segunda-feira, 29 de agosto de 2011

De céticos a cínicos

O ceticismo parece um bom refúgio em tempos em que já se decretou o fim das utopias, o fim do socialismo, até mesmo o fim da história. É mais cômodo dizer que não se acredita em nada, que tudo é igual, que nada vale a pena. O socialismo teria dado em tiranias, a política em corrupção, os ideais em interesses. A natureza humana seria essencialmente ruim: egoísta, violenta, propensa à corrupção.

Nesse cenário, só restaria não acreditar em nada, para o que é indispensável desqualificar tudo, aderir ao cambalache: nada é melhor, tudo é igual. Exercer o ceticismo significa tratar de afirmar que nenhuma alternativa é possível, nenhuma tem credibilidade. Umas são péssimas, outras impossíveis. Alguns órgãos, como já foi dito, são máquinas de destruir reputações. Porque se alguém é respeitável, se alguma alternativa demonstra que pode conquistar apoios e protagonizar processos de melhoria efetiva da realidade, o ceticismo não se justificaria.

Na realidade o ceticismo se revela, rapidamente, na realidade, ser um cinismo, em que tanto faz como tanto fez, uma justificativa para a inércia, para deixar que tudo continue como está. Ainda mais que o ceticismo-cinismo está a serviço dos poderes dominantes, que costumam empregar esses otavinhos, dando-lhes espaço e emprego.

Seu discurso é que o mundo está cada vez pior , à beira da catástrofe ecológica, tudo desmorona e outros cataclismos. Concitam a essa visão pessimista, ao ceticismo e a somar-se à inercia, que permite que os poderosos sigam dominando, os exploradores sigam explorando, os enganadores – como eles – sigam enganando.

Por mais que digam que tudo está pior, que o século passado foi um horror – como se o mundo estivesse melhor no século XIX -, que nada vale a pena, não podem analisar a realidade em concreto. Para não ir mais longe, basta tomar a América Latina – tema sobre o qual a ignorância dessa gente é especialmente acentuada. Impossível não considerar que o século XX foi o mais importante da sua história, o primeira em que a região começou a ser protagonista da sua historia. De economias agro exportadoras, se avançou para economias industrializadas em vários países, para a urbanização , para a construção de sistemas públicos de educação e de saúde, para o desenvolvimento do movimento operário e dos direitos dos trabalhadores.

Mas bastaria concentrar-nos no período recente, no mundo atual, para nos darmos conta de que as sociedades latino-americanas – o continente mais desigual do mundo – ou pelo menos a maioria delas, avançaram muito na superação das desigualdades e da miséria. Ainda mais em contraste com os países do centro do capitalismo, referência central para os cético-cínicos, que giram em falso em torno de políticas que a América Latina já superou.

As populações da Venezuela, da Bolívia, do Equador, estão vivendo muito melhor do que antes dos governos de Hugo Chavez, de Evo Morales e de Rafael Correa. A Argentina dos Kirdhcner esta’ muito melhor do que com Menem. O Brasil de Lula e de Dilma esta’ muito melhor do que com FHC.

Mas o ceticismo-cinismo desconhece a realidade concreta, não conhece a história. É pura ideologia, estado de ânimo, que dá cobertura aos poderosos, lado que escolheram, ao optar por deixar o mundo como ele está. Trata de passar sentimentos de angustia diante dos problemas do mundo, mas é apenas uma isca para fazer passar melhor seu compromisso com que o mundo não mude, continue igual. Até porque a vida está bem boa para eles que comem da mão dos ricos e poderosos.

Ser otimista não é desconsiderar os graves problemas de toda ordem que o mundo vive, não porque a natureza humana seja ruim por essência, mas porque vivemos em um sistema centrado no lucro e não nas necessidades humanas – o capitalismo, na sua era neoliberal. Desconhecer as raízes históricas dos problemas, não compreender que é um sistema construído historicamente e que, portanto, pode ser desconstruído, que teve começo, tem meio e pode ter fim. Que a história humana é sempre um processo aberto de alternativas e que triunfam as alternativas que conseguem superar esse ceticismo-cinismo que joga água no moinho de deixar tudo como está, pela ação consciente, organizada, solidária dos homens e mulheres concretamente existentes.

Artigo de Emir Sader no site da Carta Maior

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi, seus antigos aliados e o que lhe espera


E agora é caçado "vivo ou morto". É o petróleo estúpido, se juntará a outro antigo aliado do ocidente, é o capitalismo mané. Nós somos democráticos.

Os "civilizados e democráticos" brancos e ocidentais lhe reservam o mesmo presente.

Governando o RS-Guasca



Depois de um mês de agosto lacaio e traiçoeiro como reza o folclore, com manifestações (sempre legitimas), reivindicações e ameças, resolvi exercer a função de governador do Estado guasca. Certamente faria coisas que nenhum governador(a) faria, seja pela questão institucional ou política. Mas, eu faria.
No caso dos praças da Brigada militar que reivindicam aumento salarial e a aplicação da PEC 300 (ainda não aprovada) em 9 dias e estão queimando pneus e bloqueando estradas, diria: Podem queimar o que quiserem, aproveitem e queimem os quartéis, vou desmilitarizar a BM, vou mandar pra reserva todos coronéis e tenentes coronéis (Que reclamam de barriga cheia), vou separar o Corpo de Bombeiros e agrupá-los na Defesa Civil e assim que possível, darei aumento escalonado. O maior índice será para o soldado e manterei o convênio do PRONASCI do Bolsa Formação. Faremos sim o policiamento comunitário nos Territórios de Paz já definidos.
Com relação as ameaças do hospitais “ditos” comunitários/Filantrópicos, de que irão fechar e cancelar suas atividades se não receberem R$100 milhões do governo estadual, simplesmente diria; Fechem, vou judicializar, vou auditar cada “vintém” de recursos públicos além dos repasses obrigatórios. Não vou assumir gestões temerárias que em alguns casos, não recolher sequer o fundo de garantia dos trabalhadores.
Outra pauta encardida que o governo estadual enfrenta é o piso nacional do magistério. Aliás, o CEPERS ameaça entrar na justiça pelo cumprimento imediato. Neste caso, diria aos professores/trabalhadores da educação: Quero e vou pagar o piso, esta é a “maior” prioridade de meu governo. Mas, não tenho “1 pila” além do que já me comprometi com vocês. Podem entrar na “justiça”, vendam o Piratini, aproveitem e leiloem também o “palácio” da justiça.
Por último, mas, não menos “importante” os servidores do judiciário que foram gritar na porta do Piratini por aumento e outras pautas, lhes digo: Podem gritar, bem vindos a pauta da reinvincaçoes, vocês trazem o “glamour”que faltava, mesmo sendo perfumados, não tenho mais dinheiro. Olhem a demanda acima, às considero mais justa e estão na frente.
Outras demandas virão, a mídia golpista e bombachuda virou “amiga” de alguns movimentos sociais e comprou óculos novos. Enxerga o que não via na época do Rigotto e Yeda. Mas, também não lhes darei um pila pra que retirem o foco. Na adversidade que é bom de governar.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Brasil seria maior se o PIG não fosse o PIG. Ley de Medios, já!


Este ansioso blogueiro foi dar uma palestra em Natal.

Ao chegar ao aeroporto soube que, depois de 14 anos, se tinha desfeito o nó que permitiu licitar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

Clique aqui para ler “De Natal para o mundo, do mundo para Natal”.

Natal fica a 6 horas de avião de Miami e Lisboa.

(Se puder escolher, prefira ir a Lisboa …)

E a três horas de Cabo Verde.

Na II Guerra, Vargas e Roosevelt fizeram dali “o trampolim da vitória” , que acelerou o desembarque das tropas americanas no Norte da África.

É um ponto estratégico.

Também do ponto de vista econômico, claro.

Natal vai se transformar num hub de importação e exportação de mercadorias.

O que se reforçará, se for possível realizar dois velhos sonhos do Rio Grande do Norte:

- ampliar ali ao lado, no rio Potengi, um porto;

- trazer da Paraíba para Natal um braço da ferrovia Transnordestina, que vai ligar o interior do Piauí aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecem, no Ceará.

(Por falar em Ceará, em entrevista a Cynara Menezes, na Carta Capital, o governador Ciro Gomes contou que o Ceará enfrentou no ano passado uma das secas mais severas. E não se viu um flagelado, uma vida seca, uma morte e vida severina a bater na porta das igrejas do interior em busca de pão e água. Porque o sistema de açudes e barragens já existente deu conta do recado. E isso antes da conclusão da transposição do São Francisco, e do Água para Todos.)

Com o porto, se criará uma ZPE, uma zona especial de exportação, que, no Governo Sarney, morreu no Congresso, por obra e graça do deputado por São Paulo, José Serra.

Ele não queria que as ZPEs concorressem com a indústria de São Paulo.

(Depois não sabe por que o Nordeste não vota nele.)

Com o aeroporto, o porto e a ZPE, se instalarão indústrias para beneficiar os minerais e os produtos agrícolas que o RN produz em abundância.

A Governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, assegura que mantém com a Presidenta Dilma Rousseff uma “relação republicana” e a ela atribui a licitação para o aeroporto.

Ciarlini conta com R$ 35 bi de investimentos no Estado, em quatro anos.

Da Petrobras, por exemplo, que acabou de encontrar outra jazida em águas do Rio Grande.

Por que cargas d’água este ansioso blogueiro insiste em falar do PiG, nesta rápida viagem a Natal?

Não tivesse ido a Natal, tudo o que ele saberia do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante é que foi a primeira licitação para a iniciativa privada construir aeroportos num Governo do PT.

Ou seja, o PiG (*) noticiou a vingança: a gente perde a eleição, mas vocês têm que fazer o que eu fiz (sim, porque o PiG é a verdadeira essência do PSDB).

Mal sabe o PiG que a Presidenta já disse à Carta Capital que vai privatizar o hardware dos aeroportos, mas, não o software – o controle estratégico, que é aquilo que o Cerra e o FHC venderam na Vale e nas teles e quase venderam na Petrobrax.

Se o PiG não fosse o PiG, aquele jn no ar, do piloto Ali e do co-piloto Kamel, pousava em Amarante para ver a pista já construída do aeroporto.

Como diz o amigo navegante Yacov, o Brasil não passa na Globo.

Por que ?

Primeiro, porque a Globo não tem software para entender e cobrir o Brasil do Nunca Dantes e da Presidenta.

Segundo, porque convém aprisionar o Brasil nos 45 minutos do jornal nacional.

E o jornal nacional tem mais repórter em Brasília – porque é mais barato e politicamente conveniente – do que padre na Praça de São Pedro.

Não interessa ao PiG e aos interesses que representa sair pelo Brasil.

Se o PiG não fosse o PiG, o Brasil seria maior.

A auto estima do brasileiro – que já vai alta, apesar do jn no ar – seria ainda mais vigorosa.

O entusiasmo com o progresso do Brasil se espalharia com mais rapidez.

O contágio seria mais célere.

E isso faria bem à Economia, ao consumo.

A mobilidade aumentaria.

Quantos jovens entrariam no Pronatec, de olho num emprego em Amarante ?

Há em construção no Brasil onze hidrelétricas.

E tudo de que o PiG fala é dos protestos contra Belo Monte.

Jantei em Natal, no restaurante Camarões com o empresário Amauri Fonseca, da Toli.

Ele tinha acabado de chegar de Porto Velho e estava impressionado com o impacto econômico das obras de Juruá e Santo Antônio no crescimento da cidade.

Trinta mil homens nas obras.

E tudo de que o PiG trata é dos bagres da Bláblárina.

Daí, a Ley de Medios.

Não porque vá ajudar a Presidenta a se re-eleger em 2014.

Mas, porque faz bem à democracia.

A informação é o antídoto contra o Golpe, dizia o velho Briza, que, 50 anos atrás, conseguiu montar uma Rede da Legalidade – veja as comemorações previstas para Porto Alegre, semana que vem – e deu posse ao presidente constitucionalmente eleito.

A nova Rede da Legalidade é a Ley de Medios.

Bem que o Ministro Bernardo podia pegar um jatinho e ir ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, e visitar a sala de dez metros quadrados onde Brizola instalou a Rede da Legalidade.

Dez metros e um pouco mais em coragem.

Clique aqui para ler “Bernardo reclama da Globo. E a Ley de Medios ?”


Paulo Henrique Amorim

Leia mais no Conversa Afiada

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Governados por cegos e irresponsáveis


Afunilando as muitas análises feitas acerca do complexo de crises que nos assolam, chegamos a algo que nos parece central e que cabe refletir seriamente. As sociedades, a globalização, o processo produtivo, o sistema econômico-financeiro, os sonhos predominantes e o objeto explícito do desejo das grandes maiorias é: consumir e consumir sem limites. Criou-se uma cultura do consumismo propalada por toda a midia. Há que consumir o último tipo de celular, de tênis, de computador. 66% do PIB norteamericano não vem da produção mas do consumo generalizado.

As autoridades inglesas se surpreenderam ao constatar que entre os milhares que faziam turbulências nas várias cidades não estavam apenas os habituais estrangeiros em conflito entre si, mas muitos universitários, ingleses desempregados, professores e até recrutas. Era gente enfurecida porque não tinha acesso ao tão propalado consumo. Não questionavam o paradigma do consumo mas as formas de exclusão dele.

No Reino Unido, depois de M.Thatcher e nos USA depois de R. Reagan, como em geral no mundo, grassa grande desigualdade social. Naquele país, as receitas dos mais ricos cresceram nos últimos anos 273 vezes mais do que as dos pobres, nos informa a Carta Maior de 12/08/2011.

Então não é de se admirar a decepção dos frustrados face a um “software social” que lhes nega o acesso ao consumo e face aos cortes do orçamento social, na ordem de 70% que os penaliza pesadamente. 70% do centros de lazer para jovens foram simplesmente fechados.

O alarmante é que nem primeiro ministro David Cameron nem os membros da Câmara dos Comuns se deram ao trabalho de perguntar pelo porquê dos saques nas várias cidades. Responderam com o pior meio: mais violência institucional. O conservador Cameron disse com todas as letras:”vamos prender os suspeitos e publicar seus rostos nos meios de comunicação sem nos importarmos com as fictícias preocupações com os direitos humanos”. Eis uma solução do impiedoso capitalismo neo-liberal: se a ordem que é desigual e injusta, o exige, se anula a democracia e se passa por cima dos direitos humanos. Logo no pais onde nasceram as primeiras declarações dos direitos dos cidadãos.

Se bem reparmos, estamos enredados num círculo vicioso que poderá nos destruir: precisamos produzir para permitir o tal consumo. Sem consumo as empresas vão à falência. Para produzir, elas precisam dos recursos da natureza. Estes estão cada vez mas escassos e já delapidamos a Terra em 30% a mais do que ela pode repor. Se pararmos de extrair, produzir, vender e consumir não há crescimento econômico. Sem crescimento anual os paises entram em recessão, gerando altas taxas de desemprego. Com o desemprego, irrompem o caos social explosivo, depredações e todo tipo de conflitos. Como sair desta armadilha que nos preparamos a nós mesmos?

O contrário do consumo não é o não consumo, mas um novo “software social” na feliz expressão do cientista político Luiz Gonzaga de Souza Lima. Quer dizer, urge um novo acordo entre consumo solidário e frugal, acessivel a todos e os limites intransponíveis da natureza. Como fazer? Várias são as sugestões: um “modo sustentável de vida”da Carta da Terra, o “bem viver” das culturas andinas, fundada no equilíbrio homem/Terra, economia solidária, bio-sócio-economia, “capitalismo natural”(expressão infeliz) que tenta integrar os ciclos biológicos na vida econômica e social e outras.

Mas não é sobre isso que falam quando os chefes dos Estados opulentos se reunem. Lá se trata de salvar o sistema que veem dando água por todos os lados. Sabem que a natureza não está mais podendo pagar o alto preço que o modelo consumista cobra. Já está a ponto de pôr em risco a sobrevivência da vida e o futuro das próximas gerações. Somos governados por cegos e irresponsáveis, incapazes de dar-se conta das consequências do sistema econômico-político-cultural que defendem.

É impertivo um novo rumo global, caso quisermos garantir nossa vida e a dos demais seres vivos. A civilização técnico-científica que nos permitiu niveis exacerbados de consumo pode pôr fim a si mesma, destruir a vida e degradar a Terra. Seguramente não é para isso que chegamos até a este ponto no processo de evolução. Urge coragem para mudanças radicais, se ainda alimentamos um pouco de amor a nós mesmos.

Artigo de Leonardo Boff no site da Carta Maior

OS 80 ANOS DUM HERÓI DE CARNE E OSSO

 
Pedro Lobo de Oliveira acaba de fazer 80 anos e ainda permanece ignorado pela historiografia oficial.Diferente de muitos dos nossos heróis de feriado ou estátuas esquecidas em praças públicas, Pedro tem um histórico de luta pela causa do povo onde não faltam coragem, abnegação e cheiro de pólvora.                   
Odiado pelos milicos por sua bravura e obstinação, Pedro foi um dos mais aguerridos combatentes na luta contra os militares que se aboletaram no poder no último dia de março de 1964. Entre suas ações estão expropriações de bancos, ataque a quartéis e a execução, a tiros, do capitão norte-americano Charles Rodney Chandler.                            
Preso no início de 1969 quando camuflava um caminhão com as cores do Exército para um ousado plano de ataque ao 4º Regimento de Infantaria, na cidade paulista de Osasco, o companheiro de Carlos Lamarca na Vanguarda Popular Revolucionária, e de Dilma Rousseff na VAR-P, será barbaramente torturado até ser banido do país na troca por um embaixador alemão.                   
Depois de passar pela Argélia, fazer treinamento militar em Cuba e escapar da morte no golpe que derrubou Salvador Allende do governo chileno, Pedro acabará se fixando na antiga Alemanha Oriental, atrás do que o Ocidente costumava chamar de Cortina de Ferro. Com a anistia, o ex-sargento volta ao Brasil e é reintegrado a Polícia Militar como se sua vida encerrasse um caprichoso ciclo.                   
Sobrevivente duma guerra sem regras, esse herói de carne e osso acaba de ganhar uma biografia – o livro Pedro e os Lobos – Os Anos de Chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano e começa a ter sua vida retratada em filme.                   

Conheça um pouco mais da fascinante história dum brasileiro de vida ímpar.                  
Acesse http://www.pedroeoslobos.blogspot.com/         
Clique http://www.laque.blospot.com/          
Fale com o autor: joao@pedroeoslobos.com 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ninguém irá contra o povo


Todo apoio à Presidente. Limpeza total!

As circunstâncias raras que levaram Dilma Rousseff à presidência da República lhe dão condições excepcionais para afastar a corrupção e promover a limpeza no governo. Ela deve seu mandato a apenas dois apoios: a Lula e ao povo brasileiro. E o povo quer o fim da corrupção. Quem irá contra a vontade popular?
A trajetória de Dilma é um caso inédito na política brasileira. Chegou a ministra unicamente por seus méritos pessoais, não como “quota” de qualquer partido ou grupo. E por suas virtudes foi lançada candidata e eleita presidente da país. Ela não deve favores a ninguém. A gente governa do jeito que ganhou a eleição. Não precisa se tornar refém de ninguém, não deve o cargo a ninguém. Ela não tem nada a ver com essas estruturas corruptas e corruptoras. Isso lhe dá plenas condições de enfrentar tudo e todos.
O apoio popular é a melhor rede de segurança com que conta a presidenta. O pior que pode acontecer é ela perder o apoio do Congresso. Mas qual apoio é mais poderoso, o do Congresso ou o do povo? E o povo quer a faxina. Quem ousará confrontam esta vontade? Nem os meios de comunicação enfrentam a opinião pública. Com os cidadãos apoiando a presidenta, estão dadas as condições para ela continuar a enfrentar as máquinas corruptoras dentro e no entorno da máquina pública. Dilma terá tanto mais popularidade quanto mais se empenhar em combater a corrupção.
Essa tarefa – que envolve ética, moral, política, cultura – é, porém, mais desafiadora que ações policiais e judiciais. A rede corrupta-corruptora das administrações tem se mantido mesmo nas trocas de governos porque está integrada como parte da própria máquina, montada para servir a grupos e interesses, roubando dinheiro público. Não é de agora, não é porque este ou aquele partido chegou ao governo. Há estruturas corruptas que estão dentro do Estado, nunca saíram, integradas por empresários, fornecedores, servidores do quadro, agentes do Estado. Evidentemente isso se potencializa quando encontra um agente político corrupto.
Quem pode, tem que romper com isso. Dilma pode. Tem todas as condições e está fazendo. O fato de todos os casos de corrupção pública terem sido estourados pela Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça, indica que o governo não tem interesse em acobertar nada. Mesmo com as pressões, ameaças e chantagens, a presidente Dilma vai continuar e vai aprofundar a faxina. Será implacável com a corrupção. E o povo sabe que deve apoiá-la.

Artigo do Deputado estadual Daniel Bordignon, líder do PT na Assembleia Legislativa.
Publicado hoje em Zero Hora,

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

De um bilionário americano para a turma do “Cansei”

Aquele pessoal Associação Comercial de São Paulo que patrocina o impostômetro e a turma do “Cansei” deveriam ler o artigo que publica hoje, no The New York Times, o megainvestidor americano Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo. Aliás, ele era o primeiro, antes de ser ultrapassado por Bill Gates e pelo mexicano Carlos Slim, o tubarão das telecomunicações.
O título do artigo diz tudo: “Parem de mimar os ricos“.
Buffett não poderia ser mais claro. Usa o valor do que ele próprio paga de imposto de renda e o compara com o que pagam seus subordinados: é ele quem paga menos, proporcionalmente.
Tudo o que ele diz sobre os Estados Unidos, mais seriamente se poderia dizer sobre o Brasil.
Já tivemos 13 alíquotas diferentes de Imposto de Renda, variando entre zero e 55% da renda, de acordo com seu valor. Chegamos a ter apenas duas e, hoje, são cinco, até 27,5%, no máximo. Os EUA, por exemplo, têm cinco faixas, com alíquota maior de 39,6%. No Reino Unido, são três faixas, de 20% a 40%. A França mantém 12 faixas (5% a 57%), e a China nove faixas (15% a 45%).
Além dos pobres, castigados por um sistema regressivo de impostos, que carrega o preço dos produtos muito mais fortemente que a renda – um estudo do Ipea mostra que os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS que os ricos – também a  nossa classe média é onerada de forma injusta. A incidência percentual de Imposto de Renda é a mesma para quem ganha R$ 3,7 mil ou R$ 370 mil por mês.
Nos últimos anos, até que se diminuiu essa injustiça, criando faixas mais baixas de tributação para rendas menores (7,5%, para renda até  2.246,75) e uma mínima ampliação (de 25% para 27,5%) para a faixa mais alta, embora o “alta” aqui seja uma piada,, em termos mundiais. Mesmo assim, como você vê na tabela, um imposto de renda  baixo, em relação a quase todos os países do mundo.

E do qual os mega-rendimentos, por uma série de artifícios, escapam, enquanto o assalariariado não tem como fugir.
Quem sabe um dia apareçam aqui também grandes empresários e investidores que tenham a coragem de dizer o que o bilionário Buffett? Vale a pena ler o seu artigo, que posto no blog Projeto Nacional.

Leia mais no imperdível Tijolaço

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para a "direita" brasileira, ideológico quer dizer de esquerda


A nomeação do novo Ministro da Defesa permitiu que se confirmasse que o país está meio atrasado no que se refere à guerra fria. O leitor não leu mal: é mesmo de guerra fria que estou falando, mais precisamente, de um de seus resquícios. É daquela época uma definição torta da palavra "ideologia", que perdura.
Trata-se de palavra que foi objeto de muitíssimos debates. O leitor curioso pode ir a uma (boa) livraria ou biblioteca e verificar o fato. Mais geralmente, ideologia é avaliada em relação a ciência. Ideológico significaria não científico. É o sentido que lhe dá Delfim Neto, quase semanalmente, quando critica os economistas que pensam que fazem ciência. Insiste em dizer que fazem ideologia, ou seja, que defendem crenças não objetivamente fundamentadas.
A tradição marxista a definia como falsa consciência, ou seja, uma concepção equivocada do mundo, como, por exemplo, das relações entre patrão e empregado ou sobre o valor ou a função do salário (é uma concepção próxima de 'não científica', isto é, não verdadeira). Uma boa definição diz que a ideologia expressa nossa relação imaginária com o mundo - de novo, não seria a relação real. Outra: uma ideologia faz parecer natural o que é histórico e circunstancial (diferentes papeis de homens e de mulheres, por exemplo).
Para a "direita" brasileira, ideológico quer dizer de esquerda. Ou seja, a direita (some-se a ela o centro) acha que não é ideológica, que só a esquerda seria. É o que fica claro na declaração de pelo menos um general (e de diversos de seus "sargentos"), qualificando os pontos de vista de Celso Amorim como ideológicos. Eles fazem uma oposição curiosa: "ideológico" versus "de Estado", como se "de Estado" ("política de Estado", por exemplo) fosse um antônimo de "ideológico" ("política ideológica").
Ora, as políticas de Estado podem ser, e são, ideológicas. Votar a favor de certa política dos direitos humanos ou para o Oriente Médio é tão ideológico quanto votar contra. Uma das posições será provavelmente mais defensável do que a outra, e cada um achará que a sua é melhor. Ambas são ideológicas. Mas, a crer nos "especialistas", seu discurso seria racional, neutro, científico. E o dos outros, ideológico: falso e enviesado.
Que os generais repitam esta refinada cultura eu entendo. O currículo das escolas militares é meio antigo. Mas que o grosso dos jornalistas e dos intelectuais que eles convidam para suas mesas redondas, que são sempre os mesmos, ainda tenha uma igual é assustador.

O texto é de Sírio Possenti no Terra Magazine

Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Serra vai dar consultoria. Para quem?


Segundo o jornal Estadão, o tucano José Serra, que levou uma surra nas eleições presidenciais de 2010 e ainda foi escanteado no interior do próprio PSDB, ingressou na iniciativa privada. Ele virou empresário. A Apecs (Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial) foi registrada na Junta Comercial de São Paulo há quatro meses, mas só agora o novo empreendimento tornou-se público.

A empresa, uma sociedade limitada, ocupa um conjunto num prédio em Pinheiros, na capital paulista. Pelos dados cadastrais, ela prestará consultoria, editará livros e promoverá eventos. Serra tem como sócio o economista Gesner Oliveira, que presidiu a Sabesp na gestão do tucano em São Paulo e dirigiu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no governo de FHC.

As falsas promessas

Logo após a surra nas urnas, Serra posou de humilde trabalhador e deu entrevistas garantindo que voltaria a dar aulas. Mas não dá mesmo para acreditar nas suas promessas – ele nunca sequer cumpriu os seus mandatos, apesar dos termos de compromisso assinados em contrário. Segundo Josias de Souza, o seu confidente na Folha, Serra sonha em disputar a presidência em 2014.

O Estadão, que deu apoio aberto ao candidato demotucano – que escreve quinzenalmente no jornalão -, apenas noticiou o fato curioso da abertura da consultoria empresarial. Se fosse algum ex-integrante do governo Lula, possivelmente o jornal produziria mais um escândalo político e alertaria para o risco das relações promíscuas entre os interesses públicos e privados.

A blindagem da mídia

Mas José Serra ainda goza do apoio quase incondicional da mídia demotucana. Ela não irá incomodá-lo com perguntas sobre os negócios da Apecs, para que poderosas empresas ela prestará serviços, que tipo de informação privilegiada ela disponibilizará ou quais os contatos que estabelecerá com os governos estaduais e prefeituras demotucanas. A blindagem será mantida!

Por, Altamiro Borges no Blog do Miro

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Credibilidade, cara de pau e dívida

A carinha (de pau)  bonita da ultra-direita 

Paul Krugman

Para compreender o furor quanto à decisão da agência de classificação de crédito Standard&Poor's de rebaixar a classificação dos títulos de dívida pública federais americanos, é preciso ter em mente duas ideias aparentemente (mas não de fato) contraditórias.

A primeira é que os Estados Unidos já não são o país estável e confiável que um dia foram. A segunda é que a S&P tem credibilidade ainda menor do que o país; e é o último lugar que uma pessoa deveria procurar em busca de opinião abalizada sobre nossas perspectivas.

Vamos começar pela falta de credibilidade da S&P. Se existe uma palavra que pode ser usada para descrever a decisão da empresa de rebaixar os títulos americanos, é cara de pau --tradicionalmente definida com a história do jovem que, depois de assassinar os pais, pede clemência porque é órfão.

O grande deficit orçamentário americano, afinal, é em larga medida resultado da desaceleração econômica que se seguiu à crise financeira de 2008. E a S&P, em companhia das demais agências do ramo, desempenhou papel importante no surgimento da crise, ao oferecer classificação AAA, a mais positiva, a ativos lastreados por hipotecas que posteriormente provaram ser não mais que lixo tóxico.

E a ineficiência nas avaliações não parou por ali. A S&P é notória por ter conferido ao banco Lehman Brothers, cujo colapso criou pânico mundial, classificação A até o mês anterior à sua quebra. E como a agência de classificação reagiu depois da falência de uma empresa à qual dava a classificação A? Divulgando um relatório no qual negava ter cometido qualquer erro.

São essas as pessoas que estão se pronunciando quanto à posição de crédito dos Estados Unidos.

Mas espere, porque a coisa fica ainda melhor. Antes de rebaixar a classificação americana, a S&P enviou um rascunho de seu comunicado ao Tesouro americano. Funcionários federais logo descobriram um erro de US$ 2 trilhões nos cálculos da companhia.

E o erro era do tipo que qualquer especialista em assuntos orçamentários teria detectado na hora. Depois de uma discussão, a S&P admitiu que estava errada --mas rebaixou a classificação dos Estados Unidos mesmo assim, depois de remover trechos de análise econômica de seu relatório.

Como explicarei logo abaixo, essas estimativas orçamentárias não deveriam ser tratadas com muita seriedade, de qualquer modo. Mas o episódio dificilmente serve para causar confiança quanto ao juízo da S&P.

Em termos mais amplos, as agências de classificação de crédito jamais nos deram motivos para levar a sério suas avaliações de solvência nacional. É verdade que os países que terminaram dando calotes foram rebaixados antes que isso acontecesse, em geral. Mas nesses casos as agências estavam apenas seguindo os mercados, que já haviam feito dessas nações devedores em crise.

E nos raros casos em que as agências rebaixaram países que, como os Estados Unidos hoje, ainda contam com a confiança dos investidores, estiveram sempre erradas. Considere, especialmente, o caso do Japão, rebaixado pela S&P em 2002. Passados nove anos, o Japão continua capaz de captar recursos livremente e a baixo preço. Na sexta-feira, de fato, a taxa de juros sobre o título japonês de 10 anos era de apenas 1%.

Portanto, não há motivo para levar a sério o rebaixamento dos Estados Unidos na sexta-feira. As agências de classificação de crédito são as últimas pessoas que deveriam merecer nossa confiança.

Mas ainda assim os Estados Unidos têm grandes problemas.

Os problemas têm pouco a ver com aritmética orçamentária de curto ou mesmo médio prazo. O governo dos Estados Unidos não vem encontrando problemas para captar recursos e cobrir seu atual deficit. É verdade que estamos acumulando dívidas, sobre as quais teremos de pagar juros no futuro.

Mas se você fizer mesmo as contas, em lugar de enunciar grandes números com voz malévola, descobrirá que mesmo que haja grandes deficit nos próximos anos, o impacto sobre a sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos será notavelmente baixo.

O que faz com que o país pareça pouco confiável não é a matemática orçamentária, mas a política. E, por favor, evitemos as declarações usuais de que os dois lados são culpados. Nossos problemas são quase totalmente unilaterais --especificamente, foram causados pela ascensão de uma direita extremista disposta a criar crises repetidas de preferência a ceder quanto a qualquer de suas exigências.

A verdade é que, em termos estritamente econômicos, os problemas fiscais de longo prazo dos Estados Unidos não são difíceis de resolver. É fato que a população envelhecida e a alta nos custos de saúde vão elevar mais os gastos que a arrecadação, se mantidas as políticas atuais. Mas os Estados Unidos têm custos de saúde muito mais altos que os demais países desenvolvidos, e impostos muito baixos pelos padrões internacionais.

Se avançarmos nem que parcialmente rumo à média internacional, nessas duas frentes, nossos problemas orçamentários estarão resolvidos.

Por que não o fazemos? Porque temos um movimento político poderoso no país que protestou violentamente até mesmo diante de esforços modestos para usar de forma mais efetiva as verbas do programa federal de saúde Medicare, e preferiu causar o risco de uma catástrofe financeira a concordar com nem que um centavo a mais de arrecadação.

A verdadeira questão que os Estados Unidos enfrentam, mesmo em termos puramente fiscais, não é cortar um US$ 1 trilhão do orçamento aqui ou ali; mas determinar se os extremistas que bloqueiam a adoção de qualquer política responsável poderão ser derrotados e marginalizados.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Paul Krugman, 57, é prêmio Nobel de Economia (2008), colunista do "The New York Times" e professor na Universidade Princeton (EUA). Um dos mais renomados economistas da atualidade, é autor ou editor de 20 livros e tem mais de 200 artigos científicos publicados em jornais especializados.






Leia mais em: O Esquerdopata
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Jogue a Standard & Poor’s no lixo ! E os extremistas também



Robert Reich foi guru e Ministro do Trabalho de Bill Clinton.

Pardon me for asking, but who gave Standard & Poor’s the authority to tell America how much debt it has to shed, and how?

No HuffingtonPost, ele se pergunta:

Tradução livre:

“Desculpe se eu ouso perguntar: quem deu à Standard & Poor’s autoridade para dizer quanto a America deve cortar  e como ?

Paul Krugman – que só encontra rival nas colonas (*) do Tony Palocci, no Globo – ganhou o Prêmio Nobel de Economia.

Ele é colunista do New York Times.

America’s large budget deficit is, after all, primarily the result of the economic slump that followed the 2008 financial crisis. And S.& P., along with its sister rating agencies, played a major role in causing that crisis, by giving AAA ratings to mortgage-backed assets that have since turned into toxic waste.

Nor did the bad judgment stop there. Notoriously, S.& P. gave Lehman Brothers, whose collapse triggered a global panic, an A rating right up to the month of its demise. And how did the rating agency react after this A-rated firm went bankrupt? By issuing a report denying that it had done anything wrong.

So these people are now pronouncing on the creditworthiness of the United States of America?

The real question facing America, even in purely fiscal terms, isn’t whether we’ll trim a trillion here or a trillion there from deficits. It is whether the extremists now blocking any kind of responsible policy can be defeated and marginalized.


Tradução livre:

A Standard & Poor’s e suas co-irmãs desempenharam papel importantíssimo como responsáveis por essa crise que agravou o déficit americano. Foram elas que deram credito AAA às operações de credito que hoje não passam de mico.

Um mês antes de o banco Lehman quebrar, a S&P’s lhe deu nota A. Depois da quebra, que desencadeou a crise de 2008, a S&P’s disse em nota oficial que não tinha feito nada de errado.

E são esses caras que querem avaliar a credibilidade da América ?

O grande desafio da América não é cortar um trilhão aqui e outro acolá. É saber se é possível derrotar e marginalizar os extremistas que hoje bloqueiam qualquer política responsável.

Em tempo: sobre a Standard & Poor’s e o rebaixamento dos Estados Unidos, leia o que disse a Presidenta.

Foi uma precipitação.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Johnbim destrata a Presidenta, de novo.


Saiu na pág. E2, da colona (*) Ilustrada da Folha (**):

Johnbim diz à revista Piauí que é “muita trapalhada,” ao se referir às negociações sobre o sigilo eterno de documentos, quando “atira no núcleo do Governo de Dilma Rousseff”.

Sobre a colega de Ministério Ideli Salvatti, “é muito fraquinha”.

Já Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, “nem sequer conhece Brasília”.


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Johnbim desqualificou os colegas Samuel Pinheiro Guimarães e Celso Amorim, em conversa com o embaixador americano, segundo o WikiLeaks.
Disse que estava cercado de idiotas que tinham perdido a modéstia.
Votou no Cerra – o que é o de menos.
Mas, disse que votou no Cerra porque a Dilma não significa uma diferença substancial sobre o que o Cerra faria.
E nessa mesma revista paulistana, Johnbim teria descrito como nomeou José Genoíno para a Defesa.
A Presidenta teria perguntado a ele sobre a nomeação: “Mas, será que ele pode ser útil ?”
E ele – que é “quem manda”, segundo a Folha (**) – teria respondido:
“Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu”.
Johnbim respira por aparelhos.
Encomendou até uns balões de oxigênio no Instituto da Cidadania do Presidente Lula.
Nesta quarta-feira, ele despachou por trinta minutos com a Presidenta, antes de viajar para a Colômbia.
Podia ter sido demitido ali.
Por que não foi ?
Talvez porque o ambiente estivesse carregado, com o mar de lama que o PiG (***), através dos partidos de Oposição – seus instrumentos -, abriu no Congresso.
Mais a crise americana, e talvez a Presidenta tenha preferido esperar a onda baixar.
Embora, a cada dia, fique claro que Johnbim adotou uma postura provocadora.
E anti-Republicana.
E machista.
Ele prefere chefes do sexo masculino.
“O Ministro diz ainda que FHC e Lula são sedutores. ‘Só que de maneiras diferentes. O Lula diz palavrão, o Fernando é um lorde.’ ” – informa a Folha (**).
De preferência, aristocratas.
Viva o Brasil !



Em tempo: Saiu também na Folha (**), na pág 4:

“Endereço

Nelson Jobim comprou apartamento no bairro paulistano dos Jardins. No médio prazo, o ministro da Defesa pretende fixar residência na cidade.”


Já se sabe que o apartamento do filho dele na Avenida Vieira Souto, no Rio, foi assaltado.

Jardins é o bairro onde mora também o Consultor de empresas Tony Palocci.

Jardins, filho na Vieira Souto – e ainda dizem que o serviço público (deputado, Ministro, Ministro do Supremo) paga mal.


Leia mais no Conversa Afiada