sexta-feira, 20 de março de 2009

E o povo vota contra seus proprios interesses


Na medida em que a decadência cresce nas sociedades, a linguagem cai também na decadência. As palavras são utilizadas para distinguir, não para iluminar as ações: ‘destrói-se uma cidade em nome de sua libertação’. Usam-se as palavras para confundir; e então, em tempo de eleições, o povo solenemente vota contra os seus próprios interesses”.Gore Vidal no seu livro, editado em 2004,“Imperial America: Reflections on the United States of Amnesia”.A propósito de: Fogaças, Yedas, reeleição de Fogaças, Fogaças para governador, bancadas do concreto, Ponta do Melo, torres + torres, orlas invadidas, falta de merenda escolar, viatura policial sem rádio, policial sem colete, parceiros que proferem "ela é sem-vergonha!", gravações autorizadas pela Justiça onde se ouve "ela é sem-vergonha" (e tudo fica por isso mesmo, e ela nem pisca, nem retoca a maquiagem), saúde pública abandonada, desejo irreprimível de comprar objeto voador, grosseria, mau humor, burrice, dengue, febre amarela, dívida em dólar, capitulação ao Banco Mundial (com auxílio do PT), anomia administrativa, roubo de 44 milhões de reais, secretário da Casa Civil admitindo que o financiamento dos partidos aliados é por via das estatais (e nada acontece, judicialmente), pedágio mais caro do País, bebê japonês, educação enlatada em conteiners, arrogância, cartinhas bregas a jornalistas amestrados, casa nova e nos devendo explicações convincentes, mais mau humor, mais burrice, chinelo de dedo, blusa de oncinha, imprensa bombachuda a soldo da especulação imobiliária mais desavergonhada, gente que não levanta o traseiro gordo da cadeira por menos de cem mil reais, e as práticas das maiores bandalheiras em nome da democracia e do progresso.
Progresso e democracia para quem, cara pálida?

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