quarta-feira, 29 de junho de 2011

“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”

Lição de economia: custo nada tem a ver com preço.


Nosso comentarista Tovar Fonseca adiantou-se e leu a segunda parte da reportagem sobre o gigantesco “lucro Brasil” das montadoras de veículos, escrita por  Joel Silveira Leite, no UOL, e que se comentou ontem aqui.
O trecho final da matéria é estarrecedor e dispensa qualquer comentário:
Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.
Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:
“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.
Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.
“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.
Sobra dinheiro nas duas pontas desta equação do consumo de alto luxo, até porque ali falta imposto. Mas a regra que praticam é diferente para os consumidores de classe média? E será que esta genial “ciência econômica” é exclusiva dos executivos das montadoras? Em quantos produtos não estará sendo aplicada a “máxima” de “por que baixar o preço se o consumidor paga?”
Leia mais no  http://www.tijolaco.com/

domingo, 26 de junho de 2011

Procuradoria denuncia juízes por desviarem dinheiro à maçonaria

Segundo as investigações, a quantia seria de cerca de R$ 1,8 milhão
A Procuradoria Geral da República denunciou quatro dos dez magistrados de Mato Grosso investigados por desviarem dinheiro público do Tribunal de Justiça do Estado em benefício da Grande Loja Maçônica do Oriente. De acordo com as investigações, a quantia seria de cerca de R$ 1,8 milhão.
O subprocurador-geral da República, Francisco Dias Teixeira, ofereceu denúncia contra o desembargador José Ferreira Leite e os juízes Marcelo Souza de Barros, Marcos Aurélio dos Reis Ferreira e Antonio Horácio da Silva Neto. Caberá agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir se aceita ou não a denúncia.
Os quatro terão 15 dias para serem intimados e apresentar a defesa por escrito.
Em relação aos desembargadores José Tadeu Cury, Mariano Travassos e os juízes Irênio Lima Fernandes, Juanita Clait Duarte, Maria Cristina de Oliveira Simões e Graciema Ribeiro de Caravellas, que também eram citados no caso, o subprocurador-geral Francisco Dias Teixeira pediu o arquivamento do processo.
Os magistrados denunciados podem ser condenados por peculato – quando funcionário público se apropria de dinheiro ou qualquer outro bem móvel público ou particular –, que prevê pena de reclusão de dois a 12 anos e pagamento de multa, além da perda do cargo.
Conforme a denúncia, o esquema - descoberto em 2009 – consistia no pagamento de créditos irregulares a magistrados à época em que Ferreira Leite presidia o TJ-MT e era grão-mestre da loja maçônica Grande Oriente. A quantia milionária seria usada para saldar compromissos de uma tentativa frustrada de se criar uma cooperativa de crédito entre os maçons.
Os desembargadores e juízes já haviam sido penalizados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com aposentadoria compulsória. Mas eles conseguiram liminares suspendendo a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não apreciou o mérito da reclamação dos magistrados.
A reportagem do iG entrou em contato com os magistrados denunciados, mas eles não retornaram as ligações.
Por meio da assessoria de imprensa, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso defendeu que, se existe fundamento nas denúncias, elas devem ser apuradas com rigor.

Helson França
Postado originalmente no Blog do Saraiva

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Juiz que cancelou união gay diz que agiu por Deus


Deu na fAlha de Sum Paulo, por Johanna Nublat (é parente do Noblat?)

"Deus me incomodou, como que me impingiu a decidir", disse o juiz Jeronymo Villas Boas, que cancelou um registro de união estável de um casal de homens na semana passada, em Goiânia. A declaração do magistrado foi dada na manhã da quarta-feira 22, na Câmara dos Deputados, em um ato das frentes parlamentares Evangélica e da Família e de lideranças evangélicas em defesa do juiz. Após o ato, questionado sobre a eventual influência da religião na sua decisão, Villas Boas se irritou e ensaiou deixar o local. "Eu, como você, tenho direito a expressar a minha fé e sou livre para exercer o meu ministério. Isso não interfere nos meus julgamentos. Mas sou pastor da Assembleia de Deus Madureira. E não nego a minha fé." Deputados da bancada evangélica presentes declararam apoio irrestrito ao magistrado. "Essa desobediência santa nos inspira", afirmou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).
______________
Quem estiver com o Deputado Menininho, põe o dedo aqui e apoie o Pastor/Juiz neste blog

Deve ser o mesmo deus do papa que abençoou soldados na 1ª Guerra
Ou o mesmo do papa que apoiou o fascismo na Itália
Ou o que abençoou algumas famílias brasileiras durante a ditadura militar
Ou será o deus que ilumina jogadores de futebol quando ganham jogos?

domingo, 19 de junho de 2011

Latifúndio, impostos e amenidades



Hoje pela manhã, estava comentando via twitter a respeito da criação de um imposto sobre grandes áreas de terra. No Uruguai, que fique claro. O Presidente Pepe Mujica implementou uma tributação singela ao latifúndio hermano, estão chamando de “Impuesto del agro” Se dará da seguinte forma: A propriedade que tiver mais de 2 mil hectares, o proprietário pagará 8 dólares por hectare; a partir de 5mil hectares pagará 12 dólares; e por áreas superiores a 10 mil hectares 16 dólares. Acreditem que mesmo a contribuição sendo modesta, foi suficiente pra mobilizar os setores da direita, agro-exportadores e conseguiu inclusive a contrariedade do Vice Presidente Danilo Astori.
Na condição de meio sangue, filho de mãe uruguaia e de ter vivido grande parte de minha vida no Uruguai, quero fazer algumas considerações, acerca do imposto e sobre aspectos da região norte do Uruguai.
Astori, Vice Presidente chegou a cair na cantilena ruralista de que este imposto ou a quebra de regras no campo inibiria “las inversiones”.
Interessante, pois este “impostinho” vai atingir uma grande parte dos latifundiários brasileiros que lá criam gado e plantam arroz. Muitos  inclusive são devedores do Banco do Brasil. Cruzaram a fronteira com suas máquinas e implementos, deram o calote aqui e lá são “grandes produtores”.
Pra quem não conhece a fronteira, povoados como Vichadero, Caraguatá, Pueblo Ancina, Hospital, enfim regiões dos Departamentos de Rivera, Tacuarembó e até fronteiras de Durazno, Flores e Florida, grande parte das propriedades rurais estão nas mãos de brasileiros, alguns são beneficiários de deságios em contribuições rurais e outros incntivos.
Ainda estão vivas nas minhas lembranças as pescarias no Rio Negro, Jaguari, Tacuarembó e Caraguatá, épocas de grandes bocudas (traíras de 6,7 kg), dourados e Jundiás, as Mojarras saltavam na beira d'água. Ficaram as lembranças e os contos. Os arrozeiros brasileiros que se instalaram nestas várzeas acabaram com a vida destes rios.
Saúdo vigorosamente este Tupamaro de grande estampa que é Pepe Mujica. Sua coragem e sua coerência, não apenas nesta luta que é sua, mas, também de todos seus companheiros da Frente Amplia.
Mujica faz no Uruguai o que deve ser feito aqui, prioritariamente no RS e mais especificamente na campanha e Fronteira Oeste deste torrão guasca e tartufo.
Apenas pra ilustrar, nestas regiões existem estâncias que suas extensões são maiores que muitos municípios da região metropolitana de Porto Alegre e de cidades do noroeste e norte do Estado.
Evidente que esta gente urbana e metropolitana não faz a menor idéia do que sejam 2 ou 5 mil hectares de campo. Pessoas que conhecem vaquinhas e ovelhinhas na Expointer. E acham tão meigas.
Sou crioulo de uma cidade (Livramento) que tem 7, 1 mil Km² de extensão, dona do maior rebanho bovino do estado, o 2º maior rebanho ovino, mais de 4 mil km de estradas vicinais. E sabem com o que
isto contribui pra qualidade de vida de seus habitantes? Com nada. Absolutamente nada. O agronegócio neste e noutros municípios fronteiriços representam em média 10% do PIB.
A contradição com esta suposta “riqueza” é tamanha que os PIBs destas cidades são formados praticamente por comércio, serviços e repasses do governo federal.
Hoje pela manhã, falei tanto sobre este imposto sobre o latifúndio no twitter (me sigam @gilmardarosa), que cheguei a sugerir para os parlamentares de vários partidos que me acompanham nas redes sociais, que adotassem o novo imposto por aqui.
A proposta é começar a taxação em propriedades com mais de 1 mil hectares, esta pagaria uma taxa de R$ 20 pilas por hectare; a partir de 2 mil hectares R$50 p/hectare; acima de 5mil hectares pagaria R$100 pilas por hectare. Esta taxa poderia estar contemplado no ITR e como tal, ficar nos cofres dos municípios.
Pra começar a negociar a lei do latifúndio, se proporia que áreas de preservação, matas nativas, encostas e matas ciliares não estariam sujeitas a esta tributação.
Hoje quando relatava isso na rede, muitos me chamaram de anarquista, terrorista ou que estava em devaneios. Que não poderia igualar um país com o gigantismo do Brasil com países como Uruguai e Argentina, que lá as “coisas” são mais fáceis de resolver.
Discordei de todos e elenquei algumas questões que os tornam diferentes e por isso fazem possíveis estas legislações:
  • Lá é possível poque levaram a sério o esclarecimento da ditadura e dos ditadores, efetivaram seus julgamentos e punições.
  • Lá é possível pois o sistema eleitoral é baseado no voto em lista.
  • Lá é possível pois todos os temas relevantes para a sociedade, são levados a plebiscito numa clara demonstração de aprofundamento da democracia direta e participativa.
  • Lá é possível poque o General que ofendeu o presidente foi preso. Melhor, os 8 que desobedeceram também foram presos. Aqui temos bancada do coturno.
  • Lá a atividade parlamentar é controlada por eleitores e partidos. Sua atuação é condição Sine Qua Nom pra permanecer na lista.
Enfim, gostaria de ver este tipo de discussão no seio do parlamento bradileiro e gaúcho, sem revanchismo, mas, pautado nas demandas sociais e corrigindo injustiças cruéis que saltam aos olhos de qualquer observador mediano. Será que falta qualificação e empenho aos nosso parlamentares? Será que falta capacidade crítica aos eleitores e apoiadores destes parlamentares? O que realmente difere a atuação e produção legislativa dos nossos com os demais parlamentares do Mercosul e Latino América? Porque nossos parlamentares são pautados por uma mídia extremamente conservadora, que é monopólio de meia duzia de famílias e estes  aceitam?
São indagações, simples e reais. As respostas estão em todos e cada um dos interesses que compões este tabuleiro da vida política e partid´´aria brasileira.

sábado, 18 de junho de 2011

A sociedade ainda é refém de poucos formadores de opinião, afirma Lula



Ontem, na abertura do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, o ex-presidente Lula falor sobre a importância dos blogueiros como fonte de informações alternativas “Eu queria dizer que valeu a pena vocês, blogueiros, existirem, pois hoje o pobre tem mais acesso ao computador e logo terão acesso à internet. Daqui a pouco, seremos todos cidadãos livres e vamos deixar de ser um País de um pensamento único, que é aquilo que alguns poucos querem divulgado. Hoje os blogueiros são uma alternativa, uma possibilidade de que a sociedade participe das informações neste País. Que ela não fique refém deste ou daquele formador de opinião pública, mas que a sociedade possa formular sua própria opinião”
Lula lembrou que graças às mídias sociais a campanha de Dilma Rousseff foi um sucesso na internet. Daqui a pouco a gente volta a transmitir de lá, assim que superarmos os problemas técnicos que impediram a gente de postar mais cedo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ONU aprova resolução pelos direitos de homossexuais

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (17) uma resolução histórica que busca garantir direitos iguais para todos, independentemente da orientação sexual. A medida, que contou com o voto favorável do Brasil, é vista como um progresso significativo para os direitos dos homossexuais.

Apresentada pela África do Sul, a resolução obteve 23 votos a favor, 19 contra e três abstenções, sendo aprovada apesar da forte oposição de países africanos e árabes. O texto afirma que "todos os seres humanos são nascidos livres e iguais em dignidade e direitos e que todos têm a prerrogativa a todos os direitos e liberdades... sem distinção de qualquer tipo".

Além disso, o documento autoriza a criação de um grupo de estudos sobre leis discriminatórias e a violência contra indivíduos baseada em sua orientação sexual e no gênero. O Brasil votou a favor do texto, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e outros países latino-americanos. Uma das três abstenções foi da China.

Segundo a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, a decisão reforça a luta pela igualdade de direitos e enfrentamento da violência. "Ao reconhecer o princípio da igualdade entre todas as pessoas independente da sua orientação sexual, a ONU dá uma clara demonstração de que não podemos mais conviver com as desigualdades e preconceitos contra a população LGBT em nenhum lugar do mundo. O Brasil tem pleno acordo e comemora essa decisão", destacou.

*Com informações da Agência Estado

Quando o uso de uma palavra provoca alvoroço. Sigilo o cacete!!!


Existe um tema muito interessante no país.

Sigilo nas licitações...

Cara, tenho lido cada absurdo que me decidi a tentar colocar aqui, embora com meu português ruim o que penso que o Governo está tentando fazer e que considero exatamente o contrário do que Folha de São Paulo, O Globo, Estadão, Veja e toda a imprensa comprometida.

Como diz o @Viniciusduarte até os blogueiros progressistas se calaram, ou por não terem entendido ou por desconsiderarem a necessidade de explicar o que pretende o Governo.
Não há sigilo nenhum, o que há é que o Governo não informará no edital de licitações, antecipadamente, o valor que está disposto a gastar. Aliás a Lei 8.666, que regulamenta as compras públicas, nem as alterações posteriores, aquelas perpetradas pela turma do FHC para poder DAR as empresas, as estradas para a iniciativa privada obrigam a divulgação de valor máximo. Proíbe o valor mínimo e faculta o valor máximo conforme: ".....................................................................
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1o e 2o do art. 48."
Vou tentar dar um exemplo prático e corriqueiro, quem entender entendeu quem não entender vai ficar gritando contra o tal SIGILO que não existe:
Suponha que você, isso mesmo você tenha R$ 150.000,00 e queira comprar um apartamento para alugar. Como você procede?
a - Coloca anúncio no jornal dizendo: tenho 150 mil e procuro apartamento para comprar
b - Coloca anúncio no jornal dizendo: Compro apartamento máximo 150 mil
c - Procuro, para comprar, apto com 3 qtos, suite, em local tranquilo etc..
Na opção "a" quase a totalidade dos apartamentos que lhe serão ofertados baterá nos 150 mil alguns até 180 mas eu deixo pelos 150.
Na opção "b" aparecerão apartamentos de 140, 145 que por certo não atende à sua expectativa
Na opção "c" você receberá ofertas alinhadas com o seu desejo e poderá encontrar apto com preço bem menores que os 150 disponíveis.
Você enganou alguém ao não dizer quanto tem para gastar? NÃO
Então o sigilo foi um bom negócio? FOI
Então por que o governo também não pode fazer bons negócios?
- É, mas alguém do TCU pode vazar e...
Porra esse argumento é subjetivo e maldoso e além disso se vazar fica fácil de saber de onde partiu o vazamento não fica?
Então temos que:
Se os donos de apartamento soubessem quanto eu tenho eles ofereceriam o apartamento pelo valor mais próximo de 150 mil que é o que declarei estar disposto a gastar. Certo? Claro e lógico, penso eu.
Não divulgando o valor que disponho, é POSSÍVEL que me ofereçam apartamentos nas especificações exigidas por valor inferior a 150 mil? COM CERTEZA quem vai ofertar não sabe quanto eu tenho e se quer vender vai oferecer pelo preço real. (Justo não que isso é coisa do fresco lá do Esporte Espetacular).
Se for para oferecer de 150 mil para baixo chega-se no máximo a 148 ou 147. Partindo do 0 quem sabe consigo comprar por 100, 130.
ps: Ah, mas com 150 não dá e tal. Porra meu é exemplo, bote ali o valor que você quiser.
Transporte isso para a construção ou reforma de 1 estádio.
Não há sigilo gente, licitação e básicamente um orçamento cujo resultado só se sabe depois de cumpridos todos os prazos e recursos que a Lei autoriza.
Sigilo há hoje que não se sabe bem o ponto de partida para estipular o preço máximo


Postado originalmente no Botecoterapia

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Battisti foi escolhido para ser um bode expiatório, diz Tarso


O ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), estava na Espanha quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na semana passada, rejeitar a reivindicação da Itália contra a decisão do ex-presidente Lula, que se negou a extraditar o italiano Cesare Battisti. Como ministro da Justiça do governo Lula, Tarso Genro concedeu refúgio político a Battisti por entender, entre outras coisas, que ele era acusado de crimes de natureza política e que não existiam provas consistentes de que ele cometera os assassinatos dos quais é acusado. Em entrevista exclusiva à Carta Maior, Tarso Genro faz uma avaliação do caso Battisti e dispara: "esse é o maior exemplo de manipulação midiática que ocorreu no Brasil nos últimos tempos".

O governador gaúcho também relaciona o caso à atual situação política na Itália e sustenta que Battisti acabou servindo de bode expiatório. "Battisti foi escolhido para ser um bode expiatório da extrema-direita italiana, da direita não democrática e dos partidos da antiga esquerda italiana que não só, ficaram isolados politicamente durante o reinado de Berlusconi, como também capitularam em termos ideológicos em questões de fundo".

"A grande síntese deste processo", acrescenta, "foi feita pelo ministro da Defesa da Itália que, olhando o Brasil como uma colônia, disse que nosso país era muito bom em bailarinas, mas não em juristas".

Carta Maior: Qual sua avaliação sobre o desfecho do caso Battisti?

Tarso Genro: Em primeiro lugar gostaria de salientar, como tenho feito de maneira reiterada, que o caso Battisti é o maior exemplo de manipulação midiática da informação que ocorreu no Brasil nos últimos tempos. Digo isso por vários motivos. Primeiro, porque jamais se informou que o Supremo Tribunal Federal já tinha tomado posição em caso semelhante, concedendo refúgio. Em segundo lugar, não se informou que o Supremo, por decisões que foram tomadas no curso do processo de deferimento do refúgio, tinha violado diretamente texto de lei. A lei que regula o refúgio no Brasil é expressa: quando é concedido o refúgio, interrompe-se o processo de extradição. Em terceiro, não se informou – pelo contrário, desinformou-se – que o conteúdo do processo não revela nenhuma prova contra Battisti. Não há nenhuma prova testemunhal e nenhuma prova pericial de algum assassinato que ele tenha cometido. Em quarto lugar, omitiu-se, também de maneira sistemática, que Battisti foi considerado refugiado político durante onze anos na França, um país maduro democraticamente e que tem um Estado de Direito respeitado em todo o mundo.

Portanto, a decisão que foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal repõe três questões fundamentais. Em primeiro lugar, o elemento central da soberania do país para tomar decisões como esta. Em segundo, consagra a posição totalmente adequada à nossa Constituição, segundo a qual a última palavra sobre refúgio é do presidente da República. E, em terceiro, a mais importante delas, reconhece no Battisti uma pessoa que foi acusada de ser um criminoso político e não um criminoso comum. Assim, a decisão do Supremo merece ser respeitada e festejada. Isso não quer dizer que eu tenha qualquer reivindicação de saber jurídico para meu despacho (como ministro da Justiça) e nem que eu despreze os argumentos do ministro Pelluzzo e do ministro Gilmar Mendes, que tiveram uma posição diferente. Mas quer dizer sim que a maioria do Supremo esteve de acordo com o conteúdo do referido despacho e com a decisão do presidente da República.

Carta Maior: O governo italiano ameaçou remeter o caso para o Tribunal de Haia. Na sua avaliação, há alguma possibilidade dessa ameaça prosperar?

Tarso Genro: Trata-se mais de uma manobra política de um governo decadente que já está sendo derrotado nas eleições de seu país e nos referendos que ocorreram neste final de semana. É um governo composto pela centro-direita e pela extrema-direita mais atrasada na cultura política italiana e que tenta, na verdade, provocar contradições fora do país para tentar compensar seu desgaste interno. Portanto, isso não tem nenhum sentido e nenhum apoio na sistemática do direito internacional e não terá o respeito de nenhum jurista seja daqui, seja de fora do país.

Carta Maior: Houve uma coincidência entre a decisão do Supremo e as derrotas eleitorais do governo Berlusconi. O caso Battisti teve uma grande repercussão midiática na Itália e foi muito explorado politicamente pelo governo. Mas não parece ter ajudado muito Berlusconi. O que essas mudanças políticas que começam a emergir das urnas italianas sinalizam?

Tarso Genro: O Battisti, na verdade, foi escolhido para ser um bode expiatório da extrema-direita italiana, da direita italiana não democrática e dos partidos da antiga esquerda italiana que não só, ficaram isolados politicamente durante o reinado de Berlusconi, como também capitularam em termos ideológicos em questões de fundo da democracia italiana. Battisti serviu de elo entre um conjunto de facções políticas na Itália, apelando de maneira reiterada para questões reais que a Itália viveu naquela época, ou seja, desencadeamento de ações terroristas, de ações que culminaram com o assassinato do presidente Aldo Moro, e que tiveram um grande respaldo de estruturas subversivas secretas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) naquela oportunidade. Essas forças não reagiram contra isso porque precisavam justificar-se perante a opinião pública e preferiram escolher uma pessoa para apresentar em sacrifício e tentar satisfazer uma merecida tensão, angústia e revolta de grande parte da sociedade italiana contra aqueles atos terroristas.

Isso foi feito de maneira articulada. O antigo reformismo italiano, que hoje virou um partido centrista conivente com o governo Berlusconi, apoiou essa campanha e não teve coragem de fazer um enfrentamento ideológico. Battisti foi escolhido a dedo para isso. Com a mudança política que ocorreu na França (derrota dos socialistas), ele perdeu a condição de refugiado e começou a aparecer como um elo de satisfação para purgar a terrível memória daqueles anos onde vários setores da extrema esquerda e também da extrema direita cometeram atos bárbaros. Só que a síntese eles tentaram fazer, através do caso Battisti, foi uma síntese para abater e atacar exclusivamente a esquerda, para desmoralizar tudo que restava de pensamento transformador na democracia italiana. Portanto, o uso de Battisti foi conveniente para a antiga esquerda italiana, para a direita autoritária e para a extrema-direita. A grande síntese deste processo foi feita pelo ministro da Defesa da Itália que, olhando o Brasil como uma colônia, disse que nosso país era muito bom em bailarinas, mas não em juristas.

Carta Maior: Considerando as derrotas recentes de Berlusconi e a desagregação da antiga esquerda, pode-se ver, no cenário político italiano o surgimento de novas forças políticas mais à esquerda?

Tarso Genro: Houve uma mudança significativa na política italiana nos últimos sessenta dias. Primeiro, cabe destacar a vitória de uma esquerda alternativa em Nápoles e em Milão. Segundo, uma vitória da oposição contra Berlusconi em assuntos extremamente importantes que ele submeteu a referendo. O grande problema para a continuidade desse processo de reabertura política na Itália é a ausência de propostas. O Partido Democrático italiano foi para o centro, não fez nenhuma disputa ideológica com Berlusconi e tratou a questão da integração da Itália à União Europeia apenas a partir de um critério de mais liberalismo ou menos liberalismo. Não apresentou nenhuma alternativa à forma de organização da economia, à forma da integração da Itália na Europa e não apresentou nenhuma resposta aos movimentos sociais fragmentados que foram surgindo de maneira acelerada.

Penso que precisaremos esperar ainda um pouco até que surja uma esquerda italiana que seja democrática, que não se submeta aos fetiches ideológicos promovidos pela grande mídia e pela extrema-direita e que tenha uma visão consistente de como integrar democraticamente a Itália na Europa. Acho que esse processo já começou, mas a oposição representada pelo Partido Democrático, que hoje é um partido centrista, não teve capacidade nem coragem política de apresentar uma proposta alternativa ao que significou o reinado de Berlusconi neste período.

Carta Maior: Se, na Itália, a direita está sendo derrotada, na Espanha e em Portugal, os partidos de direita obtiveram recentemente vitórias expressivas. Na França, há a possibilidade de que a extrema-direita dispute o segundo turno das eleições presidenciais. Por outro lado, na Espanha, na Grécia e em outros países, vemos grandes mobilizações de rua, reunindo fundamentalmente jovens que não são ligados a nenhum partido. Na sua avaliação, para onde este cenário aponta do ponto de vista político?

Tarso Genro: O processo de integração europeu é ambíguo. De uma parte, ele gerou condições para que os países se modernizassem em termos industriais e sociais, consolidando democracias estáveis. Essa foi a grande vantagem da integração europeia. Só que as negociações que levaram à essa integração não constituíram salvaguardas alternativas para estabelecer um verdadeiro equilíbrio entre a integração da Europa do capital e da Europa social. Hoje, a grande cobrança que é feita sobre esses países mais débeis economicamente é que eles se adequem ao processo de integração que é comandado pela Alemanha, pelo Banco Central europeu e agora pelo FMI. A integração europeia ainda é um processo em curso, que atravessará uma longa tormenta a partir de agora. E essa longa tormenta irá revelar a existência de movimentos sociais, de movimentos sindicais, de movimentos da intelectualidade que refletirão nos partidos democráticos formando alas de esquerda em suas fileiras, podendo, mais tarde, até dar origem a novas organizações.

Não creio que os partidos socialistas atuais tenham elaborado suficientemente uma estratégia para sair dessa armadilha em que eles se meteram, a armadilha do déficit máximo de 3%. Eles estão atados a uma concepção economicista da União Europeia, onde o equilíbrio financeiro se superpõe ao equilíbrio social. Não há um pacto de transição de médio ou de longo curso para que esses países permaneçam integrados na União Europeia e capazes de manter as instituições básicas de um Estado de Bem Estar. O que ocorre na Grécia, na Espanha, em Portugal e na periferia de Paris indica que teremos um período de perturbações sociais graves. Se a Europa “economicista” ceder é possível que se reajuste o pacto europeu. Se não, ele pode se fragmentar a partir de sucessivas rebeliões dos “de baixo”. É bom lembrar que, nestes países, não estamos falando de populações miseráveis, mas de trabalhadores que já provaram condições de bem estar e que dificilmente renunciarão a elas apenas pelo convencimento.

Carta Maior: Na sua opinião, esse receituário “economicista” dominante na Europa hoje pode desembarcar na América Latina e, em especial no Brasil, em caso de agravamento da crise econômica nos países do centro do capitalismo, especialmente nos Estados Unidos?

Tarso Genro: Creio que o Brasil tem condições especiais para enfrentar esse processo por alguns fatores naturais, como a possibilidade de expansão da fronteira agrícola, o relacionamento equilibrado com a América Latina por meio de políticas que o governo Lula desenvolveu estabelecendo relações de igualdade com países desiguais economicamente, e um mercado interno em expansão. Além disso, nosso país tem a capacidade de combinar um desenvolvimento industrial e técnico tradicional, com utilização intensiva de mão de obra, com um desenvolvimento tecnológico de alto nível, com capacidade competitiva no mercado global.

Estas condições retiram o Brasil da situação de um dilema trágico, de aderir ao neoliberalismo ou continuar crescendo com políticas sociais. Essa, na minha opinião, foi a grande conquista do governo Lula: fez uma transição sem ruptura, onde a ruptura era absolutamente impossível, colocando a questão do desenvolvimento como base para a criação de novos sujeitos sociais que não aceitam mais regredir, que querem mais, que pedirão mais para o Estado, mais escolas, mais educação, mais saúde. E isso só pode ser mantido com crescimento. Então, penso que o Brasil tem condições, sim, de sair desse impasse e, consequentemente, a América Latina também. Isso vai depender, obviamente, dos governos que tivermos daqui para frente. Se tivermos governos que sigam nesta trajetória iniciada pelo governo Lula e que está sendo prosseguida pela presidenta Dilma, acho que o Brasil não cai nesta armadilha e pode, em dez ou quinze anos, um país com muito mais influência que hoje no contexto mundial.


Por : Marco Aurélio Weissheimer

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Minha casa, meu duplex? Pera lá...

 O Deputado Federal Brizola Neto, no texto abaixo aborda de forma muito clara esta farra das construtoras e de um seguimento abastado, pra não dizer rico, da população que se beneficia do financiamento da Caixa Econômica Federal. Por distorção o governo, via FGTS está financiando mansões com juros subsidiados para os ricos e impondo restrições a quem realmente ganha pouco e quer comprar um ranchinho. As empreiteiras deitam e rolam.
...................................

Quem sabe a gente não defende uma cobrança de IPVA igual
para os dosi carros, por serem ambos amarelos?
É uma afirmação antiga a de que não há maneira maior de perpetuar desigualdades do que tratar de maneira igual aos desiguais.
A matéria que O Globo publica hoje sobre as pressões das construtoras e dos bancos para que se reajustem os limites para financiar valor máximo dos imóveis comprados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de R$ 500 mil para R$ 750 mil é bem um exemplo disso.
Não tenho nada contra que alguém compre um imóvel de R$ 600 mil, ou R$ 1 milhão, ou R$ 10 milhões. mas não com crédito subsidiado, não é?
O exemplo citado na matéria – um eventual trabalhador com R$ 400 mil no Fundo -, quenão poderia comprar um apartamento de R$ 510 mil, mostra, se a gente parar um pouco para pensar, o absurdo da situação. Alguém, para ter R$ 400 mil no Fundo, que representa mais ou menos um salário por ano trabalhado (8% do salário ao mês x 12 meses  = 96%), pra acumular este valor em 20 anos de trabalho, teria de ter ganho um salário médio de R$ 20 mil mensais, durante este período.
Ora, quem ganha R$ 20 mil por mês há 20 anos não é um “sem casa” ou, se é, é pela opção de morar muito bem pagando aluguel, em lugar de ter adquirido um imóvel de padrão de classe média.
Este valor – ninguém questiona – é patrimônio do titular da conta, e será sacado nas condições do FGTS – aposentadoria, invalidez – mas não pode sair para compra de imóveis de alto padrão por uma razão simples e intelegível a todos:  a saída em massa de recursos neste montante impede que o Fundo cumpra sua missão social de financiar habitação.
É bom a gente lembrar o que aconteceu com as distorções geradas pelo fato dos recursos do falecido BNH – que geria os recursos do FGTS – irem financiar imóveis de luxo.
E não há nenhuma crise na procura por imóveis de valor mais elevados, como registrou o Valor Econômico:
O interesse é tão grande por apartamentos de alto padrão na zona sul (do Rio de Janeiro), especialmente em prédios de frente para o mar, que as construtoras nem montam mais estandes de venda nos prédios em lançamento. Os apartamentos são oferecidos por telemarketing ou simplesmente por e-mails enviados a clientes que já demonstraram interesse e estão na fila de espera. A demanda por escritórios e outros imóveis comerciais também está superaquecida.
E mesmo as pessoas que compram imóveis acima deste valor devem lembrar que a disponibilização do FGTS sem limites razoáveis ajuda e estimula a majoração dos preços dos imóveis, que já subiram vertiginosamente.
O que nós precisamos é aumentar a oferta de imóveis, para fazer com que os preços não disparem. Claro que, nisso, o essencial é aumentar a oferta. Mas é o caso de pensar em medidas complementares. Uma delas, por exemplo, é restabelecer, até um patamar razoável, o abatimento das despesas de aluguel no Imposto de Renda.
Explico: como não podem abater, milhões de inquilinos não declaram o aluguel que pagam. Em consequencia, centenas de milhares de proprietários não declaram o aluguel que recebem. E esse aluguel é renda. Afinal, se salário é considerado renda, aluguel não seria? E isso poderia ser feito com progressividade: não se trataria, do ponto de vista fiscal, da mesma forma quem tem a renda de um ou dois aluguéis do que se cuidaria daqueles que têm dez, vinte, alguns até centenas de imóveis locados, cujo aluguel e, por vezes, nem mesmo a propriedade é declarada ou assumida.

Leia mais no Blog Tijolaço

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palocci e a falácia do “fogo amigo”


Antonio Palocci pertence a um certo tipo de petismo que foi se consolidando nos anos 90 e que nós poderíamos resumir com a imortal metáfora de Chico Buarque. Falam grosso com o Paraguai e fininho com Washington. Ou, traduzindo para os termos da política nacional: tratoram na hora de conversar com a esquerda e se esmeram em amabilidades quando o papo é com a direita. Seu grande representante atual é Cândido Vacarezza, e Palocci era a suma mais acabada do modelo. Amado e admirado pela direita demo-tucana, que pode ser antipetista mas não é cega ao ponto de deixar a estrelinha embaçar-lhe a visão de um aliado de classe, Palocci era o fiador, o amigo dos banqueiros, o garante da tão propalada “estabilidade”. Curiosamente, quando esse tipo de petista cai, por exemplo por enriquecimento suspeito sem explicações convincentes, o tombo é debitado na conta da esquerda.
Há duas coisas que acontecem no Brasil quando cai um ministro petista: Ricardo Noblat comete uma barriga e a culpa da queda é atribuída à esquerda. Não falha nunca. Ontem, horas depois que até as cinzas do que era a vegetação do Mato Grosso já sabiam que o Ministro seria defenestrado, Noblat anunciava em seu Twitter que Palocci “tem tudo para ficar”. Era a confirmação de que o ribeiro-pretano havia caído mesmo.
A mais sensata das expectativas – a de que um ministro do Partido dos Trabalhadores explicasse como multiplicou por 20 o seu patrimônio em quatro anos, como ganhou em um só mês R$ 10 milhões em consultorias já tendo sido nomeado Ministro da Casa Civil, como e em que condições foi consultor de gigantescos grupos privados em pleno exercício de mandato legislativo e tendo acabado de sair do Ministério da Fazenda — foi tratada, em algumas comarcas, como traição ao petismo e adesão ao malfadado “PiG”. E eu aqui ingenuamente achando que encher as burras de dinheiro misturando o público com o privado é que era uma traição ao espírito original do Partido dos Trabalhadores. Como disse muito bem o Renato Rovai no seu post de hoje, a degradação e o histórico de manipulação da imprensa brasileira gerou uma contrarreação que consiste em basicamente escolher um lado e cegar-se para os fatos.
O problema é que, cegando-se para os fatos, você começa a confundir os lados também.
A Folha de São Paulo sequer fez investigação sobre Palocci. A informação lhe caiu no colo, vinda, segundo alguns, da Secretaria de Finanças de SP, ligada ao tucanato. Em nenhum momento a veracidade do fato foi sequer questionada.  Como afirmou o Rodrigo Vianna na época, o fato de que a Folha seja seletiva e não publique o mesmo tipo de matéria sobre, por exemplo, o patrimônio de Aécio não mudava em nada a veracidade do fato. Palocci ficou calado durante 20 dias. De forma inábil, o Planalto escalou Gilberto Carvalho, no começo da crise, para decretar que o caso estava encerrado, quando ele mal começava. Naquele momento, Rovai já cantava a pedra de que isso, em política, não se faz. Quando finalmente resolve falar, Palocci escolhe uma entrevista exclusiva ao Jornal Nacional e outra entrevista exclusiva à Folha de São Paulo. Não explica nada. Entre os semanários, foi a Carta Capital quem deu matéria de capa sobre o fato, enquanto que a Veja praticamente o ignorou. E são os críticos de Palocci os aliados do “PiG”? Uai, que PiG é esse? A conta não fecha.
Finalmente, a acusação de ser “a esquerda de que a direita gosta” e a “esquerda que faz o jogo da direita” cumpriu seu ciclo de 360º para incluir … toda a esquerda! Com a exceção, claro, dos defensores incondicionais de um agente público que se torna milionário fazendo consultorias a gigantescos grupos privados em pleno exercício de mandato legislativo, pós-Ministério da Fazenda, e depois de já nomeado Ministro-Chefe da Casa Civil.  É uma curiosa definição de esquerda de que a direita não gosta.
A presunção de inocência é um princípio do Direito, não da política. No Direito, o ônus da prova cabe a quem acusa. Na política, o ônus da prova cabe a quem está com as costas contra a parede. Simples assim. Não há moral nem direito na política. Só a pura relação de forças. E o fato cabal da correlação de forças da política brasileira de hoje é que nem a esquerda do PT nem o PSOL tem peso para derrubar um Ministro-Chefe da Casa Civil. Se o tivessem, talvez o Brasil não estivesse pagando o que paga aos banqueiros e o Código Florestal não teria sido tratorado pela aliança stalinisto-latifundiária.
Portanto, progressista, não insulte a inteligência do seu leitor, e a própria que lhe reste, falando em “psolistas infiltrados”, “Ptsolistas”, “fogo amigo” e bobagens do gênero. A queda de Palocci só reitera um princípio histórico do capital: ele admite novos-ricos, mas somente enquanto estes lhe sejam úteis. Quando deixam de sê-lo, são largados impiedosamente à beira da estrada. O capital não tem amigos, só interesses.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um juíz que merece aplauso na fronteira

Justiça Federal requisita inquérito policial para averiguar possíveis delitos de entidades de classe

Autor da liminar a favor da contratação dos médicos uruguaios residentes em Rivera pela Santa Casa, juiz Belmiro Krieger pede investigação de publicação do Simers, no qual pode haver crime de calúnia

Krieger reitera que Santa Casa pode contratar médicos uruguaios residentes em Rivera, sem necessidade de registro ou revalidação do diploma
Em decisão judicial tomada na tarde dessa segunda-feira, o juiz federal Belmiro Tadeu Krieger reiterou a legitimidade da Santa Casa de Misericórdia para contratar "independente da revalidação de diplomas em universidades brasileiras e inscrição no Conselho Regional de Medicina, médicos de cidadania uruguaia residentes em Rivera, ROU". O documento também determina abertura de inquérito policial para averiguar eventuais delitos, como denunciação caluniosa, que podem ter ocorrido por parte do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).
A decisão de Krieger tem base, conforme registrado no documento, nos moldes previstos no Acordo entre Brasil e Uruguai para "permissão de residência, estudo e trabalho a nacionais fronteiriços brasileiros e uruguaios", promulgado no Decreto nº 5.105/2004, e no Ajuste Complementar do Acordo "para permissão de residência, estudo e trabalho a nacionais fronteiriços brasileiros e uruguaios para prestação de serviços de saúde", promulgado pelo Decreto nº 7.239, de 26 de julho de 2010 - exatamente como o juiz escreveu em decisão de 25 de maio.
Em abril, Krieger já havia decidido sobre Ação Civil Pública ajuizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) contra a Fundação Hospital de Caridade de Quaraí, negando a liminar requisitada pelo Cremers para considerar ilegal a contratação de médicos uruguaios residentes em Artigas, ROU. "Esta decisão foi objeto de recurso em sede de Agravo de Instrumento, ainda não decidido no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Referidas decisões encontram-se hígidas, devendo ser obedecidas pelas partes litigantes", assinala o juiz no documento.
No domingo, 5 de maio, o Simers publicou, em espaço contratado no jornal A Plateia, a nota "Médicos Indocumentados (2)". No referido texto, o sindicato pode ter cometido crime de denúncia caluniosa, além de, evidentemente, ter desrespeitado a decisão da Justiça Federal. A partir da publicação, a Santa Casa recorreu à Justiça Federal, o que motivou a decisão de ontem. "Na minha visão, foi um blefe, uma tentativa de intimidar os uruguaios que queiram trabalhar na Santa Casa - legalmente amparados pelas liminares expedidas pela Justiça. Quando se diz que eles estariam cometendo o crime de exercício ilegal da Medicina e isso não ocorre, pode ter havido o crime de calúnia. Mas só o inquérito poderá dizer isso", analisa Krieger.
O juiz reforça que o Tribunal de Justiça ainda não decidiu sobre as liminares - e somente o TJ poderá mudar o que hoje está em vigor: os médicos uruguaios residentes em Rivera estão legalmente amparados para exercer atividades em Livramento sem necessidade de revalidar o diploma ou de registro no Cremers. "No momento em que eles se manifestaram, tentaram dar uma imagem distorcida à população. Foi uma fanfarronice", classifica Krieger.
A partir da decisão judicial expedida ontem, a Polícia Federal - Superintendência e Delegacia de Livramento - foi oficiada para observar e cumprir a lei levando em conta as liminares de Krieger; ao Delegado da Polícia Federal foi determinado que informe, em 24 horas, acerca de eventual ordem de prisão que contrarie a autorização judicial; requisitou-se, ainda, a abertura de inquérito policial para eventuais delitos ocorrentes no caso; dar vista ao Ministério Público para conhecimento e providências cabíveis.

Veja a nota:

Clique na imagem para ampliar

Matéria publicada hoje no jornal A Platéia Livramento
Clique no Link e leia mais

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Convenção de Solidariedade simula julgamento de cinco cubanos presos nos Estados Unidos


A simulação do julgamento de cinco cubanos mantidos há 13 anos em cárcere privado nos Estados Unidos, sob a acusação de prática terrorista, será uma das principais atividades da VI Convenção Estadual de Solidariedade a Cuba, que acontece nos dias 4 e 5 de junho, na Assembleia Legislativa do RS. A atividade está prevista para as 19h de sexta-feira (3), no plenarinho, e terá a presença do embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodrigues.

O “Tribunal da Consciência”  será formado por uma juíza, três advogados de defesa, dois promotores, um relator e 12 jurados, além de estudantes de quatro universidades gaúchas e um dirigente da Associação Cultural José Marti (ACJM/RS), que representam os cinco antiterroristas. Gerardo Hernández, René González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Fernando González foram presos e submetidos a um julgamento repleto de irregularidades.

A atividade foi criada em parceria com a Frente Parlamentar de Solidariedade ao Povo Cubano da Assembleia gaúcha e a Associação Cultural José Marti do RS. Segundo o Coordenador da Frente Parlamentar, deputado Raul Carrion, a realização de um novo julgamento dos “Cinco”, mesmo simbólica, contribui de forma ética e pedagógica para desvendar as dúvidas sobre a justiça e a imparcialidade do caso e as condições de encarceramento as quais são submetidos. “Os Cinco foram detidos por agentes do FBI e condenados a penas que vão de 15 anos a duas prisões perpétuas”, informa.

Para o presidente da Associação Cultural José Marti, Ricardo Haesbaert, o apoio da Frente Parlamentar e dos jurados - que representam importantes instituições e entidades do Estado – para realizar o “Tribunal da Consciência”, demonstra o forte interesse em avaliar não só tecnica, mas também eticamente, um caso que intriga centenas de entidades internacionais, inclusive dez Prêmios Nobel da Paz.

O evento faz parte das atividades da VI Convenção Estadual de Solidariedade a Cuba, preparatória para o Encontro Nacional, em São Paulo, de 21 a 26 de junho.


Participam do Júri

 Presidente Nacional do Opinio Iuris e juíza aposentada Antônia Mara Vieira Loguércio; defensor público Estadual Carlos Frederico Guazzelli; desembargador Rui Portanova; advogado e coordenador da Assessoria Jurídica da Secretaria da Educação do Governo do RS Edson Mello da Rosa; advogado e vereador do PSOL de Viamão Romer Guex; advogada Marilinda Marques; promotora  do Ministério Público Estadual Miriam Balestro; procurador-geral do Estado  do RS, Carlos Henrique Kaipper; presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier; presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos RS, Jair Krischke; advogado e organizador do livro “Os cinco herois prisioneiros do Império”, Jeferson Braga (BA); presidente da Associação de Juízes do RS – AJURIS, João Ricardo dos Santos Costa; advogados e dirigente da ACJM/RS Silvio Jardim, Jorge Garcia e Ronald Dutra; professor do Programa de Pós-Graduação em Neurociências – ICBS,da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jorge A. Quillfeldt; socióloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS Ruth Ignácio e a sub–chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Rio Grande do Sul  Mari Perusso e o advogado e assessor parlamentar, João Augusto Moogen. Representando os “Cinco”: o dirigente da ACJM/RS, Guilherme Oliveira, os estudantes de Direito do Centro Universitário Ritter dos Reis, Gabriel Pontes Fonseca Pinto, da Fundação do Ministério Público–FMP, Pedro Prazeres Fraga Pereira, e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Jader Paz, além do dirigente da ACJM/RS, Gilberto Godinho.

Audiência com Beto Grill

Ainda na sexta–feira, o vice–governador Beto Gril, acompanhado de secretários de Estado, recebe em audiência o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodriguez, o presidente da ACJM/RS, Ricardo Haesbaert, o coordenador da Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba da Assembleia gaúcha, deputado Raul Carrion, a jornalista cubana Norelys Morales Aguilera, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, José Nunes, além de dirigentes e apoiadores da ACJM/RS. Na pauta, o incentivo à integração e parcerias entre os governos de Cuba e do Rio Grande do Sul, nas áreas de saúde, educação, agricultura, biotecnologia, cultura e desportos.
No sábado (4), às 9h, no plenarinho, acontece a conferência do embaixador Carlos Zamora Rodriguez sobre Os bloqueios estadunidenses a Cuba e a política de realinhamento econômico e social do governo, aprovada, em abril, durante o Congresso do Partido Comunista Cubano. O cantor e compositor Raul Ellwanger encerra as atividades da manhã.

Também no plenarinho, a partir das 14h, ocorre o painel O bloqueio midiático a Cuba e as alternativas para enfrentá-lo, com a coordenação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. Como painelistas participam a jornalista Norelys Morales Aguilera, criadora da Red Blogueros y Corresponsales de la Revolución,  dos  blogs Islamía, El blog de Norelys e En la misma costura; a jornalista e membro do Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC Elaine Tavares; o editor dos sites Carta Maior e RS Urgente, Marco Weissheimer, e o presidente do Sindjors, José Maria Nunes. A abertura terá a apresentação do cantor e compositor Pedro Munhoz.

 Às 17h, serão apreciadas as propostas apresentadas durante o encontro e defendidas na XIX Convenção Nacional, em São Paulo. A atriz Ana Campo apresenta o esquete “Fragmento: te doy una canción” - uma homenagem aos “Cinco” -, uma composição do grande músico cubano, Silvio Rodrigues.

Exposição “Minha Visão sobre Cuba”,
Durante os dois dias da convenção, o estudante de jornalismo e fotógrafo Michael Susin,  de Caxias do Sul, expõe na Galeria dos Municípios, no térreo do Poder Legislativo, a mostra fotográfica “Minha Visão sobre Cuba”, resultado da sua participação, em novembro de 2010, no “VI Colóquio pela Libertação dos Cinco”, na Província de Holguín, e na “Brigada Internacional Contra o Terrorismo Midiático”, em Caimito, na ilha caribenha.

Para o evento, a ACJM/RS conta, até este momento, com o apoio da Assembleia Legislativa do Estado; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Blogueiros Progressistas do RS – BlogProgRS.

Jornalista responsável:  Vânia Barbosa, MTB 8927

Maiores informações no Site: http://www.josemarti.com.br/
Contatos: (51)3224 4953 (51)3224 4953 (tarde) e email: acjmrs@gmail.com)

O PMDB do Lula e de todos


Ontem, assisti o programa do PMDB. Um desfile de personalidades de fazer qualquer cidadão pular da cadeira e arrancar os cabelos. Pior, eis que, o epílogo assustaria ainda mais. Surge da escuridão do programa e das sombras que o antecederam, Luiz Inácio da Silva. Sim, ele mesmo o Lula. Depois de retirar as crianças da sala e me recobrar, fiquei repassando na memória nomes caquéticos, múmias políticas que insistem em assombrar os corredores do Congresso.
Por mais que esperneemos, que nos martirizemos, o “Nunca Dantes” tem razão.
Lula foi no programa desta turma pra agradecer. O PMDB lhe ofereceu apoio em seus dois mandatos.
Ah, mas o PMDB também apoiou FHC. Sim é verdade.
Não apenas apoiou FHC em seus dois mandatos, mas, também apoiou Collor, Itamar e Sarney.
Apoiaria o Mubarak, Kadafi ou quem estivesse lá.
É da natureza deles. É inerente a sobrevivência deles
Por isso, quando abrem as portas deste armário, saltam figuras como Sarney, Barbalho, Garibaldi, Lobão. Balançando o mofo e se reinventando.
Não obstante, surge do nada, ou melhor, são figuras carimbadas por outras “obras”. Chalita e Skaf.
Duas pessoas fantásticas que tiveram uma experiencia traumática no PSB paulista. Por “idealismo” marcharam para o partido que é a cara deles
Vocês devem estar se perguntando pelo Pedro Simon. Não, eu não esqueci do vitalício.
Simon, o homem de dupla face, dois discursos e duas éticas.
O Homem que se fantasia depois que passa o Mampituba. Mentor e mantenedor do governo Yeda no Rio Grande. Nunca abriu a boca pra condenar o descalabro dos seus.
Grande parte denunciada e virando réus. Lá, depois do Mampituba é conhecido como paladino da ética.
O PMDB é como o sagu servido de sobremesa em restaurante. Parece que ninguém come, você vai hoje ele está lá, volta amanhã ele está com a mesma cara. As pessoas comem, mas, ele brota do nada, se você comer um pouquinho ele volta a crescer.
Assim é o eleitorado do PMDB. Invisível.
Você amigo(a) leitor, imagine a seguinte cena: Dia de eleição. Uma família saindo de casa pra cumprir com seu compromisso “cívico” de votar. De súbito, uma das crianças embebidas de felicidade e saltitantes, cantam.! Eu vou, eu vou, votar no Lobão eu vou. Pode ser o Barbalho, Garibaldi.
Parece insólito. E é.
Mas, enfim, este é o PMDB. Sim, estes são os nossos aliados e aliado de todos.
Depois do programa na Tv com os grandes “astros” do PMDB, tentei lembrar em qual Estado, além do Rio Grande do Sul eles são oposição.
Considerando o sabujismo escolado da turma, desisti logo do exercício, pois, mesmo onde fazem oposição, ela não é convincente.
O PMDB, depois de Ulysses Guimarães não teve mais projeto de governo. Ele é o poder instalado no Estado.
Seus tentáculos se espraiaram na República, se movimentam em todos os corredores do poder. A política brasileira é refém do PMDB.
Ou talvez a falta de uma política séria. Falo aqui de política partidária e a tão sonhada e necessária reforma politica e eleitoral.
Mas, isso é outra conversa. Aliás, conversa que minguem quer, fingem, mas não querem.
Lula está certo, tem mesmo que bater nas costas do Temer. É feio, doloroso para muitos.
Entretanto, necessário pra poupar Dilma de ter que fazê-lo em rede nacional.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Encuentro de Blogueros y Twitteros en Porto Alegre - Brasil


Norelys Y martha

Los días 27, 28 y 29 de mayo, del corriente año, se ha realizado en Porto Alegre, Capital de Río Grande del Sur, el Primer  Encuentro de Blogueros y Twitteros de Río Grande.
Han participado Cuba, El Salvador, Uruguay, y de distintos lugares de Brasil. Las exposiciones han sido ricas en aportes, y profundas para un debate fraterno, donde el optimismo, el reconocimiento de lo ya realizado, y las necesidades aún a cubrir, se han manifestado en el marco de una estrategia necesaria.
Se realizó en la Cámara Municipal de Porto Alegre, donde las Delegaciones fueron tratadas con una solidaridad, respeto y atenciones, pocas veces vistas.
Compañeros, hemos pasado de lo virtual a lo real, hemos debatido sobre Internet, Redes Sociales en general, Blogs y Twitter, en casi todos sus aspectos, para retornar a esa, nuestra trinchera de lucha, con muchos más elementos, conceptos enriquecedores para todos, y un renovado optimismo e intensa camaradería.
Las Redes no son más, para los marxistas, que una nueva herramienta de trabajo... La historia de la humanidad se puede resumir en la historia de las herramientas que el hombre ha necesitado, creado para cubrir sus necesidades, aprendido a usar de la tal forma que se optimice día a día, para dar paso a algo que lo supere.
Vale decir que, aprendiendo a usarla, determinar sus objetivos, optimizarla y asumir la responsabilidad de sus trascendencia, es un deber ético moral que provoca un desafío que aceptamos.
La compañera Norelys Morales, de destacadísimo protagonismo por todo lo que ella representa, como cubana, Bloguera yTtwittera, fué recibida, acompañada y considerada, manifestando toda su aptitud y actitud revolucionaria, evidenciando amplia solvencia no sólo en el Evento en sí, sino en variadas entrevistas radiales y televisiva que se hizo en torno a él.
Mi participación personal fué, de forma similar, no en nombre de mi país y Blogueros de allí, para lo cual no me habían otorgado mandato, sino con mi experiencias varias de lucha donde he considerado, siempre, las herramientas deben optimizarse al máximo, y esto se logra trabajando en equipo y con una retroalimentación consecuente.
Es importante destacar la importancia que tiene Porto Alegre, y Brasil todo, en este momento, por su trascendencia latinoamericana y caribeña, para el mundo entero, fundamentalmente, enmarcando lo acontecido, en en la profundización de la democracia y la sociedad del conocimiento.
Las Redes tienen un alcance exponencial de llegada, que la transforma en contrainformación a los medios imperialistas, aumenta la capacidad de análisis y es una verdadera Escuela de Cuadros, cuando asumimos, con la autocrítica y crítica constructiva, una conducta docente respetuosa, de todo hecho que se transforma en trascendente, en el mapa geopolítico mundial.
Parece obvio pero debemos aclarar que los objetivos de las Redes Sociales son variadísimos y fueron creados por el Impeio para desestabilizar, intervenir, ocultar verdades, tergiversar hechos concretos, limitar la capacidad de análisi de la realidad, evadir las notorias y casi infantiles contradicciones y, sobre todo, procurar ir por recursos naturales, bajo cualquier argumento, a cualquier parte del mundo. Somos conscientes de ello, más no retrocedemos...
Como dice la compañera Norelys, es una autovía con ida y vuelta, para todo tipo de vehículo. Nosotros sabemos bien cual es nuestro objetivo, responsabilidad y obligación revolucionaria de optimizar el uso de esta herramienta. Los pueblos lo están demostrando.
A todos los compañeros de Brasil, que hicieron posible el evento, perfectamente organizado, a su verdadero derroche de camaradería que continuaba incluso fuera del evento, sólo me resta agradecerles con profunda emoción de hermandad revolucionaria, de internacionalismo proletario, real, concreto.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os “mísseis” de Chávez e Ahmadinejad



A piada do dia da “neoguerra fria” que se move contra os países que não rezam pela cartilha de Washington aconteceu na noite passada na televisão venezuelana, segundo relata a agência EFE. Numa aparição de surpresa, o presidente Hugo Chávez “confirmou” a notícia do jornal alemão Die Welt, reproduzida em jornais do mundo inteiro, de que estavam sendo instalados mísseis iranianos de médio alcance em território venezuelano.
“Vocês podem ver que cada lançador tem três mísses, um apontado para Washington, outro para Nova York e o terceiro para Miami”, disse, fazendo piada, ao mostrar as fotos das turbinas eólicas instaladas pela PDVSA na localidade de Paraguaná que foram identificadas como os tais “mísseis”.
- Os americanos têm um satélite que está meio distorcido, estes são moinhos, os geradores eólicos, disse, mostrando as fotos.
Vejam a que ponto a histeria leva às maiores irresponsabilidades. Neste caso, felizmente, tudo virou uma piada desmoralizante.

Vá até Tijolaço e leia mais.