quinta-feira, 30 de julho de 2009

Pra quem gosta de pesquisas


O nome da doideira


Mídia amiga diz que Yeda está em “período de reflexão”

Quero propor um tema para os estudantes que estão em vias de começar o trabalho de conclusão de suas graduações de terceiro grau. Sugiro o exame do tratamento que a mídia guasca dá ao grande imbróglio chamado governo-tucano-de-Yeda-Rorato-Crusius.

Tem uma vasta bibliografia de suporte para quem vai se debruçar sobre o palpitante e mucho loco tema. Pode começar com Roland Barthes, seguir com Bourdieu, Eco, Chomsky, Castells, e outros.

Trata-se da mais direta e franca expressão da categoria “elites irresponsáveis” analisada pelo sociólogo Francesco Alberoni. Criaram e cevaram essa coisa e agora não sabem como se ver livre da coisa, que já começa a prejudicar os negócios do tipo claro/escuro. Não sabendo como lidar com a coisa muito louca, tratam de colocar panos quentes no desarranjo, na forma de eufemismos ridículos e surreais, como dizer que a governadora está em “período de reflexão”, quando se sabe que há uma luta interna fenomenal para disputar espaços/vantagens na nau à deriva no qual está transformado o poder público do Estado do Rio Grande do Sul.

O formando que estudar esse tema – além de se divertir muito – estará contribuindo sobremaneira com o desvendamento de um esquema de poder fixado sobre bases subjetivas de ilegalidade, amadorismo, vulgaridade generalizada, ignorância e insanidade mental. As bases objetivas são as mesmas de qualquer governo orientado para o desrespeito sistemático às regras da democracia formal representativa.


Texto do sociólogo Cristovão Feil do diario gauche
Que também é leitura obrigatória.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Gripe "A"

Faz-se necessária algumas considerações sobre a tal gripe A.
- Muitas escolas no Rio Grande e em São Paulo cogitam o adiamento para a volta as aulas.
- O maior numero de mortos pela gripe A foram diagnosticados em São Paulo e no Rio Grande guasca.
- Vamos considerar que seja realmente necessário o adiamento do retorno as aulas, entretanto, como admitir que os shoping centers continuem diariamente lotados? E salas de cinema? Bancos? etc...
- Outra curiosidade...
- Porque a malfadada girpe do porco persegue as administrações tucanas?
-E porque nem a OMS fala mais em gripe suina e desconsidera a "pandemia"?

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Supremo errou, cabe consertar

O Supremo Tribunal Federal cometeu um grave erro ao acabar com a exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo. Como guardião da Constituição brasileira, o STF entendeu que uma de suas cláusulas – a que garante a livre manifestação de pensamento – estaria sendo violada pela lei que regulamentou a profissão de jornalista.
Os ministros que votaram contra a exigência do diploma, sob a alegação de cerceamento da liberdade, erraram. Seguiram um relator subserviente à grande mídia, certo de que esta retribuiria o seu favor, o que aliás já vem acontecendo. Mostraram em seus votos desconhecer a matéria em julgamento. Nunca houve, nos mais de quarenta anos de vigência da lei, qualquer violação da liberdade que tivesse sido decorrente de sua aplicação. Houve sim censura prévia durante a ditadura e censura empresarial depois dela, fatos sem nenhuma relação com a exigência do diploma.
Os nobres julgadores parecem não ler jornais, ouvir rádio ou ver televisão. Neles, todos os dias opinam profissionais de todas as áreas sem nenhum obstáculo. Portanto, a exigência do diploma não fere a Constituição e esta deveria ser a singela resposta do Supremo aos autores da ação, não por acaso entidades patronais do setor.
O que a lei derrubada garantia era a o exercício legalizado de uma profissão cujo conhecimento acumulado ao longo dos anos não pode ser transmitido senão de forma sistematizada, como se faz na academia. Foi-se o tempo em que jornalismo se aprendia nas redações. Hoje esse ensinamento é fruto da pesquisa científica desenvolvida numa área específica do conhecimento e que se transmite nas salas de aulas e nos laboratórios.
Gostaria de saber se alguns dos juizes que votaram contra o diploma – e que escrevem nos jornais com absoluta liberdade – sabem como se define e se produz uma pauta jornalística, como se apuram as informações e como se faz a edição de uma reportagem, por exemplo? Ou ainda quais são as diferenças entre um texto escrito para ser lido nos jornais, na internet ou para ser ouvido através do rádio. E como escrever para a TV combinando com precisão texto e imagem? Isso não tem nada a ver com liberdade de informação. É conhecimento especializado que sociólogos, advogados e médicos não aprendem em suas faculdades. Só os jornalistas.
E o mais importante: gostaria de saber se esses doutos juizes se debruçaram sobre o currículo teórico dos cursos de comunicação, base fundamental para o trabalho prático acima descrito. Não há hoje jornalista formado que não tenha tido contato com as diferentes correntes teóricas da comunicação, estudadas e discutidas nas faculdades.
São essas leituras que permitem aos futuros jornalistas compreender melhor o funcionamento da mídia, as suas relações com os diferentes poderes, os seus interesses muitas vezes subalternos. É nas faculdades que se formam jornalistas críticos, não apenas da sociedade, mas principalmente da mídia, capazes de saber com clareza onde estarão pisando quando se formarem. É tudo que os donos dos meios não querem.
A luta deles pelo fim do diploma resume-se a dois objetivos: destruir a regulamentação da categoria aviltando ainda mais os salários e as condições de trabalho e, ao mesmo tempo, evitar a presença em suas redações de jornalistas que possam, ainda que minimamente, contestar – com conhecimento de causa - o poder por eles exercido sem controle. Querem escolher a dedo pessoas dóceis e subservientes e transformá-las nos “seus” jornalistas.
Transfere-se dessa forma da esfera pública para o setor privado a decisão de definir quem pode ou não ser jornalista. As universidades públicas quando outorgam um diploma de um dos seus cursos ou quando reconhecem a legitimidade do diploma fornecido por instituição privada exercem a prerrogativa de possuírem fé pública. O diploma de jornalismo era, portanto, referendado pelo Estado em nome da sociedade, dando a ele a sustentação necessária para o exercício de uma profissão regulamentada desde 1938. Agora é o mercado que decide.
Outro argumento ridículo usados pelos juízes do Supremo é que o diploma era um entulho autoritário produzido pela ditadura militar. Bastava uma breve consulta aos anais de todos os encontros e congressos de jornalistas para perceber que tal afirmação é insustentável. Em 1918, quarenta e seis anos antes de se instalar a ditadura de 64, os jornalistas reunidos em Congresso no Rio de Janeiro já defendiam a formação específica em jornalismo para o exercício da profissão. E seguiram lutando por essa bandeira e pela regulamentação profissional.
Em 1961, o presidente Jânio Quadros publicou decreto regulamentando a profissão. A partir dai o seu exercício ficou restrito aos portadores de diploma específico de nível superior. Como agora, as empresas jornalísticas se mobilizaram e conseguiram, um ano depois, a revogação do decreto pelo presidente João Goulart. Mas em compensação foi criada uma comissão para dar nova forma à legislação. O resultado foi a volta da exigência da formação superior, embora admitindo o autodidata e o reconhecimento de jornalistas sem diploma nas cidades onde não haviam faculdades de jornalismo. O decreto-lei de 1969 apenas acabou com o autodidatismo, mas permitiu a existência do jornalista provisionado, aquele que já exercia a profissão antes da promulgação da lei.
Foi graças à mobilização e à pressão da categoria que, depois de mais de 50 anos de luta conquistou-se a exigência do diploma, nos termos previstos desde de o final da primeira década do século 20.
E os juízes de 2009 ainda tiveram a coragem de aceitar a tese de que foi a ditadura que exigiu o diploma para impedir contestações nos jornais. Como se os jornalistas pudessem escrever o que quisessem sem a anuência dos patrões, como se na época não houvesse censura policial e como se todos os possíveis contestadores do regime não estivessem aquela altura mortos, exilados, sendo torturados ou simplesmente calados pela força da intimidação.
Voltamos agora à pré-história do jornalismo brasileiro quando os donos de jornais davam “carteiras de jornalistas” para os empregados e diziam: “agora você já é jornalista, pode ir buscar o salário lá fora”. Se o “jornalista” tivesse algum pudor iria ganhar seu dinheiro em outra profissão trabalhando no jornal por diletantismo. Se não tivesse iria usar do seu espaço para ameaçar pessoas, em troca de remuneração. Era o chamado achaque que, obviamente não era generalizado mas que constrangia os jornalistas idôneos.
A obrigatoriedade do diploma foi responsável pela moralização da profissão. Além disso, estimulou os diplomados a refletirem sistematicamente sobre o seu trabalho. Será que os nobres juizes do Supremo ouviram falar alguma vez na riquíssima experiência de pesquisa, necessária ao trabalho de conclusão de curso, condição para se obter o grau superior de jornalismo? Acredito que não. E não sabem também como, ao ingressar na profissão com o diploma, o jornalista tem olhos mais atentos para recolher na prática profissional os elementos necessários para a realização de novas pesquisas acadêmicas.
São inúmeros os jornalistas que depois de alguns anos de vida profissional voltam à academia ingressando em programas de mestrado ou doutorado. Carreiras acadêmicas serão destruídas. E com isso vai se iniciar um processo de destruição de uma área do conhecimento que vinha se consolidando nos últimos anos graças ao investimento dos órgãos de fomento à pesquisa e das universidades. A exigência do diploma é vital para manter viva a relação entre o trabalho e a pesquisa.
Como se vê, além de errarem, os juizes do Supremo foram irresponsáveis por não mediram as conseqüências da decisão tomada.
Mas há conserto. Tramitam no Congresso duas propostas de emenda constitucional determinando a volta da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão. Não é fácil aprová-las dadas as exigências regimentais. Na Câmara, por exemplo, precisam do voto favorável de três quintos dos deputados (308 entre 513) e no Senado de 49 dos 81 senadores. Votos que só serão conseguidos com a mobilização ampla da categoria e dos estudantes, o que aliás já vem ocorrendo em todo o Brasil. Resta agora intensificar essa luta que já se mostrou vitoriosa em outros momentos de nossa história.
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Carta à governadora Yeda Crusius


O Movimento pela Abertura dos Arquivos da Ditadura encaminhou a seguinte carta à governadora Yeda Crusius, repudiando o uso do termo “torturadores” para desqualificar os professores que participaram de um protesto em frente à residência da mesma:
Exma. Sra. Governadora do Estado do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius

O Movimento Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura toma a iniciativa de escrever-lhe esta carta, em referência ao cartaz que a senhora escreveu ontem pela manhã, dia 16 de julho de 2009, e apresentou aos fotógrafos de órgãos de imprensa de todo o país. A sua declaração, de que aquelas pessoas que ali estavam não eram professores, mas “torturadores”, atinge não somente aqueles professores, que estão em seu pleno direito de reivindicar melhores salários e condições de trabalho, mas também todos os cidadãos brasileiros, vítimas diretas ou indiretas dos crimes cometidos por torturadores ao longo da história do Brasil.
A utilização deste termo é uma prova da total falta de conhecimento histórico da senhora, e mais: um grande desrespeito à memória do país, que recentemente passou por um período de ditadura, não só militar, mas com contribuição de muitos civis, muitos hoje acusados de terem, esses sim, torturado pessoas. Com sua declaração, a senhora ignorou totalmente a carga histórica que o conceito de “torturador” carrega. A senhora já ouviu o depoimento de alguém que tenha sofrido, verdadeiramente, uma tortura? Estas pessoas merecem o nosso respeito, o que não observamos na sua atitude.
Isso corrobora para o que estamos chamando atenção há tempos: a utilização inadequeada de adjetivos, sem conhecer seu teor histórico, sem valor explicativo, e usado de forma pejorativa e impune. Isso acontece, também, com o conceito de “terrorista”, que é utilizado para a luta armada brasileira, mas nunca atribuído às ações do aparato repressivo do Estado - ainda não desmontado, julgado e condenado - e com grupos para-militares, como o CCC, sigla que ainda hoje circula na sociedade brasileira, e é lembrada como o grande grupo que combatia o comunismo, sem saber de fato o que aquele grupo fez no Brasil.
A sua atitude se assemelha à dos torturadores e repressores, na medida em que, assim como as balas, as palavras ferem, e vêm justamente do lugar que deveria tomar conta de todos os cidadãos, independente de posicionamento político: o Estado. A senhora comparou uma classe trabalhadora, que exercia um direito que fora suprimido por mais de 20 anos, àqueles responsáveis pela supressão do mesmo. Comparou-os a pessoas que cometeram crimes, e que estão por aí, impunes. Isto, senhora governadora, é considerado calúnia, segundo as leis do Estado que a senhora representa.
A senhora sentiu-se intimidada pela manifestação que impediu o direito de ir e vir de seus netos. A senhora sabe que durante os anos 1960, 1970 e 1980, vigoraram no Cone Sul ditaduras civil-militares que sequestraram, torturaram, desapareceram, mataram e apropriaram-se de crianças? Na Argentina, por exemplo, há mais de 500 crianças desaparecidas. Apenas 91 tiveram sua identidade restituída. A senhora sabe como isto foi feito? Através de lutas, confrontos, manifestações, como esta, que se realizava em frente a sua residência.
Seus netos, senhora governadora, provalvemente não saibam o estado em que se encontra a educação pública no Rio Grande do Sul, pois devem frequentar os melhores e mais caros colégios em Porto Alegre. Seus netos não devem fazer idéia do que seja passar trimestres, às vezes anos, sem uma disciplina, por falta de professor; ou estudarem em turmas com 50 alunos, por causa do enturmamento promovido pela senhora; ou enfrentarem as condições precárias em que se encontram muitas escolas; ou não possuírem uma boa educação por falta de recursos; ou encontrarem professores desmotivados pela miséria que é paga todos os meses. Estes sim, são torturados.
Senhora governadora, por todos esses motivos expostos nós, do Movimento Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura, escrevemos esta carta com o objetivo de solicitar uma retratação pública da senhora, em frente às câmeras de televisão, para com todos os cidadãos brasileiros, que de uma forma ou de outra, sabem exatamente o que significa o termo “torturado”. Pedimos que a senhora tome essa atitude, em nome de todas as verdadeiras vítimas de crimes de tortura cometidos no Brasil, seja durante a ditadura civil-militar, seja ainda hoje em dia, pelo Estado.
Esta carta seguirá com cópia para órgãos de imprensa e endereços eletrônicos que quiserem publicá-la.
Foto: Roberto Vinicius/Agência Free Lancer

Originalmente no RS Urgente

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Jornalismo sabujo e golpista


Desde muito tempo deixei de levar a sério o Panfleto da Tamandaré. Alguns insistem em chamar de jornal.
- por inocência talvez, ou por ignorância mesmo.
- Hoje lendo a matéria (?) reproduzida abaixo, fiquei imaginando como a tartufada gaudéria do Rincão do Atraso e os latifundiários, via de regra, causadores e protagonistas deste atraso receberam a noticia veiculada no Panfleto.

- Agora vão cuidar de nossas vaquinhas?
- Quem será que conhece o PRONASCI no rincão?
- Talvez nem os assalariados do panfleto saibam.
- E se não sabem deveriam procurar saber.
- E se não o fazem, será por burrice?
- Limitação?
- Má intenção?
- Ou será tudo junto?
- E o prefeito porque em momento algum revela que o convenio do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) é uma política do Ministério da Justiça?
- Do governo Lula, do PT, do Ministro Tarso.
- Será que os assalariados do Panfleto e o prefeito (imitador de gestor) sabem o que é GGIM?

- Qual seu papel?
- Qual a dimensão do PRONASCI no Rio Grande?
- Dos territórios de Paz que inclusive no mês passado foi lançado no Rio Grande pelo Presidente Lula, no bairro Bom Jesus em Porto Alegre?
- E que serão lançados mais 10 na região metropolitana?
- E que o Rio Grande é o 7º estado a receber as ações do PRONASCI?
Sinceramente, cada vez que leio este tipo de “REPORCAGEM” me irrito, sinto pena e por derradeiro concluo que esta gente se merece.
Leiam a “REPORCAGEM” do panfleto abaixo.
- Quem tiver capacidade de reflexão e mediana inteligência entenderá a indignação da postagem, outros (a maioria) nada dirão.


Prefeito entrega viaturas e dá posse aos membros do Gabinete de Gestão Integrada


O prefeito Wainer Machado realizou a entrega, nesta terça-feira, de quatro veículos que serão utilizados para combater a criminalidade no município, seja zona rural ou cidade (duas caminhonetes para BM e uma para Polícia Civil, além de um veículo para o próprio gabinete), além de dar posse aos membros do Gabinete de Gestão Integrada, que contará com representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Brigada Militar - CRPO-FO, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sindicato Rural, Delegacia Regional da Susepe, Conselho Tutelar, Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal, coordenado André Luis Pereira. O prefeito Wainer Machado lembrou que esteve com o ministro Tarso Genro pleiteando a instalação dos GGI's nas zonas de fronteira e, após receber o aceno positivo da instalação de um em Livramento, considerou muito importante a conquista, salientando ser importante que haja esta referência para atuar no combate à criminalidade. O delegado regional de Policia Civil, Otelo Caiaffo, destacou a importância da ação política que foi desencadeada para o município, conquistando estrutura para atuar no combate aos crimes no campo, como o furto/abigeato, de forma conjunta com os demais órgãos de segurança pública.Flávio da Silva Lopes, comandante do 2º Regimento de Polícia Montada, manifestou-se dizendo que através desta solenidade de posse do Gabinete de Gestão Integrada e entrega de viaturas para o combate ao abigeato, serão intensificadas as ações e, com isto, haverá maior eficiência, além de dedicação e integração com todos os órgãos que atuam na segurança pública. O delegado da Polícia Federal, Alessandro Lopes, considerou como principal fato a posse do GGI, a união de todas as forças policiais da cidade para atuar no combate ao descaminho e ao tráfico de drogas, podendo articular e obter mais recursos para o combate ao crime, lembrando ser importante a instalação de um sistema de monitoramento com câmeras nos pontos estratégicos da cidade. O presidente do legislativo, Lídio Mendes, acredita que é importante uma ação efetiva para melhoria nas vias rurais, visando facilitar o acesso de viaturas e infraestutura aos órgãos de segurança pública, especialmente porque Livramento é um município muito extenso. A primeira reunião do GGI deverá ser promovida nos próximos dias, com ações sendo intensificadas pelos órgãos representativos.


O Blog se reservou o direito de não publicar as fotos do evento, entretanto se vc tiver estomago clique no link do panfleto em vermelho.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

RBS vende neve, mas não entrega




Evite o turismo pega-ratão
Sexta, sábado e domingo o jornal Zero Hora anunciou neve no Estado. Mas ela não veio. Nos últimos anos tem acontecido esse fenômeno. Não o da neve. Mas uma espécie de pajelança profana, promovida pela mídia (para a RBS, quase uma obsessão), com o objetivo de beneficiar o turismo basbaque da classe média branca, obesa e proprietária de pequenos automóveis adquiridos por financiamento em uma centena de meses. Cria-se assim, pouco a pouco, um novo mito no Rio Grande, que vem se juntar às demais fabulações e tradições inventadas.
A manipulação de alegorias é uma prática recorrente no RS. A maior delas, o mito superlativo, reside no que se convencionou chamar de “Revolução Farroupilha”, uma revolução que jamais existiu, naqueles termos. Outra alegoria é a do “gaúcho”, uma idealização que se esquece de cumprir o que promete, além de reduzir a nossa rica pluralidade étnico-cultural à unidimensionalidade forjada de um tipo humano primário - o patrão do latifúndio.
Agora, é a vez da neve abstrata. Outra promessa que nunca se cumpre. Quem não consegue garantir o frio, como pode prometer a neve? E não se trata de qualquer neve, é a “neve” de Gramadocanela, dos hotéis com tarifas de Aspen e serviços de casa da sogra, com restaurantes com preços londrinos e comida nível paradouro-de-caminhoneiro.
Gramadocanela é um pega-ratão que urge ser evitado. Quer ir à Serra? Vá a destinos alternativos, não contaminados pela esperteza de alguns e outros. Vá, por exemplo, ao interior de Flores da Cunha, conheça as pequenas cantinas de vinho, a gastronomia colonial autêntica e a graça original dos descendentes de imigrantes europeus. Mas vá rápido, antes que sejam corrompidos pelos camelôs de neve em pacote turístico fake.
Leia o blog diario gauche e tenha um choque de realidade, com entrega garantida.
Clica no link colorado.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prêmio de Lula orgulha o país, mas a imprensa esconde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem à noite, em Paris, o prêmio Félix Houphouët-Boigny concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura).

Presidido por Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, o júri premiou Lula “por sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos”.

Não é um premiozinho qualquer. Entre as 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje _ anteriormente nenhum deles brasileiro _ , estão Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos.

Secretário-executivo do prêmio, Alioune Traoré lembrou durante a cerimonia na sede da Unesco que um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz.

Pode-se imaginar no Brasil o trauma que isto causaria a certos setores políticos e da mídia caso o mesmo aconteça com Lula.

Thaoré disse a Lula que, ao receber este prêmio, “o senhor assume novas responsabilidades na história”.

Mas nada disso foi capaz de comover os editores dos dois jornalões paulistas, Folha e Estadão, que simplesmente ignoraram o fato em suas primeiras páginas. Dos três grandes jornais nacionais, apenas O Globo destacou a entrega do prêmio no alto da capa.

Para o Estadão, mais importante do que o prêmio recebido por Lula foi a manifestão de dois ativistas do Greenpeace que exibiram faixas conclamando Lula a salvar a Amazônia e o clima. “Ambientalistas protestam durante premiação de Lula”, foi o título da página A7 do Estadão.

O protesto do Greenpeace foi também o tema das únicas fotografias publicadas pela Folha e pelo Estadão. No final do texto, o Estadão registrou que Lula pediu desculpas aos jovens ativistas, retirados com truculência pela segurança, e “reverteu o constragimento a seu favor, sendo ovacionado pelo público que lotava o auditório”.

“O alerta destes jovens vale para todos nós, porque a Amaz}ônia tem que ser realmente preservada”, afirmou Lula em seu discurso, ao longo do qual foi aplaudido três vezes quando pediu o fim do embargo a Cuba e a criação do Estado palestino, e condenou o golpe em Honduras.

“Sinto-me honrado de partilhar desta distinção. Recebo esse prêmio em nome das conquistas recentes do povo brasileiro”, afirmou Lula para os convidados das Nações Unidas.

A honraria inédita concedida a um presidente brasileiro, motivo de orgulho para o país, também não mereceu constar da escalada de manchetes do Jornal Nacional. A notícia da entrega do prêmio no principal telejornal noturno saiu ensanduichada entre declarações de Lula sobre a crise no Senado e o protesto do Greenpeace.

É verdade que ontem foi o dia do grande show promovido nos funerais de Michael Jackson, mas também ganhou destaque na escalada e no noticiário a comemoração pelos quinze anos do Plano Real (tema tratado neste Balaio na semana passada) promovida no plenário do Senado, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou para atacar Lula.

Diante da manifesta má-vontade demonstrada pela imprensa neste episódio da cobertura da entrega do Prêmio da Unesco, dá para entender porque o governo Lula procura formas alternativas para se comunicar com a população fora da grande mídia.

Muitas vezes, quando trabalhava no governo, e mesmo depois que saí, discordei dele nas críticas que fazia à atuação da imprensa, a ponto de dizer recentemente que não lia mais jornais porque lhe davam azia.

Exageros à parte, mesmo que esta atitude beligerante lhe cause mais prejuízos do que dividendos, na minha modesta opinião, o fato é que Lula não deixa de ter razão quando se queixa de uma tendência da nossa mídia de inverter a máxima de Rubens Ricupero, aquele que deu uma banana para os escrúpulos.

“O que é bom a gente esconde, o que é ruim a gente divulga”, parece ser mesmo a postura de boa parte dos editores da nossa imprensa com um estranho gosto pelo noticiário negativo, priorizando as desgraças e minimizando as coisas boas que também acontecem no país.

Valeu, Lula. Parabéns!

Leia mais no Balaio do Kotscho

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Panfleto, latifúndio e desenvolvimento


Como todos no Rincão do Atraso e por extensão, Província do neosocialista “wainer dinovo” e seus aliados demotucanos sabem que o Panfleto da Tamandaré tem em seus quadros gentalha do quilate de Polibio Braga e Rogério Mendelski que são o símbolo do mercantilismo “jornalístico (?)” e panfletário. Entretanto, hoje me surpreendi com a coluna do meu amigo Duda Pinto, que entre outros temas trata de viagens e formaturas de “gente de bem” e outros ricos da cidade, além de outras subjetividades. Ocorre que o interino da coluna o Edis Elgarte (também amigo), aborda um tema interessante, mas com viés distorcido.
Leia o tópico:
ESTRADAS

Comentário de um produtor rural durante um encontro da classe, ontem, revela a situação das estradas do interior do município, que há muito vem sendo tema da preocupação de quem produz: "levei 5 horas para percorrer 90 km, sábado". Sem estradas, não existe desenvolvimento. É preciso trazer esse assunto à baila com foco em solução, não apenas como tema de debate.


Faz-se mister aqui dizer que nada tenho contra estradas arrumadas. Entretanto, é bom salientar que o desenvolvimento “citado” é justamente o motivo de ter jogado este Rincão no mais profundo atraso. É chegada à hora de dizer pra este latifúndio, confundido sempre com desenvolvimento que este tempo já passou. Esta gente que gera 1 (um) emprego a cada mil hectares “plantando boi” de forma extensiva e pagando salário liquido de 400 pila pra cada peão, que vende os bichinhos de guampa vivos, que vão gerar renda e trabalho noutro lugar, que agregam valor em outros municípios que vão eles mesmos entapetarem suas passadas, que façam estradas a pá. Sugiro aos defensores do latifúndio que carreguem pedrinhas no bolso para pavimentar mais de 3 mil km de estradas vicinais. Desta forma 180 famílias ricas e cheias de campo não estragarão suas belas pick ups.

Nada mais a dizer

Bier

Roupa nova e me devendo.


Me devendo um jornalismo cidadão
Me devendo um jornal de verdade. Me devendo um jornal sem comprometimento com os destruidores do bioma Pampa. Um jornal que não seja o intelectual orgânico de arranjos político-eleitorais golpistas, antipopulares e antidemocráticos. [Sem jamais esquecer que a família Sirotsky, dona do grupo RBS e do repaginado Zero Hora, apoiou e se beneficiou do golpe civil-militar de Primeiro de Abril de 1964.]
Um jornal que não seja dissimulado, espetaculoso, senso comum rebaixado e pseudo-apartidário. Me devendo um jornal republicano (não precisa ser de esquerda), com bons textos, defensor de idéias e políticas sem a máscara da “neutralidade” e da “isenção”. Me devendo um jornal que não seja o veículo portador dos interesses do baronato do concreto, da especulação imobiliária e do desfiguramento urbano de Porto Alegre e sua natureza. Me devendo um jornal de verdade. E não um jornal guaribado e com novos cosméticos de superfície.
Em Tempo. É curioso que nos últimos dois anos e meio só duas famílias prosperaram, e estão de casa nova no Rio Grande do Sul: a família RBS/Sirotsky, com seu novo parque gráfico (que propiciou o botox em ZH), e a família Rorato Crusius, com sua flamante casa em bairro metido de Porto Alegre, mas cuja origem é mais enrolada que baile de cobras.

Subscrevo a postagem do Cristovão Feil lá do diario gauche e estendo esta observação ao Panfleto da Tamandaré, porta voz do Rincão do Atraso e palanque da tartufada gaudéria de Livramento.

Um exemplo claro disso é a reportagem do panfleto com direito a almoço no Plaza Verde em que o "nanico prefeito", ameaça de gestor e seu grupo lançavam a obra de saneamento do PAC (governo Lula) como se fossem suas.

Ô raça.