quarta-feira, 31 de março de 2010

Confissões do Panfleto

Jamais imaginei que um dia concordaria com os editoriais do Panfleto da Tamandaré. Entretanto, a vida é cheia de agradáveis surpresas.
- O editorial de hoje do Panfleto é uma auto confissão.
- Uma descarga de consciência, um auto retrato.
- Diria que neste dia se olharam no espelho.
- O Panfleto se descobriu num gupo, ou melhor, num "grupelho" como diz o editorial.
- Está um primor.
- São uns gênios.
Parabenizo os integrantes do sub-PIG fronteiriço pela coragem de se posicionarem de forma tão explicita.
Leia abaixo o editorial com azimute e tudo do Panfleto da Tamandaré:

Os bons, os maus e os pústulas
Livramento é uma cidade maravilhosa. Exceto por alguns elementos que integram pequenos grupos. Aliás, grupelhos. Pelo menos, estão a cada tempo, reduzindo-se, em número, esses pústulas que vivem de buscar no que os outros expressam, falam ou pensam, sua própria imbecilidade rotunda. São os embusteiros sociopatas que querem a atenção de alguém para o que apontam iradamente como verdade absoluta. E, talvez, colham um ou dois discípulos igualmente raivosos.

São os rancorosos que lutaram sempre para se excluírem do processo político ao natural. Taxados de incompetentes pelo exercício contínuo da própria incompetência, comprovada, porém, sem que reconheçam-se. Depois, utilizam como argumento o fato de não terem opinado ou de não estarem na foto, seu grande e maior interesse. Chegou o tempo da retomada na Operação Carrapato, eis que começam a surgir os candidatos. A isto, àquilo, mas sobretudo candidatos, resolvendo tudo, prometendo tudo. São o público alvo dos grupelhos.

São os que se dividem em dois perfis básicos. Os vigaristas e os moitas.

Os primeiros são de uma evidente incapacidade de convívio com a sociedade. Vivendo de aparências, os mesmos que alardeiam críticas sobre tudo e todos, porém suas contas estão pendentes e seu crédito abalado. Ainda assim, exigem ser chamados pelo título (que por vezes nem detém) e depois pelo nome.

Os moitas, entretanto, são os mais curiosos. Vivem de aplicar golpes, muitos dos quais mirabolantes. Impressionam pela impressão de sucesso que passam, pelos veículos que utilizam. Normalmente, nada está registrado em seu nome e seu passado é condenável em ações que prejudicaram segmentos diversos, porém permanecem na moita, de onde saem esporadicamente para uma nova picaretagem e para onde retornam depois.

É tempo de extirpar tais perfis do cotidiano santanense, pois são, entre outros motivos, os principais responsáveis pelo insucesso alardeado. Prevalece o velho ditado: enquanto os bons não desejam ocupar os espaços, os maus fazem questão de fazê-lo.
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Clique aqui e veja que eles também chamam pequenos produtores e assentados de "Sem Terras"
Eles sempre se superam.
São geniais.


Mídia: o eterno retorno do discurso golpista

Se para a população ficou claro que o país precisa crescer distribuindo, e, para isso, cabe ao Estado criar políticas capazes de desconcentrar a renda, os editoriais do Globo, Estadão e Folha são escritos para quem?
Gilson Caroni Filho
As recentes críticas do presidente da República à mídia brasileira devem ser lidas à luz de um recorte deontológico preciso. Se um dos compromissos fundamentais do jornalismo é a preservação da memória, a imprensa nativa tem, ao longo das últimas décadas, empregado uma estrutura discursiva recorrente para produzir esquecimento. A preocupação de Lula com o hipotético estudante que, daqui a trinta anos, se debruçará sobre mentiras quando folhear o noticiário dos grandes jornais, não só tem fundamento como deveria preocupar os historiadores. Afinal, qual será o valor dos nossos periódicos como fontes primárias de consulta? Em princípio, nenhum. Salvo se a pesquisa for sobre o discurso noticioso e os interesses mais retrógados

Ao tentar colar o rótulo de "estatistas" nas propostas estratégicas do governo, e apresentar o Partido dos Trabalhadores e a ministra Dilma Roussef como defensores de um "Estado-empresário" a mídia corporativa dá um passo a mais na escala do ridículo. Quer fazer crer que não acabou a era da ligeireza econômica, da irresponsabilidade estatal ante a economia, do infausto percurso da razão financista.

Fazendo tábua rasa das conseqüências do mercado desregulado, oculta o que marcou o governo de Fernando Henrique Cardoso: baixa produtividade e alta especulação, baixo consumo e elevadas taxas de desemprego, pobreza generalizada e riqueza concentrada. Prescreve como futuro promissor um passado fracassado. Esse é o eterno retorno dos editorialistas e articulistas de programa. Um feitiço no tempo que atualiza propostas desconectadas do contexto de origem.

Vejam a semelhança dos arrazoados. Tal como nos planos dos estrategistas do modelo de desenvolvimento implantado no país com o golpe de 1964, sem a propensão "estatizante" do governo Jango, o Brasil progrediria nos moldes do capitalismo mais antigo. Livres da intervenção do Estado na economia, da” permissão à desordem pelos "comandos de greve"- e pela” infiltração comunista”- voaríamos em céu de brigadeiro. O desenvolvimento, pregavam os editoriais escritos há 46 anos, seria ininterrupto, para todo o sempre, sem qualquer risco de fracasso. Note-se que a peroração golpista se assentava nos mesmos pilares dos textos de hoje: denúncias de corrupção, aparelhamento do Estado e criminalização dos movimentos sociais com o manifesto propósito de estabelecer uma ordem pretoriana no mundo do trabalho.

O enfraquecimento prematuro ou tardio de setores da classe dominante - com a conseqüente a crise de hegemonia política - tornava decisiva a luta pelo controle do Estado. Sob as bênçãos da maioria dos jornalões, a classe média, conduzida pelos políticos mais reacionários, pela TFP e pelas Ligas Católicas de direita, foi às ruas participar de "Marchas da família com Deus pela Liberdade".

Os resultados práticos do regime militar não demoraram a surgir: a entrada de poupança externa foi inexpressiva; não se criou indústria nacional e autônoma nenhuma; o financiamento interno serviu para o desenvolvimento das indústrias basicamente estrangeiras de automóveis e eletrodomésticos que formavam o setor dinâmico da economia brasileira, puxando o comércio, serviços e indústrias locais também vinculados a esse pólo. Ao fim, o paraíso prometido foi uma quimera cara, com uma dívida externa estimada em 12 bilhões de dólares.

Ainda assim não faltam nostálgicos,muitos alojados na ANJ e Abert, a proclamar que “vivemos um momento grave, com investidas de inimigos da liberdade de imprensa, propostas que ferem o sentimento religioso do povo brasileiro", sem falar das hostilidades aos nossos mais tradicionais aliados, com gestos generosos a caudilhos.

Falam de cercos fiscais, regulatórios e ambientais à iniciativa privada, e lamentam não haver substitutos para Oscar Correa, Silvio Heck, Odilo Denis e outros notórios golpistas. Tal como os grandes jornais que tiveram as tiragens reduzidas, as viúvas do "milagre" de Roberto Campos, Delfim Neto, Ernane Galveas e Mário Henrique Simonsen não se dão conta que não falam para quase ninguém. A reduzida base social não lhes permite margem de manobra mais ampla.

Se para a população ficou claro que o país precisa crescer distribuindo, e, para isso, cabe ao Estado criar políticas capazes de desconcentrar a renda, os editoriais do Globo, Estadão e Folha são escritos para quem? Longe de ser apenas uma questão ética, a questão social também é econômica. E o confronto com a mídia uma questão decisiva para que não tenhamos um arremedo de democracia.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil



quarta-feira, 24 de março de 2010

Interesses privados por trás do silêncio da RBS


Hoje não vou falar sobre nada que eu tenha lido, ouvido ou visto nos jornais por aí. Vou falar sobre o que eu não vejo, não ouço, não leio. Não lembrava de ter visto na Zero Hora, por exemplo, mas, para não ser injusta, fui ao canal de busca do site. Mas minhas impressões se confirmaram: a informação mais recente que encontrei sobre a possível alienação ou permuta do terreno da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), que pertence ao estado do Rio Grande do Sul, é datada do dia 11 de março. E tem míseros dois parágrafos. Antes dessa, uma notinha de iguais dois parágrafos do dia 23 de fevereiro, louvando a iniciativa do governo Yeda.

O projeto de lei 388, que autoriza a alienação ou permuta de um terreno de 74 hectares localizado na avenida Padre Cacique, quase em frente ao estádio Beira-Rio – ou seja, extremamente bem localizado, principalmente se considerarmos a iminência de uma Copa do Mundo -, com um vasto patrimônio ambiental e histórico, seria votado hoje, caso tivesse havido quórum, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do RS.

Além do patrimônio riquíssimo que o governo quer entregar para a iniciativa privada, o terreno tem também pelo menos 10 mil pessoas que moram ali e não estão sendo ouvidas. A ideia é trocar o terreno por outros menores, com o suposto objetivo de descentralizar a Fase, mas não há planejamento para isso, e a imprensa se cala. Mais informações sobre o caso no Somos andando, no RS Urgente e no Jornal do Comércio.

É possível que o governo entregue a última área que ainda conserva vegetação típica de Porto Alegre para construtoras, mas a mídia não diz. Sei que a Band cobriu alguma coisa na rádio. Sei que o Marcelo Noah está se esforçando na Ipanema para fazer alguma divulgação. Fora isso, silêncio (peço perdão se faltou citar alguém, mas não dou conta de rastrear toda a cobertura da imprensa, sei apenas que foram pouquíssimos os que noticiaram).

A explicação óbvia seria por si só bem plausível diante do que estamos acostumados a ver na imprensa: interessa mais valorizar a iniciativa privada nos meios de comunicação. Não interessa o que pode ser bom para a população. Ainda mais se quem tiver proposto o projeto for um governo amigo. É sempre bom preservar esse tipo de amizade. Amizades poderosas.

Mas a coisa vai mais longe: os Sirotsky, a quem pertence o maior, quase único, grupo de comunicação do Rio Grande do Sul, a RBS (conhecido por alguns como PRBS, por conta de suas características de partido político nas atitudes que toma), são também donos de uma empresa chamada Maiojama (uma mistura breguíssima dos nomes MAurício; IOne, mulher de Maurício; JAyme; e MArlene, mulher de Jayme). A Maiojama é uma construtora, ou melhor, como diz em seu site, “atua no planejamento e desenvolvimento de edificações residenciais, comerciais, flats e shopping centers”.

Agora peço um esforço mínimo de dedução lógica dos leitores: o governo do estado quer entregar um terreno por um valor muito abaixo do de mercado; o terreno é gigante, muito bem localizado, num dos pontos atualmente mais disputados de Porto Alegre; seria perfeito, do ponto de vista empresarial, para construir um grande complexo, que poderia envolver dúzias de torres de apartamentos, comércio, shopping, mil coisas; quem faria isso seria uma construtora; os Sirotsky têm uma construtora; os Sirotsky têm um grupo de comunicação; o grupo de comunicação se cala diante de um empreendimento que pode prejudicar a população. Logo, há um grande interesse por trás que orienta o silêncio absolutamente antiético da empresa de comunicação.

A ética jornalística manda colocar o cidadão em primeiro lugar e não se deixar corromper. Os interesses privados não podem transpor os coletivos. Ou seja, a RBS adota uma postura nitidamente, escancaradamente, maldosamente antiética.

* Peço aos blogueiros que ajudem a divulgar o roubo que está sendo tramado ao patrimônio público. Diante do silêncio da grande imprensa, nós temos a obrigação de nos unir e lutar pelos interesses da cidade

Cris Rodrigues - Jornalismo B

terça-feira, 16 de março de 2010

Novo Pacificador guasca

Segundo Rosane de Oliveira,  Abelhinha  e colonista (não é colunista) do  jornal (?) Zero Hora, também conhecido como Panfleto da Azenha e membro do PIG o prefeito moribundo de Porto Alegre, será o novo "pacificador" do Rio Grande na disputa pelo governo guasca, (foto abaixo).

Como esta história de pacificador já está meio manjada, sugerimos uma nova caricatura para o já referido Fumaça. Que tal a Abelhinha adotar o personagem abaixo?

Charges do Catunista Fernando

segunda-feira, 15 de março de 2010

Avião Socialista


Na foto, o pouso do avião do PSBeto

Quem assiste televisão, deve ter visto as inserções do PSBeto em que alguns socialistas (?) brincam de aviãozinho.
Sabe pra onde voa o aviãozinho deles amigo (a) leitor (a) ?
Pra aquele lugar que leva do nada pra lugar nenhum.
Pro aeroporto da direita guasca e brasileira.
A pomba deles já está com bico tucano.
Ô raça.

sábado, 13 de março de 2010

E agora, José?



O governador que inaugura maquetes bateu de frente com uma 'obra' verdadeira de sua administração, nesta sexta-feira. A greve 'da minoria do professorado paulista', assim classificada pela mídia demotucana, reuniu mais de 30 mil pessoas em assembléia na avenida Paulista, em SP. E agora, José?

Os fariseus e a dignidade

O que sabem os leitores dos diários brasileiros sobre Cuba? O que sabem os telespectadores brasileiros sobre Cuba? O que sabem os ouvintes de rádio brasileiros sobre Cuba? O que saberia o povo brasileiro sobre Cuba, se dependesse da mídia brasileira?

O que mais os jornalistas da imprensa mercantil adoram é concordar com seus patrões. Podem exorbitar na linguagem, para badalar os que pagam seu salários. Sabem que atacar ao PT é o que mais agrada a seus patrões, porque é quem mais os perturba e os afeta. Vale até dar espaco para qualquer mercenário publicar calúnias contra o Lula, para, depois jogá-lo de volta na lata do lixo.

No circo dessa imprensa recentemente realizado em São Paulo, os relatos dizem que os donos das empresas – Frias, Marinhos – tinham intervenções mais discretas, – ninguem duvida das suas posiçõoes de ultra-direita -, mas seus empregados se exibiam competindo sobre quem fazia a declaração mais extremista, mais retumbante, sabendo que seriam recolhidas pela mídia, mas sobretudo buscando sorrisinho no rosto dos patrões e, quem sabe, uns zerinhos a mais no contracheque no fim do mês.

Quem foi informado pela imprensa que há quase 50 anos Cuba já terminou com o analfabetismo, que mais recentemente, com a participação direta dos seus educadores, o analfabetismo foi erradicado na Venezuela, na Bolívia e no Equador? Que empresa jornalística noiticiou? Quais mandaram repórteres para saber como países pobres ou menos desenvolvidos conseguiram o que mais desenvolvidos como os EUA ou mesmo o Brasil, a Argentina, o México, náo conseguiram?

Mandaram repórteres saber como funciona naquela ilha do Caribe, pouco desenvolvida economicamente, o sistema educacional e de saúde universal e gratuito para todos? Se perguntaram sobre a comparação feita por Michael Moore no seu filme "Sicko" sobre os sistemas de saúde – em particular o brutalmente mercantilizado dos EUA e o público e gratuito de Cuba?

Essas empresas privadas da mídia fizeram reportagens sobre a Escola Latinoamericana de Medicina que, em Cuba, já formou mais de cinco gerações de médicos de todos os países da América Latina e inclusive dos EUA, gratuitamente, na melhor medicina social do mundo? Foi despertada a curiosidade de algum jornalista, econômico, educativo ou não, sobre o fato de que Cuba, passando por grandes dificuldades econômicas – como suas empresas não deixam de noticiar – não fechou nenhuma vaga nem nas suas escolas tradicionais, nem na Escola Latinoamericana de Medicina, nem fechou nenhum leito em hospitais?

Se dependesse dessas empresas, se trataria de um regime “decrépito”, governado por dois irmãos há mais de 50 anos, um verdadeiro “goulag tropical”, uma ilha transformada em prisão.

Alguém tentou explicar como é possivel conviver esse tipo de sociedade igualitária com a base naval de Guantánamo? Se noticiam regularmente as barbaridades que ocorrem lá, onde presos sob simples suspeita, são interrogados e torturados – conforme tantas testemunhas que a imprensa se nega em publicar – em condições fora de qualquer jurisdição internacional?

Noticiam que, como disse Raul Castro, sim, se tortura naquela ilha, se prende, se julga e se condena da forma mais arbitrária possível, detidos em masmorras, como animais, mas isso se passa sob responsabilidade norteamericana, desse mesmo governo que protesta por uma greve de fome de uma pessoa que – apesar da ignorância de cronistas da família Frias – não é um preso, mas está livre, na sua casa?

Perguntam-se por que a maior potência imperial do mundo, derrotada por essa pequena ilha, ainda hoje tem um pedaco do seu territorio? Escandalizam-se, dizendo que se “passou dos limites”, quando constatam que isso se dá há mais de um século, sob os olhos complacentes da “comunidade internacional”, modelo de “civilização”, agentes do colonialismo, da escravidão, da pirataria, do imperialismo, das duas grandes guerras mundiais, do fascismo?

Comparam a “indignação” atual dos jornais dos seus patrões com o que disseram ou calaram sobre Abu-Graieb? Sobre os “falsos positivos” (sabem do que se trata?) na Colômbia? Sobre a invasao e os massacres no Panamá, por tropas norteamericanas, que sequestraram e levaram para ser julgado em Miami seu ex-aliado e então presidente eleito do país, Noriega, cujos 30 anos foram completamente desconhecidos pela imprensa? Falam do muro que os EUA construíram na fronteira com o México, onde morre todos os anos mais gente do que em todo tempo de existência do muro de Berlim? A ocupação brutal da Palestina, o cerco que ainda segue a Gaza, é tema de seus espacos jornalisticos ou melhor calar para que os cada vez menos leitores, telespectadores e ouvintes possam se recordar do que realmente é barbarie, mas que cometida pela “civilizada” Israel – que ademais conta com empresas que anunciam regularmente nos orgãos dessas empresas – deve ser escondida? Que protestos fizeram os empregados da empresa que emprestou seus carros para que atuassem os servicos repressivos da ditadura, disfarçaados de jornalistas, para sequestrar, torturar, fuzilar e fazer opositores desaparecerem? Disseram que isso “passou de todos os limites” ou ficaram calados, para não perder seus empregos?

Mas morreu um preso em Cuba. Que horror! Que oportunidade para bajular os seus patrões, mostrando indignação contra um país de esquerda! Que bom poder reafirmar diante deles que se se foi algum dia de esquerda, foi um resfriado, pego por más convivências, em lugares que não frequentam mais; já estão curados, vacinados, nunca mais pegarão esse vírus. (Um empregado da família Frias, casado com uma tucana, orgulha-se de ter ido a todos os Foruns Econômicos de Davos e a nenhum Fórum Social Mundial.

Ali pôde conhecer ricaços e entrevistá-los, antes que estivessem envoldidos em escândalos, quebrassem ou fossem para a prisão. Cada um tem seu gosto, mas não dá para posar como “progressista”, escolhendo Davos a Porto Alegre.)

Não conhecem Cuba, promovem a mentira do silêncio, para poder difamar Cuba. Não dizem o que era na época da ditadura de Batista e em que se transformou hoje. Não dizem que os problemas que têm a ilha é porque não quer fazer o que fez o darling dessa midia, FHC, impondo duro ajuste fiscal para equilibrar as finanças públicas, privatizando, favorecendo o grande capital, financeirizando a economia e o Estado. Cuba busca manter os direitos universais a toda sua população, para o que trata de desenvolver um modelo econômico que não faça com que o povo pague as dificuldades da economia. Mentem silenciando sobre o fato de que, em Cuba, não há ninguem abandonado nas ruas, de que todos podem contar com o apoio do Estado cubano, um Estado que nunca se rendeu ao FMI.

Cuba é a sociedade mais igualitária do mundo, a mais solidária, um país soberano, assediado pelo mais longo bloqueio que a história conheceu, de quase 50 anos, pela maior potência econômica e militar da história. Cuba é vítima privilegiada da imprensa saudosa do Bush, porque se é possivel uma sociedade igualitária, solidária, mesmo que pobre, que maior acusação pode haver contra a sociedade do egoísmo, do consumismo, da mercantilizacao, em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra?

Como disse Celso Amorim, o Ministro de Relações Exteriores do Brasil: os que querem contribuir a resolver a situação de Cuba tem uma fórmula muito simples – terminem com o bloqueio contra a ilha. Terminem com Guantanamo como base de terrorismo internacional, terminem com o bloqueio informativo, dêem aos cubanos o mesmo direito que dão diariamente aos opositores ao regime – o do expor o que pensam. Relatem as verdades de Cuba no lugar das mentiras, do silêncio e da covardia.

Diante de situações como essa, a razão e a atualidade de José Martí:

“Há de haver no mundo certa quantidade de decoro,
como há de haver certa quantidade de luz.
Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros
que têm em si o decoro de muitos homens.
Estes são os que se rebelam com força terrível
contra os que roubam aos povos sua liberdade,
que é roubar-lhes seu decoro.
Nesses homens vão milhares de homens,
vai um povo inteiro,
vai a dignidade humana…

Leia mais no Blog do Emir Sader

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dengue na Fronteira


O jornaleco da Azenha ao contrário do Panfleto da Tamandaré, publica em pagina on-line que o
Rincão do Atraso, território do gestor (?) Wainer Dinovo está infestada de dengue.
Clique aqui  leia a integra e veja o mapa da dengue de Yeda "a louca"

Homenagem ao DEMOstenes

terça-feira, 9 de março de 2010

Plano de Carreira de Wainer retira direitos dos professores

O projeto retira anuênios e retrocede na progressão da carreira, colocando todos os professores na classe inicial “A”
Aguardado há anos pelos professores municipais, o novo Plano de Carreira do Magistério transformou-se numa grande frustração. Enviado à Câmara em período de recesso, às vésperas do ano novo, o projeto apresenta um conteúdo que retira os anuênios de 4% e estabelece em seu lugar triênios de 3% (perda de 9% no período).

Além disso, retrocede na progressão da carreira, ao colocar todo e qualquer profissional, independente do tempo de serviço no magistério, na classe inicial “A”, que é a classe dos que ingressam na carreira. As novas classes propostas são A, B, C e D.

A pedido da categoria, através do Sindicato dos Municipários, o vereador Glauber Lima (PT) apresentou emendas ao projeto, restituindo os anuênios e estabelecendo que após a aprovação do novo plano, o profissional irá para a classe correspondente ao tempo de serviço no magistério. Segundo o vereador, “O governo municipal não aplica os 25% constitucionais na educação, desvia recursos do Fundeb e quer penalizar ainda mais os professores retirando-lhes direitos adquiridos”.

A apreciação do veto deverá ir à votação em Plenário na Câmara de Vereadores na quarta-feira (24/03), quando serão necessários no mínimo sete votos para derrubada do mesmo. As sessões ordinárias ocorrem às 18h.
O professor (?) Wainer, aprendiz de gestor conseguiu transformar Livramento no Rincão do Atraso, renega sua classe e jogou no lixo qualquer principio socialista que poderia haver no PSBeto.
A tártufada gaudéria e fronteiriça adora, e ele, deve se sentir "incluido", se imagina parte.
ô raça.

quinta-feira, 4 de março de 2010

De Pepe a Dilma

Aí estava o Pepe, com a pinta que menos se poderia atribuir a um presidente, com seu jeito de “chacarero” – segue cuidando sua chácara -, sem gravata, com a sua companheira de vida, simplesmente assumindo como presidente do Uruguai.


O Pepe, que foi um grande dirigente tupamaro e, nessa condição, foi baleado gravemente em um tiroteio com as forças militares da ditadura uruguaia. Recolheram seu corpo, consideraram-nos morto e o levaram à morgue. Quando perceberam que ele tinha sobrevivido, o meteram, junto com os outros dirigentes tupamaros, em masmorras, onde ficaram 14 anos – incluída a companheira de Pepe, hoje presidente do Senado -, 7 dos quais como reféns da ditadura, em calabouços solitários, sem contato com ninguém. Caso houvesse alguma nova ação dos tupamaros, todos seriam executados, segundo anúncio da ditadura.

Pepe não costuma mencionar esses tempos, menos ainda tudo o que passou a ele e à sua companheira. Ontem, quando as FFAA lhe rendiam continência, na Praça da Independência, em frente ao Palácio Presidencial, o que deveriam ter feito era ajoelhar-se diante dele e lhe pedir desculpas pelas barbaridades que lhe fizeram, na tortura, na solitária, e em tudo o mais. Seria o mínimo que deveria fazer e seguramente o Pepe estenderia o gesto para todas as vítimas da ditadura.

Ao assumir a presidência, Pepe pronunciou palavras similares às de Dilma no Congresso do PT: mudou, para adequar-se às mudanças históricas das últimas décadas, mas nunca mudou de campo, manteve sempre sua fidelidade às lutas de emancipação do seu povo, estreitamente associado ao dos outros países da América Latina.
Montevideu tinha uma cara muito diferente daquela com que encarou a eleição de Tabaré Vazquez, mesmo este tendo interrompido a longa seqüência de governos de direita, com a eleição do primeiro representante da esquerda uruguaia à presidência da República. A eleição de Pepe vai mais longe, remete a um acerto de contas com as lutas de resistência contra a ditadura, em que o Uruguai se tornou conhecido internacionalmente pela audácia e pela criatividade das formas luta dos Tupamaros, organização dirigida por Raul Sendic, de que Pepe Mujica foi companheiro na direção.

O comentário, entre todos os presidentes progressistas, de Rafael Correa a Evo Morales, de Cristina Kirchner a Hugo Chavez, de Fernando Lugo a Pepe Mujica, era a subida aparentemente decisiva de Dilma nas pesquisas, confirmando seu favoritismo para a mais importante das eleições latinoamericanas deste ano. A satisfação e a torcida de todos eles refletiam como Dilma representa, para todos eles – como já o expressaram também Raul e Fidel Castro – a continuidade e o aprofundamento das políticas internas e externas que tem levado o Brasil a projetar-se como grande liderança regional e como país que avança para superar seus seculares problemas internos no caminho da democracia, da soberania e das justiça social.

Por Emir Sader no Blog do Emir

Fogaça deve essa para governadora Yeda


Ato falho da Abelhinha: "parece coisa de literatura..."


A vida do jovem Eliseu Pompeu Gomes, apontado como suspeito da morte do ex-secretário de Fogaça, está valendo menos que um palito de fósforo queimado, depois do julgamento sumaríssimo a que está sendo submetido pela mídia guasca. Para a imprensa amiga ele não é suspeito, é o assassino, mesmo sem ter nenhum antecedente criminal.
Entrementes, sabe-se que a Polícia Federal prossegue nas diligências e investigações da Operação Pathos, que já constatou o desvio de 9 milhões de reais dos cofres municipais de Porto Alegre, com suspeita de implicações na secretaria de Saúde, cujo titular até sexta-feira passada, quando foi morto na via pública, se chamava Eliseu Santos.

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Um dos motivos de a governadora Yeda tentar a reeleição é precisamente este: manter ativa e operante a sua autoridade institucional na máquina do estado.

Não se diz que o governante em fim de mandato bebe cafezinho frio?

Pois o café de Yeda continua pelando, bem como continuam aquecidos os elementos de autoridade que o mandato lhe confere. Caso ela não fosse candidata em 2010, quem garantiria essa disposição, presteza e capacidade de criação literária (como diz a Abelhinha) da nossa Polícia Civil?

Fogaça, agora, está em dívida com Yeda. A conta discriminada chega em breve.

Ato falho (em alemão Fehlleistung) foi tratado por Freud em 1901 no seu livro "Sobre a psicopatologia do cotidiano" (li na Wiki).

Quando a Abelhinha fala em literatura e tal, não o faz por encontrar somente coincidência nos nomes do suspeito e da vítima, isso é secundário, mas sim por deixar aflorar o que lhe passa no inconsciente.

No fundo marrom do seu pequeno ser melífluo, ela admite (sintomaticamente) que tudo não passa de uma farsa tramada - uma ficção literária, pois - para embaralhar a verdade sobre a morte do ex-secretário de Fogaça.
Cristóvão Feil, no imperdivel Diario Gauche