terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um discurso que emocionou o presidente



O PAA ( Programa de Aquisição de Alimentos) é um projeto de baixo custo,auto sustentável e de grande inclusão social e geração de renda. Quando se ouve manifestações como esta, se percebe que a cidadania pede tão pouco.Mais, com este pouco é possivel fazer muito.

O Ministro X-9


                                   Aí, eu disse para o embaixador: "Esse Samuel é uma cobra!"

 
Uma informação incrível, revelada graças às inconfidências do Wikileaks,circula ainda impunemente pela equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff: o ministro da Defesa, Nelson Jobim, costumava almoçar com o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford Sobel para falar mal da diplomacia brasileira e passar informes variados. Para agradar o interlocutor e se mostrar como aliado preferencial dentro do governo Lula, Jobim, ministro de Estado, menosprezava o Itamaraty, apresentado como cidadela antiamericana, e denunciava um colega de governo, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, como militante antiyankee. Segundo o relato produzido por Clifford Sobel, divulgado pelo Wikileaks, Jobim disse que Guimarães “odeia os EUA” e trabalha para “criar problemas” na relação entre os dois países.
Para quem não sabe, Samuel Pinheiro Guimarães, vice-chanceler do Brasil na época em que Jobim participava de convescotes na embaixada americana em Brasília, é o atual ministro-chefe da Secretaria Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE). O Ministério da Defesa e a SAE são corresponsáveis pela Estratégia Nacional de Defesa , um documento de Estado montado por Jobim e pelo antecessor de Samuel Guimarães, o advogado Mangabeira Unger – com quem, aliás, Jobim parecia se dar muito bem. Talvez porque Unger, professor em Harvard, é quase um americano, com sotaque e tudo.
Após a divulgação dos telegramas de Sobel ao Departamento de Estado dos EUA, Jobim foi obrigado a se pronunciar a respeito. Em nota oficial, admitiu que realmente “em algum momento” (qual?) conversou sobre Pinheiro com o embaixador americano, mas, na oportunidade, afirma tê-lo mencionado “com respeito”. Para Jobim, o ministro da SAE é “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”, e que Sobel o interpretou mal. Como a chefe do Departamento de Estado dos EUA, Hillary Clinton, decretou silêncio mundial sobre o tema e iniciou uma cruzada contra o Wikileaks, é bem provável que ainda vamos demorar um bocado até ouvir a versão de Mr. Sobel sobre o verdadeiro teor das conversas com Jobim. Por ora, temos apenas a certeza, confirmada pelo ministro brasileiro, de que elas ocorreram “em algum momento”.
Mais adiante, em outro informe recolhido no WikiLeaks, descobrimos que o solícito Nelson Jobim outra vez atuou como diligente informante do embaixador Sobel para tratar da saúde de um notório desafeto dos EUA na América do Sul, o presidente da Bolívia, Evo Morales. Por meio de Jobim, o embaixador Sobel foi informado que Morales teria um “grave tumor” localizado na cabeça. Jobim soube da novidade em 15 de janeiro de 2009, durante uma reunião realizada em La Paz, onde esteve com o presidente Lula. Uma semana depois, em 22 de janeiro, Sobel telegrafava ao Departamento de Estado, em Washington, exultante com a fofoca.
No despacho, Sobel revela que Jobim foi além do simples papel de informante. Teceu, por assim dizer, considerações altamente pertinentes. Jobim revelou ao embaixador americano que Lula tinha oferecido a Morales exame e tratamento em um hospital em São Paulo. A oferta, revela Sobel no telegrama a Washington, com base nas informações de Jobim, acabou protelada porque a Bolívia passava por um “delicado momento político”, o referendo, realizado em 25 de janeiro do ano passado, que aprovou a nova Constituição do país. “O tumor poderia explicar por que Morales demonstrou estar desconcentrado nessa e em outras reuniões recentes”, avisou Jobim, segundo o amigo embaixador.
Não por outra razão, Nelson Jobim é classificado pelo embaixador Clifford Sobel como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”. Não é difícil, à luz do Wikileaks, compreender tamanha admiração. Resta saber se, depois da divulgação desses telegramas, a presidente eleita Dilma Rousseff ainda terá argumentos para manter Jobim na pasta da Defesa, mesmo que por indicação de Lula. Há outros e piores precedentes em questão.
Jobim está no centro da farsa que derrubou o delegado Paulo Lacerda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acusado de grampear o ministro Gilmar Mendes, do STF. Jobim apresentou a Lula provas falsas da existência de equipamentos de escutas que teriam sido usados por Lacerda para investigar Mendes. Foi desmentido pelo Exército. Mas, incrivelmente, continuou no cargo. Em seguida, Jobim deu guarida aos comandantes das forças armadas e ameaçou renunciar ao cargo junto com eles caso o governo mantivesse no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos a idéia (!) da instalação da Comissão da Verdade para investigar as torturas e os assassinatos durante a ditadura militar. Lula cedeu à chantagem e manteve Jobim no cargo.
Agora, Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, foi pego servindo de informante da Embaixada dos Estados Unidos. Isso depois de Lula ter consolidado, à custa de enorme esforço do Itamaraty e da diplomacia brasileira, uma imagem internacional independente e corajosa, justamente em contraponto à política anterior, formalizada no governo FHC, de absoluta subserviência aos interesses dos EUA.
Foi preciso oito anos para o país se livrar da imagem infame do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer tirando os sapatos no aeroporto de Miami, em dezembro de 2002, para ser revistado por seguranças americanos.
De certa forma, os telegramas de Clifford Sobel nos deixaram, outra vez, descalços no quintal do império.

Por Leando Fortes no blog Brasília eu vi

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os donos da mídia estão nervosos

A Veja andou atrás do blogueiro Renato Rovai querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.
O blogueiro Renato Rovai contou durante o curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, realizado semana passada no Rio, que a Veja andou atrás dele querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.

À essa informação somam-se as matérias dos jornalões e de algumas emissoras de TV sobre a coletiva, sempre distorcidas, tentando ridicularizar entrevistado e entrevistadores.

O SBT chegou a realizar uma edição cuidadosa daquele encontro destacando as questões menos relevantes da conversa para culminar com um encerramento digno de se tornar exemplo de mau jornalismo.

Ao ressaltar o problema da inexistência de leis no Brasil que garantam o direito de resposta, tratado na entrevista, o jornal do SBT fechou a matéria dizendo que qualquer um que se sinta prejudicado pela mídia tem amplos caminhos legais para contestação (em outras palavras). Com o que nem o ministro Ayres Brito, do Supremo, ídolo da grande mídia, concorda.

Jornalões e televisões ficaram nervosos ao perceberem que eles não são mais o único canal existente de contato entre os governantes e a sociedade.

Às conquistas do governo Lula soma-se mais essa, importante e pouco percebida. E é ela que permite entender melhor o apoio inédito dado ao atual governo e, também, a vitória da candidata Dilma Roussef.

Lula, como presidente da República, teve a percepção nítida de que se fosse contar apenas com a mídia tradicional para se dirigir à sociedade estaria perdido. A experiência de muitos anos de contato com esses meios, como líder sindical e depois político, deu a ele a possibilidade de entendê-los com muita clareza.

Essa percepção é que explica o contato pessoal, quase diário, do presidente com públicos das mais diferentes camadas sociais, dispensando intermediários.

Colunistas o criticavam dizendo que ele deveria viajar menos e dar mais expediente no palácio. Mas ele sabia muito bem o que estava fazendo. Se não fizesse dessa forma corria o risco de não chegar ao fim do mandato.

Mas uma coisa era o presidente ter consciência de sua alta capacidade de comunicador e outra, quase heróica, era não ter preguiça de colocá-la em prática a toda hora em qualquer canto do pais e mesmo do mundo.

Confesso que me preocupei com sua saúde em alguns momentos do mandato. Especialmente naquela semana em que ele saía do sul do país, participava de evento no Recife e de lá rumava para a Suíça. Não me surpreendi quando a pressão arterial subiu, afinal não era para menos. Mas foi essa disposição para o trabalho que virou o jogo.

Um trabalho que poderia ter sido mais ameno se houvesse uma mídia menos partidarizada e mais diversificada. Sem ela o presidente foi para o sacrifício.

Pesquisadores nas áreas de história e comunicação já tem um excelente campo de estudos daqui para frente. Comparar, por exemplo, a cobertura jornalística do governo Lula com suas realizações. O descompasso será enorme.

As inúmeras conquistas alcançadas ficariam escondidas se o presidente não fosse às ruas, às praças, às conferências setoriais de nível nacional, aos congressos e reuniões de trabalhadores para contar de viva voz e cara-a-cara o que o seu governo vinha fazendo. A NBR, televisão do governo federal, tem tudo gravado. É um excelente acervo para futuras pesquisas.

Curioso lembrar as várias teses publicadas sobre a sociedade mediatizada, onde se tenta demonstrar como os meios de comunicação estabelecem os limites do espaço público e fazem a intermediação entre governos e sociedade.

Pois não é que o governo Lula rompeu até mesmo com essas teorias. Passou por cima dos meios, transmitiu diretamente suas mensagens e deixou nervosos os empresários da comunicação e os seus fiéis funcionários, abalados com a perda do monopólio da transmissão de mensagens.

Está dada, ao final deste governo, mais uma lição. Governos populares não podem ficar sujeitos ao filtro ideológico da mídia para se relacionarem com a sociedade.

Mas também não pode depender apenas de comunicadores excepcionais como é caso do presidente Lula. Se outros surgirem ótimo. Mas uma sociedade democrática não pode ficar contando com o acaso.

Daí a importância dos blogueiros, dos jornais regionais, das emissoras comunitárias e de uma futura legislação da mídia que garanta espaços para vozes divergentes do pensamento único atual.

Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

Publicado originalmente na Carta Maior

sábado, 27 de novembro de 2010

Jorge Cafrune - Coplas del Payador Perseguido





Yo vengo de muy abajo y muy arriba no estoy
Al pobre mi canto doy y así lo paso contento
Poque estoy en mi elemento y ahi valgo por lo que soy

Outra estrofe buenassa:

El trabajo es cosa buena, es lo mejor de la vida
Pero la vida es perdida trabajando em campo ajeno
Unos trabajam de trueno, y es para otros la llovida.

E, esta de arremate?

Si alguna vuelta he cantado ante panzudos patrones
He picaneado las razones profundas del pobrerio
Yo no traiciono los míos por palmas y patacones



Clica e escuta esta milonga pajada, cheia de sentidos neste sábado miserável e de pança cheia de trago.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vai lá,é amanhã

Beltrame para DG da Polícia Federal. Em SP ninguém usa cocaína ou crack


O delegado Beltrame ganhou a batalha.

Ele não acabou com o tráfico nem com o crime organizado no Rio – o que é impossível.

Mas, ele botou o tráfico para correr.

E as milícias também correram, apesar do apoio que elas deram, nas eleições, ao Marcelo Lunus Itagiba, braço direito e esquerdo do Padim Pade Cerra.

Beltrame ganhou a batalha porque pôs para funcionar a ideia que o governador Sérgio Cabral trouxe da Colômbia: as Unidades Policiais Pacificadoras.

Beltrame expulsou os traficantes das favelas.

Pôs para correr.

E quando os traficantes reagiram, ele foi para cima dos traficantes, com a ajuda do Presidente Lula.

O tráfico no Rio perdeu espaço, está desarticulado.

Assim como as milícias, uma etapa superior da organização do crime.

Clique aqui para ler interessante artigo de Claudio Beato, na pág. 3 da Folha (*):

Beltrame ganhou a principal batalha, que foi o conceito: re-instalar o Estado na área criminosa.

O Estado tem que governar.

Com a fuga dos traficantes e a re-ocupação do espaço criminoso, surgirão problemas sérios.

Para onde vão os traficantes foragidos ?

Numa entrevista à RecordNews, o senador Marcelo Crivella chamou a atenção deste ordinário blogueiro para o deslocamento dos traficantes das favelas ocupadas pelas UPPs para cidades próximas ao Rio.

Beltrame vai ter que ir atrás deles lá, também.

Como desarticulou as milícias fora do Rio.

(Será essa a razão para o Marcelo Lunus Itagiba não se re-eleger deputado federal ?)

Também muito importante: a relação republicana que Sérgio Cabral manteve com Beltrame.

Não há no Governo Sérgio Cabral nomeação política de chefe de delegacia ou de comando da Polícia Militar.

E a população do Rio gosta do trabalho do Beltrame.

O que ajudou a re-eleger Sérgio Cabral.

Beltrame também vai atrás de criminoso do colarinho branco.

E aí, de novo, ele esbarra em interesses políticos que começam a se afligir com a ação destemida do Secretário de Segurança do Rio.

Dilma já disse que vai ampliar o conceito de UPPS pelo Brasil afora.

Dilma poderia devolver à Polícia Federal a característica republicana, que se foi para Portugal, no avião com Paulo Lacerda.

(Uma das – poucas – páginas cinzentas do Governo Lula.)

O substituto de Lacerda, Luiz Fernando Corrêa, foge de crime do colarinho branco como foge do áudio grampo.

E se dedica a perseguir o ínclito delegado Protógenes Queiroz.

Clique aqui para ler“Delegados federais aplaudem Mercadante quando elogia Protógenes – frente do Corrêa ”.

Já ouvi dizer que a Dilma vai nomear o Ministro da Justiça e o Diretor Geral da Polícia Federal.

Ou seja, o Ministro da Justiça NÃO vai nomear o DG da Polícia Federal.

É da cota dela.

Foi o que fez o Dr Tancredo.

Quando chamou o sábio Fernando Lyra para Ministro da Justiça já disse, ali, no ato, quem ia ser o DG da Polícia Federal.

O Diretor Geral da Policia Federal é importante para combater o crime.

Mas, o DG da Polícia Federal também pode chantagear, constranger o Presidente da República.

O Fernando Henrique Cardoso poderia dar um bom depoimento sobre isso, numa das suas 674 entrevistas semanais ao PiG (**).

Não há notícia de que Beltrame tenha constrangido o Governador do Rio.

Nem tenha ameaçado à la Henrique Meirelles, o novo entrevistado de prateleira do PiG (**): só fico com autonomia !

Beltrame hoje representa o policial de que os cidadãos se orgulham.

Como foi Paulo Lacerda.

Em tempo: sobre a cobertura do PiG (**) paulista à caça aos traficantes no Rio.

O amigo navegante poderia responder às seguintes perguntas, por favor ?

Onde se consome mais automóvel ? No Rio ou em São Paulo ?

Onde se consome mais pizza aos domingos ? No Rio ou em São Paulo ?

Onde se consome mais camisinha nos fins de semana ? No Rio ou em São Paulo ?

E onde se consome mais cocaína ?

No Rio, dirão os membros do PiG (**).

Em São Paulo, por esse raciocínio, ninguém consome crack nem cocaína.

Da mesma forma que nenhuma tucana de São Paulo fez ou fará aborto.

Por isso, não há traficantes nem cenas de “guerra” em São Paulo.

É uma área santificada, uma gigantesca Cidade do Vaticano, governada pelo Padroeiro de Aparecida, com as bênçãos do Padim Pade Cerra.

É assim, amigo navegante ?

Não.

É porque, no Rio, o Cabral e o Beltrame combatem o tráfico.

Em São Paulo, o tráfico se consorciou com o Estado.

Como diz o especialista na matéria, o traficante colombiano Abadía, a melhor maneira de acabar com o tráfico em São Paulo é fechar a delegacia que combate o tráfico, o Denarc.

Por isso, São Paulo não tem caveirão nem UPP.


Paulo Henrique Amorim No Conversa Afiada

Debatendo o Rio Grande

Halls para o Sul21

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os muitos editorialistas de Zero Hora


Formalmente, o jornal Zero Hora publica dois editoriais nas edições do principal diário da família Sirotsky, o jornal Zero Hora. Entretanto, muitos empregados da firma fazem as vezes de editorialistas informais do jornal. São os chamados leguleios, os formalistas, os que pegam ao pé da letra o pensamento e o vetor político-ideológico dos patrões. Entre estes, enumeram-se muitos articulistas, diagramadores, fotógrafos, colunistas, repórteres, editores, etcetera. Trata-se, sem dúvida, de um grupo coeso e untado pelo óleo da sabujice e o aroma da lã ovina in natura.

Vejam essa pretendida charge publicada hoje. Nada mais impertinente, irreal e de mau agouro. O Rio de Janeiro avisa que o futuro do RS é trágico, conforme o traço mambembe do chargista. A realidade não aponta nada disso, não há nenhum elemento ou indício que garanta essa conclusão estúpida, mas o celetista de ZH, sim. Ele está garantindo, ele está dizendo, através de um editorial particular, mas consoante a mentalidade corporativa da firma, que o Rio Grande do Sul pode se preparar para o pior: que viveremos quatro longos anos de choro e ranger de dentes, que o crime organizado vencerá e que a cidadania viverá acuada e em permanente pânico.

Os editorialistas de Zero Hora prometem dar muito trabalho ao futuro governo Tarso Genro.

Observações pertinentes do sempre vigilante sociólogo gaúcho, Cristóvão Feil no Diário Gauche

Chapa 3 vence em processo eleitoral do DCE / UFRGS legitimado por grande votação


Quase 20% dos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul votaram, apesar de diversas tentativas de golpe por parte da situação, e legitimaram as eleições para o Diretório Central de Estudantes da UFRGS. Com dois mil e trezentos votos, a Chapa 3 – Oposição Unificada foi a grande vencedora. A situação, representada pela Chapa 1, ficou em segundo lugar, com 1300 votos, e a Chapa 2 teve 850 votos.

O último dia de votações não teve os problemas de agressão de segunda-feira, mas começou com nova tentativa de destruir o processo eleitoral democrático. Email recebido por esse repórter às 4h20min da madrugada, enviado pela lista da Comissão Eleitoral – ou seja, para todos os alunos – dizia que a eleição estava suspensa por decisão da Comissão Eleitoral.

O email afirmava que o motivo era a perda de controle da Comissão sobre o processo, por atitudes da Reitoria, da Secretaria de Assistência Estudantil e da Chapa 3, que teria agredido o presidente e o tesoureiro da Comissão Eleitoral, Adrio de Oliveira Dias e Cleber Machado. Vídeos das ocasiões não mostram essas agressões, mas Cleber Machado aparece rasgando atas de votação da Faculdade de Educação.

O email foi enviado também aos Diretores de Unidade onde estavam ocorrendo as votações, solicitando o fechamento das urnas. Adrio e Leonardo Pereira, que assinam o email, porém, não foram atendidos. Eles já não eram mais reconhecidos como integrantes da Comissão Eleitoral por ela própria, pelos estudantes e pelos Diretores, por terem se manifestado publicamente a favor de uma das chapas (1) ou contrariamente a outra (3). Kátia Azambuja assumiu, então, como presidente da Comissão Eleitoral, e deu prosseguimento normal ao processo.

Rodolfo Mohr, integrante da Chapa 3, comemora: “Foi a grande vitória da democracia, daqueles que ousam lutar pra mudar nossa universidade, nosso mundo. Foi uma vitória contra os filhos da pior direita do RS, que não têm apego às liberdades democráticas, à garantia mínima de respeitar o direito de seus colegas, do povo. Foi a mostra de que a UFRGS não tolera a turma da Yeda, não tolera esse tipo de prática, uma verdadeira vitória da esquerda, dos estudantes.”

Alexandre Haubrich

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mídias e os tempos sombrios da ditadura militar

Dilma nem chegou ao governo e já enfrenta uma onda de acusações. Como nada podem falar do presente, foram buscar no passado lenha para acender suas fogueiras prediletas. Esta visão inquisitorial tem uma triste história no Brasil, desde o passado colonial.

A intriga e a calúnia continuam a assombrar aos brasileiros. As grandes mídias insistem na desqualificação da presidenta eleita. Foram como abutres aos arquivos oficiais do Estado para conseguir combustível, insistindo na tese de que a eleita é uma ‘criminosa’, não tendo por isto condições e legitimidade para governar. Querem continuar um processo que já foi encerrado.

Agora, o objetivo não é mais de ganhar a eleição. Já perderam. O que desejam é paralisar a eleita, fazendo-a reviver o pesadelo de sua juventude. Lembrar o que ela já foi, obviamente, na versão parcial e difamatória a que estão acostumados. Afinal, o Estado sempre foi ‘pilotado’ por homens que jamais se levantaram contra a simbiose desse com as elites do país.

Lula sempre incomodou por ser um líder operário, grevista, que desafiou a ditadura militar e criou com os sindicatos combativos e a esquerda atomizada do final dos anos setenta, o Partido dos Trabalhadores. Nunca antes, isto havia ocorrido na história do país, cheia de ‘personalidades’ e compromissos com os mesmos de sempre.

A real politik alcançou o PT e o ímpeto mais radical de origem foi contido. Seguiu-se no país uma tendência generalizada no mundo de depois da queda do Muro de Berlim. No atual contexto, os neoliberais tentam de todo jeito ganhar terreno e oprimir mais e mais os trabalhadores. Querem por toda parte que eles paguem a fatura da crise que criaram. As novas oposições populares fazem o que podem para manter conquistas e fazer avançar os direitos dos trabalhadores.

O desenvolvimentismo social-democrático dominou a sigla brasileira no poder. A verdade é que houve progressos imensos no front do combate da miséria. Mas ainda há muito que fazer, tal como a presidenta eleita confirma e se propõe a executar. O problema é se os interesses nacionais e internacionais permitirão mudanças, mesmo que seus prejuízos sejam praticamente inexistentes. Eles querem sempre mais.

Para manter a ordem intacta, eles tentam de tudo. Com uma das mãos acenam com a aceitação da vontade popular, com a outra brandem, por meio das grandes mídias, suas armas preferidas: a intriga e a calúnia. Dilma, mulher e guerrilheira nos anos de chumbo do Brasil, é muito mais do que eles conseguem tolerar. Temem que ela vá além de Lula, fazendo, por exemplo, o que sua colega da Argentina fez. Acabando com a impunidade dos criminosos da época da ditadura, abrindo para valer os arquivos secretos dos militares e dizendo a todos qual é a verdadeira história destas mídias que tanto a difamam.

Dilma nem chegou ao governo e já enfrenta uma onda de acusações. Como nada podem falar do presente, foram buscar no passado lenha para acender suas fogueiras prediletas. Esta visão inquisitorial tem uma triste história no Brasil, desde o passado colonial. Isto só vai acabar quando seus fundamentos socioculturais forem enfrentados em profundidade. Os armários dessa gente têm mais esqueletos do que os ingênuos imaginam. Basta abri-los e deixar entrar a luz purificadora do sol.

Já se disse que a verdade histórica ilumina a democracia. O nazismo foi combatido na Alemanha durante anos, após o seu triste final. A desnazificação construiu a Alemanha atual, uma campanha sistemática que mostrou aos alemães os porões do hitlerismo. O mesmo esforço ainda é feito na Espanha pós-franquista, apesar de muita resistência das viúvas e viúvos do velho ditador.

Por aqui, quase nada falamos sobre os horrores do passado escravista do Brasil. O esquecimento preenche as lacunas da memória nacional. O mesmo foi feito com as excrescências das várias fases republicanas do país. Já se esqueceu da “grande noite” do Estado Novo e da ‘noite de horrores’ da ditadura militar.

A história do país continua sendo ensinada como uma arte do esquecimento. Não chega à maioria das escolas as verdades reais do passado do país. Por isso, é fácil destacar fatos isolados, pinçá-los, sem qualquer escrúpulo e gritar que a Dilma é alguém pouco confiável. Com isto, se quer paralisá-la, impedir sua marcha e conter qualquer ímpeto mais profundo do seu futuro governo. Espera-se que ela não peça desculpas pelo que foi no passado e que aproveite a oportunidade para denunciar os que a agridem.

Luís Carlos Lopes é professor e escritor.

domingo, 21 de novembro de 2010

OS MARIDOS QUE NÃO QUEREMOS PARA NOSSAS FILHAS

Hoje me deparo com um artigo na ZH escrito por um professor Universitário com o título " Os Maridos que queremos para nossas filhas". No artigo deparo com um pensamento machista que acusa o movimento feminista de confundir os ideais de masculinidade e feminilidade. Pelo que vejo este professor é que confundiu o que é feminismo do que é masculinidade e feminilidade, pois bem, vamos ao nosso famoso Wikipédia para esclarecer alguns pontos:
"Em antropologia, a feminilidade se refere às características e comportamentos considerados por uma determinada cultura por ser associados ou apropriados a mulheres. A feminilidade refere-se aos traços socialmente adquiridos e às características sexuais secundárias."
"Em antropologia, a masculinidade se refere à imagem estereotipada de tudo aquilo que seria próprio de indíduos machos, principalmente em análises da sociedades humanas. Faz oposição ao termo feminilidade".
"O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses."
Agora , dizer que o feminismo declarou guerra a feminilidade e a masculinidade é ser um pouco medíocre e simplista, o feminismo declarou guerra a desigualdade de gênero.  Conquistou o direito ao voto, igualdade legal  e social para as mulheres.
Tenho um casal de filhos, meu filho é um adolescente saudável, nunca pegou em arma de brinquedo e não se envolve em brigas, porém, tem amigos de carne e osso, pratica esporte, é excelente em matemática e não tem nenhum perfil de ser  fraco ou fracassado, por não ser o típico "machão" que alguns retrógrados da sociedade machista insiste em formar. Tenho orgulho de estar formando um cidadão consciente que não tem a mentalidade que pra ser "homem" com h maiúsculo precisa mover coisas pesadas e ser provedor de alguma dondoca que espera por um príncipe encantado. Ele com certeza saberá respeitar e amar uma mulher e jamais utilizará da violência contra alguma delas. 
Por outro lado, tenho uma filha que está sendo orientada  para ser uma mulher independente, sem contos de fadas, e que não vai precisar de marido pra "mover coisas pesadas",  pra sustentá-la e nem pra comandar sua vida, que não vai permitir violencia física ou moral contra si.
O que se vê é o desespero de machistas como estes de plantão que ainda querem escolher um brutamonte para suas filhas justificando que este é o ideal para elas, mas o que está nas entre linhas, é que querem mesmo é a perpetuação da sua espécie e estão se lixando para as suas meninas e admitindo qualquer tipo de violência contra elas. 
Pescado do Blog Mundo estranho de Alice

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quem projetou e criou o Ceitec?

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Foi o governo Olívio Dutra, depois de fazer uma opção política estratégica para o estado

O jornal Zero Hora faz uma matéria na edição de hoje (página 26) sobre a primeira fábrica de chips da América Latina, o Ceitec - Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada - uma empresa estatal, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, da União Federal.

A matéria carrega visível má vontade com o governo que projetou e criou o Ceitec, o governo Olívio Dutra (1999-2003). Ocupando 90% do espaço de uma página, ZH consegue não informar - ocultar mesmo - que os governos petistas estadual e municipal de Porto Alegre, então, em parceria com a Motorola, conseguiram viabilizar a implantação de uma unidade de alta tecnologia no Rio Grande do Sul, em detrimento de uma montadora de automóvel, com tecnologia obsoleta, ambientalmente insustentável e exigente de incentivos estatais que exorbitavam o limite da responsabilidade de governantes responsáveis com a isonomia orçamentária. Aliás, o Ceitec simboliza a opção moderna que busca a autonomia tecnológica do estado, face à opção dependente, subordinada e obsoleta da montadora insustentável. Esse embate, a meu ver, pode ter resumido e sintetizado o governo petista de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul. Trata-se de um patrimônio político que deve ser resgatado pelo PT/RS, como afirmação de projetos que olham para o futuro e não para o passado. A politização deste tema é tarefa permanente para os petistas, especialmente agora que se preparam para retomar a direção administrativa do estado.
O texto de ZH ainda zomba do atual presidente da estatal, Cylon Gonçalves da Silva, afirmando que este teria pedido desculpas a uma plateia na Fiergs pelo fato de a Ceitec ser "uma repartição pública". A fotografia de Silva, que ilustra a matéria, não poderia ser pior, mostra-o de boca aberta, com ar acuado de quase pânico. Os signos gritam. A subjetividade ouve.

Alguém poderá alegar que isso são detalhes pouco percebidos pelo leitor, blablablá... Não são detalhes ingênuos e desprovidos de astúcia. Ao contrário, são relevantes porque portadores de um discurso de desconstituição subjetiva, tanto do governo Olívio (por omití-lo do mérito do projeto inovador e modernizante), quanto dos futuros governos Tarso e Dilma, pela ameaça que estes podem representar ao ultraliberalismo desestatizante defendido por ZH e materializado na Ceitec.

Os editores do jornal sabem que certo leitorado não se interessa por determinados blocos de assuntos, mas não deixa de repassar as páginas e fixar os principais elementos gráficos-ilustrativos, motivo suficiente para absorver signos não-verbais habilitados a lhe aportarem um sentido (complementar e conclusivo ao texto). Assim, o texto escrito é somente parcela incompleta da comunicação. Esta se completa, ou seja, se preenche de sentido, quando combinada com as imagens, referências gráficas, fotografias, diagramação, e até fotografias/imagens da matéria vizinha.

Nesta toada, prevejo (mas quero estar errado): a RBS vai dar muito trabalho ao futuro governo Tarso Genro. Temo que este não esteja preparado, como não esteve o governo Olívio Dutra, e muito menos o Partido dos Trabalhadores - ontem, hoje e sempre.


Texto inconfundível do sociólogo gaúcho Cristóvão Feil no Diário gauche

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quanto vale a palavra de torturadores?


O Superior Tribunal Militar abriu o processo da Presidenta eleita, Dilma Rousseff, que um órgão da imprensa – aquele cuja executiva disse que a mídia é o partido político da oposição – buscava afoitamente na reta final da campanha eleitoral.

O que teremos nesse processo? A versão que os torturadores davam das suas vítimas, dos torturados. Essa mesma imprensa que reclamava, com razão, da censura, vai agora acreditar no que os verdugos diziam do crime monstruoso da tortura, que praticavam? E do comportamento das vitimas indefesas desse crime hediondo?

É como se levassem a sério o que os censores devem ter escrito sobre as publicações que censuravam e os jornalistas. Nós nunca os tomaríamos a sério, utilizamos os documentos da censura para denunciar ainda mais o obscurantismo da ditadura.

O processo tem que ser mais um instrumento de denúncia da tortura – crime imprescritível – e não instrumento de manipulação política justo do jornal que emprestou carros para que a órgãos da ditadura, disfarçados de jornalistas, cometessem suas atrocidades. O mesmo órgão que considerou que não tivemos uma ditadura, mas uma “ditabranda”.

O processo é um testemunho dos agentes do terror, daqueles que assaltaram pela força o Estado, destruíram a democracia e se apropriaram dos bens públicos para transformá-los em instrumentos dos crimes hediondos que cometeram – em nome da “democracia”.

Nas mãos de democratas, se transformará em mais uma prova da brutalidade dos crimes cometidos pela ditadura militar contra seus opositores. Nas mãos dos que foram complacentes e se beneficiaram da ditadura, será instrumento político torpe. A mídia que acreditar no que diziam os torturadores, será conivente com eles, ao invés de denunciar os crimes que eles cometeram.

Para os que se sujaram com a ditadura é insuportável que houve gente que se comportou com heroismo e dignidade. Querem enlamear a todos, porque se houve tanta gente que resistiu à ditadura, mesmo em condições limites, havia alternativa que não a conciliação e a conivência com a ditadura.
Leia mais no Blog do Emir na Carta Maior

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Colônia, Monarquia, República: pactos de elite na história brasileira

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Tivemos a proclamação da República mais de seis décadas depois da independência, porque esta nos levou de Colônia à Monarquia pelas mãos do monarca português, que ainda nos ofendeu, com as palavras – que repetíamos burocraticamente na escola- “antes que algum aventureiro o faça”. Aventureiros éramos nós, algum outro Tiradentes, ou algum Bolívar, Artigas, Sucre, San Martin O´Higgins, que lideraram revoluções de independência nos seus países, expulsando os colonizadores em processos articulados dos países da região.

Foi o primeiro pacto de elite da nossa história, em que as elites mudam a forma da dominação, para imprimir continuidade a ela, sob outra forma política. Neste caso, impôs-se a monarquia. Tivemos dois monarcas descendentes da família imperial portuguesa, ao invés da República, construindo estados nacionais independentes, expulsando os colonizadores ao invés do “jeitinho” da conciliação.

Como sempre acontece com os pactos de elite, o povo é quem paga o seu preço. Enquanto nos outros países do continente, as guerras de independência terminaram imediatamente com a escravidão, esta se prolongou no Brasil, fazendo com que fossemos o último país a terminar com ela, prolongando-a por várias décadas mais. Nesse intervalo de tempo foi proclamada a Lei de Terras, de 1850, que legalizou – mediante a grilagem, aquela falcatrua em que o documento forjado é deixado na gaveta e o cocô do grilo faz parecer um documento antigo – todas as terras nas mãos dos latifundiários. Assim, quando finalmente terminou a escravidão, não havia terras para os escravos, que se tornaram livres, mas pobres, submetidos à exploração dos donos fajutos das terras.

Dessa forma, a questão colonial se articulou com a questão racial e com a questão agrária. Esse pacto de elite responde pelo prolongado poder do latifúndio e pela discriminação contra a primeira geração de trabalhadores no Brasil, os negros que, trazidos à força da África vieram para produzir riquezas para a nobreza européia como classe inferior. Desqualificava-se ao mesmo tempo o negro e o trabalho.

A República foi proclamada como um golpe militar, que a população assistiu “bestializada”, segundo um cronista da época, sem entender do que se tratava – o segundo grande pacto de elite, que marginalizou o povo das grandes transformações históricas.

Lei mais no Blog do Emir Sader

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Gov. Yeda compra limusine sem licitação

Tenho um amigo gaiato e bem humorado. Não vou perder a piada, monta aí.

O barqueiro do inferno


Visite o imperdível site do Sátiro-hupper

Tarso, o avião e o PRBS


Ontem a noite, soube pelo rádio que a viagem do Governador eleito havia sido cancelada por problemas no avião. Hoje fiquei sabendo que o avião da companhia Ibéria teve pane no radar e retornou a Guarulhos e deverá partir ainda hoje para Madri. O governador eleito cumprirá agenda na Espanha e Portugal.
Tá parecendo notícia né?
Mas não é.
É fofoquinha deste Blog sujinho.
Acontece, que a mulher que floriu meu caminho...de ternura,...
Isso é coisa do Nelson.
Acontece, que hoje descobri que estava a bordo e na comitiva do governador eleito, quem?
Uma celetista do PRBS (P de partido).
Lá está uma senhora da Zerolândia com bloquinho e lápis na mão.
Sim, lápis.
Melhor do que isso, a moçoila e o PRBS criaram um Blog no ZH on-line para anotações da primeira viagem do governador eleito.
É de uma meiguice, a moça deverá fotografar até os pratos madrilenhos servidos a comitiva.
Uma paella.
Castanholas.
Talvez registre um show flamenco.
Uma matéria em Portugal junto as oliveiras.
Um pastel de Santa Clara.
O primeiro resultado desta viagem, foi uma pane no avião.
Diria um gaiato: Desembarca a turma da Azenha que o avião vai cair.
Puro mau agouro.
Quantos jornalistas(?) estão na comitiva do governador? Além da RBS-ZH, outras empresas(?) jornalisticas fazem parte da comitiva?
Não se trata de implicância deste Blog com o PRBS. Entretanto, minha lembrança é muito clara da oposição sofrida pelo governo Olivio por parte desta “Rede”. Não obstante, mantenho vaga lembrança da campanha eleitoral deste ano.
Aliás, são tantas coisas pra lembrar.
Vou ler a proposta do novo marco regulatório para a mídia.
Da Argentina.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Blogueiros Tendenciosos

Se não ver a legenda clique em CC.

HISTÓRIA, MEMÓRIA E POLÍTICA - Rebeliões, Motim e Negociações


PERSEU: HISTÓRIA, MEMÓRIA E POLÍTICA
Lançamento da Revista – Número 5 –
Rebeliões, Motim e Negociações
Centenário da Revolta da Chibata
Com as presenças de:
César Vieira (Idibal Piveta)
(Dramaturgo, autor de João Cândido do Brasil – A Revolta da Chibata)
Anderson da Silva Almeida
(Doutorando em História Social da Universidade Federal Fluminense)
Álvaro Pereira do Nascimento
(Professor da Universidade Rural do Rio de Janeiro e autor de Cidadania, Cor e Disciplina na Revolta dos Marinheiros de 1910)
22 de novembro de 2010
19 horas
Local: Livraria Expressão Popular
Rua Abolição, 201
Telefone: 3105-5500
Informações:
5571-4299 Ramal 125
revistaperseu@fpabramo.org.br

Clique na imagem pra ampliar

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A “raça” dele está chegando ao fim: DEM estuda se unir a outras siglas

Em busca da sobrevivência política, partido cogita a possibilidade de fundir-se ao PSDB ou ao PMDB,(de Quércia) hipótese que converteria em aliado um opositor ferrenho ao governo Lula


Partidos que sofreram as maiores derrotas durante as eleições, DEM e PPS enfrentam um truncado jogo de alianças e acordos até o fim do ano para definir uma mudança de curso que recoloque as legendas em uma rota de sobrevivência política.

Clique aqui e leia a matéria completa,

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Venício x Judith. A defesa dos Conselhos de Comunicação


                                                  Dr Ophir, dr Ophir, lembre-se do Faoro


A presidente da Associação Nacional dos Jornais, Judith Brito ficou famosa quando se proclamou a “líder da Oposição”.

Foi um ato de tal magnitude que o meu amigo Miro Borges sugeriu: basta de intermediários !

Judith para vice do Serra !

Foi naquele momento de profunda angústia, quando o Serra se debatia entre o Álvaro Dias e o índio para saber quem ia para o precipício na chapa dele.

Foram os quatro: Serra, Judith, Dias e o índio.

Hoje, no Globo, esse baluarte do PiG (*) – o Globo está mais furioso a cada dia que passa – na pág. 7, a página de (uma só) Opinião, a quase vice do Serra faz artigo igualmente furioso: “Palavra do Presidente”.

É para castigar os Conselhos de Comunicação Social, como previstos no artigo 224 da Constituição.

O interessante é que a sra. Brito traz à frente de sua Brigada de Combate ao Fogo o Presidente da OAB, que, em pouco tempo, se tornou um daqueles especialistas de prateleira a que o PiG (*) recorre: ele costuma dizer o que o PiG (*) precisa ouvir.

E lá vem o presidente da OAB (Oh! Faoro, onde estás ?) a dizer que irá ao Supremo para questionar qualquer medida “nesse sentido”.

Qual sentido, presidente ?

O senhor vai ao Supremo para revogar a Constituição ?

Tudo isso porque, como se sabe, ou Dilma faz uma Ley de Medios ou cai.

Tudo isso porque a Assembléia Legislativa do Ceará criou o Conselho Estadual de Comunicação.

O PiG (*) está aflito !

(Deve ser por isso que o Serra se mostra tão empenhado em defender “a liberdade e a democracia” – clique aqui para ler a análise que o Mino fez do ódio do Serra.

Deve ser a liberdade dos canais de televisão do Tasso tenho jatinho porque posso Jereissati, no Ceará.)

Para que o amigo navegante não se deixe confundir, o Conversa Afiada republica excelente artigo do professor Venício Lima, na Carta Maior.

O que deve tranqüilizar a sra. Brito e o Dr Ophir Cavalcante, mui digno Presidente da OAB (Oh ! Faoro, onde estás ?):

Clique aqui pra ler o artigo do Venicio Lima
ou leia mais no Conversa Afiada

Presidente 2014, agora vai


Serraluladilma
Colaboração de um amiguinho do Zé.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O CONDOMÍNIO VERDETUCANO PASSADO A LIMPO: RACISMO, APARTHEID E PREDADORES

A campanha presidencial de 2010 colocou o ambientalismo progressista brasileiro --esqueçam o gabeirismo-- diante de uma encruzilhada. Vieram do eleitorado verde no 1º turno quase 95% dos votos adicionais obtidos por Serra no 2º turno. Segundo o Ibope, metade do eleitorado de Marina Silva (PV) mudou seu voto para Serra; um terço migrou para Dilma Rousseff (PT) e 15% anulou na volta às urnas em 31 de outubro. Até aí, tudo bem. A geografia do voto dado a Serra, porém, elucida a desconcertante aliança subterrânea implementada no interior desse condomínio verde-tucano, no qual se misturam racismo, apartheid e predadores sociais e ambientais.

O que se debulha nas análises dos mapas eleitorais são as evidencias de uma constrangedora endogamia entre o verde reacionário e o predador inconformado com a política ambiental do governo Lula, tudo arrematado pela emergencia de um movimento pró-apartheid, daqueles que nunca viram com bons olhos a igualdade republicana desfrutada pelos pobres, sobretudo pobres e nordestinos, na democracia brasileira.

Aspas para o jornal Valor desta 6º feira: "Tome-se, por exemplo, Marcelândia, cidade de 10,2 mil eleitores ao Norte do Mato Grosso. Em 2007 o município ocupava o primeiro lugar na lista daqueles que mais desmatavam. Foco da operação federal ‘Arco de Fogo’, Marcelândia zerou o desmatamento dois anos depois. Em 3 de outubro Marina Silva conseguiu lá 1,3% dos seus votos. Marcelândia saiu das urnas como o município mais serrista do país: deu 75% dos votos a Serra.
É também a [reação] à atuação do Ibama que parece explicar a extraordinária votação de Serra no Acre (69,6%). E dificilmente [o protesto à] demarcação da reserva Raposa do Sol pode estar dissociada da expressiva votação do candidato tucano em Roraima (66,5%). (...)Some-se aí o cinturão agrícola do Sul e Centro-Oeste que também fechou com o PSDB e é possível aquilatar as três principais insatisfações que guiaram o voto do Brasil mais serrista: atuação do governo federal na defesa do meio ambiente, a política pela preservação de povos indígenas e o nó cambial que prejudica as exportações agrícolas..."

É esse o 'blend' ao qual Marina Silva emprestou sua credibilidade, vestindo de verde o anti-verde e de tolerância o intolerável. A ex-ministra terá que fazer uma opção política urgente. Esponjar-se por mais tempo nessa gelatina plasma que habita o metabolismo conservador da política brasileira, autoriza aqueles que já a associam à classIca figura da força-auxiliar. Personagem desfrutável sempre que preciso para dourar o lacto purga anti-social da direita com algum verniz mezzo-'autentico', mezzo-culturalmente correto. A ver.

Saul Leblon no Carta Maior

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

De volta ao debate



Desde o advento da redemocratização no Brasil, participei ativamente de todas as campanhas politicas para presidente, como estudante,militante e dirigente partidário que fui. Não tenho a menor dúvida em afirmar que esta foi a campanha mais rasteira,odiosa e a mais baixa que presenciei. Foi incrível como a direita brasileira se reduziu as baixarias de esgotos, esparramando uma onda de ódios, religioso, étnico e geográfico. Curiosamente o candidato que representava esta corrente ideológica de extrema direita usava o bordão: “Serra é do bem”. O cinismo e o estimulo impetrados pela campanha da direita levou seus militantes a uma batalha medieval do “bem contra o mal”, negros contra brancos,sulistas e nortistas, feministas e mulheres do lar, padres do bem e do mal, pastores e bispos do bem e do mal. É imperativo que estas feridas cicatrizem ou venham a luz do debate na sociedade. Agora é o momento de se fazer os ajustes de maneira séria e republicana.
Não se faz discussão séria, como é o caso do aborto usando o anonimato.
Não se discute união civil entre pessoas do mesmo sexo por e-mail e de maneira preconceituosa.
Aliás, com a campanha difamatória e anonima que vimos, cabe a vigorosa investigação e punição dos responsáveis. Como é o caso desta menina que está sendo processada por xenofobia no twiitter.
Vivemos num país em que todas as instituições democráticas funcionam, e é nestas instâncias que deveremos retomar os debates.
A não observância destas regras apenas adiará a discussão para a próxima eleição e talvez com táticas mais perversas e mofadas.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Satisfação

Olá amigos(as)!
Depois de votar na fronteira, ter me isolado com minha familia na solidão da campanha, depois de saborear a vitória de Dilma com pessoas muito próximas. Ter compartilhado desta alegria com o vento soprado nas coxilhas quebrando o silêncio do pampa, junto ao canto dos pássaros, lhes dou uma satisfação de minha ausência deste espaço.Comentava agora no Twitter, que imaginava que passada a eleição, os sabujos e celetistas da mídia golpista seriam mais palatáveis. Não são. Continuam como cães sarnentos a latir em meio a cuetes. Não assimilaram a derrota de seus interesses e tampouco de seu candidato. Voltarei a postar amanhã, depois de tirar o mofo e cansaço da estrada e da fadiga de algumas rodadas etílicas de discussão que me envolvi na fronteira com o Uruguay. Nada como uma noite de sono, na nossa cama pra curar a ressaca eleitoral e etílica. Portanto, volveremos.