Todas as cores da ignorância
A governadora Yeda Crusius vive no RS há mais de trinta anos, e governa – segundo consta oficialmente – o Estado há mais de 27 meses e ainda não entendeu nada da história da velha Província de São Pedro.
Ontem, portando um lenço branco – identificação castilhista – a governadora, nascida em São Paulo, não soube explicar à ministra Rousseff se era chimango ou maragato. Preferiu o seu dialeto embromeichon-bobineichon – que lhe é peculiar – dizendo que o lenço contemplava todas as cores do Rio Grande, inclusive o vermelho, que deveria ser a cor predileta da ministra, segundo Yeda.
A confusão da governadora é própria de quem ignora os simbolismos políticos-partidários do velho Rio Grande de guerra. Aqui, o lenço vermelho identifica a reação do latifúndio contra a revolução não-democrática mas burguesa do castilhismo-borgismo, a partir da Constituição modernizadora de 1891.
Yeda precisa de umas aulas de Rio Grande do Sul. Seu lenço deveria ser vermelho.
Acima, fac-símile parcial da coluna de Rosane de Oliveira, de hoje, em ZH.
Via diario gauche
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