, já perdemos a Copa de goleada para os vizinhos. Basta ver as peças publicitárias da Argentina e do Chile, por exemplo.
Dão shows de sensibilidade, criatividade e emoção.
Quase se esquece o peso do anunciante em algumas delas, tamanha é a delicadeza emocional e motivacional dos vídeos.
Até parece que a Copa vai ser encenada por lá, no solo argentino ou no território chileno.
Vibrantes, os comerciais recorrem, por exemplo, à tenacidade heróica dos mineiros soterrados nas minas chilenas de San Jose.
Ou resgatam um jovem sem os dois braços que na copa de 1978, após a partida final em Buenos Aires, tentava enlaçar, com suas mangas vazias, dois heróis ajoelhados no gramado, consumando o que se chamou à época de "abraço da alma". Grisalho, 36 anos depois, ele, de novo, encontra-se com os mesmos dois envelhecidos campeões, unidos pela alegre esperança de conquistar a taça no Brasil.
E, por aí, vão os hermanos, alegremente contaminados pelo megaevento mundial. Basta buscar no youtube para se arrepiar.
Aqui, em nossos vídeos, repetem-se à exaustão os canastrões de sempre, Felipão e dona Olga, Romário tatibitati, Ronaldo multimarcas e as/os globastrais que continuam expondo os rostos, os trejeitos e os sotaques só para vender cerveja, carnes, refrigerantes, automóveis...
A Copa nem é mera desculpa para faturar mais e mais.
É deboche explícito com a tal paixão da pátria de chuteiras.
O texto é do meu colega, jornalista André Pereira
Fisgado do facebook dele
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