quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Golpe de Estado da Goldman Sachs contra a Grécia e Itália



A situação politico-econômica na Europa já é insustentável. Assistimos impassível as substituições de governo na Grécia e Itália. As grandes redes de comunicação passam apenas flashes sobre o que acontece realmente sobre o assunto, e independente da antipatia que seus dirigentes despertavam em amplos seguimentos da população, na prática esta mudança supõem, substituir os democraticamente eleitos por outros , chamados “tecnocratas” , que não foram eleitos pelo povo e nem familiaridade lhes guarda.
Se o sistema democrático atual já se encontrava em situação deplorável, e apesar de todo alarde feito de que as garantias parlamentares foram respeitadas, isto se constitui tecnicamente em “golpe de estado encoberto”, em que os beneficiados são os mercados e suas estratégias especulativas selvagens. É golpe mesmo, pra que fique bem claro.

Sabes quem são Luca Papademos (atual dirigente grego depois da demissão de Papandreu) e Mariano Monti (agora a frente do governo italiano)? Sabes quem é Mario Draghi (atual presidente do banco central europeu)?
Sabes o que é “Goldman Sachs"?

Lhes explico:

Goldman Sachs: É um dos maiores bancos de investimentos mundiais e co-responsável direto, junto com a agência de qualificação Moody's pela atual críse e um de seus maiores beneficiários. Só a título de lembrança, em 2007 ganharam mais de U$ 4 bilhões em operações de desembocaram neste desastre atual. Como fizeram? Incentivando os Investidores a aplicar em produtos sub-prime, sabendo que este era um produto podre(lixo), e ao mesmo tempo se dedicavam a “apostar” na bolsa pelo fracasso dos mesmos. Isso é apenas a ponta do iceberg, e está tudo bem documentado, podem investigar. Enquanto escrevemos isto, eles estão se forrando na base da especulação de dívidas soberanas.

Papademos: Atual primeiro ministro grego, após a saída de Papandreu. Não eleito pelo povo.
  • Ex presidente do Banco da Federal Reserva de Boston entre 1993 e 1994.
  • Vice presidente do Banco Central Europeu de 2002 à 2010
  • Membro da Comissão Tri-Lateral desde 1998, fundada por Rockefeller, lobby neo-liberal (se dedicam a comprar políticos na base de subornos)
  • Ex presidente do Banco Central grego entre 1994 e 2002. Falsificou as contas do déficit publico do pais com a ajuda ativa da Goldman Sachs o que conduziu praticamente para a atual crise que vive o país.

Mariano Monti: Atual primeiro ministro da Itália depois da queda de Berlusconi. Não eleito pelo povo.
  • Ex diretor europeu da Comissão Tri-Lateral antes mencionada.
  • Assessor da Goldman Sachs durante o período que esta ajudou a mascarar o déficit do governo grego

Mario Draghi: Atual presidente do Banco Central Europeu em substituição de Jean Claude Trichet.
  • Ex diretor executivo do Banco Mundial entre 1985 e 1990.
  • Vice presidente pra Europa da Goldman Sachs entre 2002 e 2006, período que se mascarou o déficit.

Portanto, que tamanha causalidade, todos pela mão da Goldman Sachs. Os que criaram a crise se apresentam agora como única opção viável pra sair dela. Alguns setores da mídia estadunidense está chamando isso de “governo Goldman Sachs na Europa”.
Eles pretendem nos fazer pensar que a “crise” foi uma espécie de escorregão, mas a realidade aponta que por trás dela, existe uma vontade perfeitamente orquestrada pra exercerem o poder direto em nosso continente, em uma manobra sem precedentes na Europa do século XXI. A estratégia dos grandes bancos de investimentos e agencias de classificação é uma variante de outras, já levadas a cabo em outros continentes, vem sendo desenvolvida desde o início da crise e desde meu ponto de vista pretendem:

  • Falir nossos países mediante especulação em bolsa/mercado. Lhes enchemos de medo ao que dirão nos mercados. “Nós controlamos”, a cada dia.
  • Nos obrigar recorrer a empréstimos para mantê-los no “Status Quo”, ou “lhes salvamos”?. Estes empréstimos, são minuciosamente calculados pra que os países não possam pagar, como é o caso da Grécia, que não poderia cobrir sua dívida, mesmo que vendessem o país inteiro. E não se trata aqui de nenhuma metáfora, é matemático isso.
  • Exigir cortes sociais e privatizações em detrimento da cidadania, com a ameaça de que se os governos não efetuarem as reformas “os investidores” se retirarão por “medo” de não recuperar seu dinheiro investidos na dívida e “outros investimentos”.
  • Criar um altíssimo nível de descontentamento social, propício pra que o povo, já dormente, aceite qualquer coisa contanto que saia da situação atual.
  • Colocamos nosso “homens”, onde melhor convenha.

Se lhes parece simples ficção, informe-se: Este tipo de estratégias estão perfeitamente documentadas, e vem sendo implementadas com suas variantes ao longo do século XX e XXI em outros países, notadamente na Latino América por parte dos EUA, quando se dedicavam e “podiam”, ainda se dedicam na medida que podem a asfixiar economicamente, através da divida externa países da Centro América. Criando descontentamento e caos social e aproveitando disso para colocar seus dirigentes e afins no poder, alinhados com seus interesses.
Hoje isto está acontecendo com a Europa, e não porque os EUA o façam, senão o que faz a industria financeira. E o que está ocorrendo diante do olhar impotente e/ou cúmplice de nossos governantes, é o maior roubo jamais realizado na história da humanidade, em escala planetária, são golpes de Estado e violações flagrantes de Estados e de seus povos.



* Não sei quantos além de mim recebeu este e-mail “desabafo” de um cidadão europeu. Resolvi traduzir e publicar. Até porque conhecemos a estratégia e como combatê-la. Agora é a vez deles.

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