sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De bicicleta por Dilma 13. Amanhã


Serra, mulher tem cérebro, você sabia?

O senhor José Serra está, como todos sabem, fazendo uma campanha que apela para preconceitos e
explorações as mais baixas.
Em geral, faz isso com ataques desrespeitosos a Dilma Rousseff.
Hoje, porém, ele ofendeu todas as mulheres.
Ao pedir a eleitoras, em Uberlândia, que conseguissem mais votos, ele se superou, se é possível dizer que se supera quem desce ao preconceito mais vil contra a mulher.
Em lugar de pedir que lhe conquistassem votos com argumentos e conversas políticas, sugeriu que elas fizessem um leilão de seus atributos físicos.
“Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você”, pediu ele, como relata o portal UOL.
Cercado por grupos de batucada e fanfarra contratados, além de cerca de cinco ônibus vindos de Belo Horizonte com militantes, que recebem R$ 40 por dia, Serra faltou ao respeito com todas as mulheres que, a cada dia, lutam por conseguir ver reconhecida sua capacidade intelectual e política, que não é em nada inferior à dos homens.
Votar em Dilma, além de ser um ato de reconhecimento a esta luta, passou a ser algo que toda mulher e que todo homem que as respeita deve fazer contra este tipo de visão odiosamente machista, porque agride a inteligência e a dignidade de nossas mães, esposas, amigas, filhas e netas. Pergunte a uma delas se ela aceitaria fazer o que Serra sugere. Não é preciso mais para que qualquer pessoa entenda que tipo de homem é ele.
Leia mais no Tijolaço

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Joelmir Beting: 5 motivos para votar Dilma.

Até o comentarista de economia da Band se rendeu a Dilma. Só faltou

pedir votos no 13.

Dilma, Cristina e a "falta de um homem"

A morte de Néstor Kirchner levanta uma série de questões relevantes para a política da Argentina e do nosso continente. O ex-presidente, responsável pela impressionante recuperação argentina depois do fundo do poço do “corralito”, era cotado para ser o candidato a presidente do peronismo na sucessão de Cristina. Mesmo fora da Casa Rosada, Néstor era o articulador desse bloco de centro-esquerda que, nas últimas eleições congressuais, obteve resultados abaixo do esperado. A oposição de direita, capitaneada por Macri (empresário e ex-presidente do Boca), tem o apoio da velha mídia e dos setores agrários conservadores descontentes com Cristina. Certamente, essa oposição terá muita força na sucessão em 2011.
Todas essas são questões importantes. Ok. Mas o que não dá pra aceitar é a pauta apresentada – por exemplo –  pelo “Jornal da Globo”: será que Cristina dá conta de governar, sem o marido?
É de um machismo tão fora de época que a gente fica até com preguiça de discutir. Cristina não é “apenas” a “esposa” de Kirchner. Isabelita era “apenas” esposa de Peron nos anos 70. Os tempos eram outros. E deu no que deu – Isabelita (era a vice do marido e, com a morte de Perón, assumiu o poder) foi uma presidenta fraca, que abriu caminho pra ditadura.
Cristina, não! Ela militou ao lado de Nestor, contra a ditadura. Tem vida própria, luz própria. O marido tinha liderança e isso ninguém contesta, mas querer reduzir Cristina ao papel de “esposa”, ou agora “viúva”, é quase inacreditável.
Por que falo disso agora? Porque vários leitores relatam que , no telemarketing do mal aqui no Brasil, há um novo telefonema na praça. Uma voz – feminina - pergunta ao cidadão incauto: ”será que a Dilma dá conta, sem o Lula?”
O machismo é o mesmo – contra Dilma e Cristina. E eu me pergunto: em que século vivem os marqueteiros do mal e os editores do “Jornal da Globo”?
Dilma não precisou segurar na mão do Lula quando – aos 17 ou 18 anos – foi pra clandestinidade lutar contra a ditadura. Dilma não precisou do apoio de Lula quando esteve presa, nem quando resistiu aos toturadores. 
Dilma tem trajetória própria. Os tucanos, por menosprezar essa verdade, acreditaram na balela vendida por mervais e jabores: “ela não resiste à campanha sem o Lula”. He, he. Machista, normalmente, leva um susto quando vê que a mulher não “precisa” de homem.  
Uma coisa é reconhecer: Lula é um líder popular imensamente mais carismático que Dilma. Isso é fato. Ponto. Outra coisa é querer reduzir Dilma ao papel de “a mulher que Lula indicou”. Dilma foi secretária de Energia pelo PDT gaúcho. Lá, não havia Lula. Foi escolhida ministra por méritos próprios.
O machismo e a arrogância de Serra nos debates - ”a candidata não entende minha pergunta”, “acho que você não compreende bem” – lembram-me Maluf chamando Marta de “dona Marta”. É um machismo tosco, que se revela agora no telemarketing desesperado da reta final.
Eu – que como todo homem brasileiro – já fiz piadinha machista e já disse frases que certamente irritariam qualquer feminista, posso dizer com sinceridade: as mulheres lidam muito melhor com a ausência de um companheiro do que nós homens. É fato. Claro que há exceções. Claro que os homens estão aprendendo a - eventualmente – lidar com a solidão e com a necessidade de caminhar sozinhos.
Mas, sejamos honestos: há velhinhos que – ao perder a mulher - não resistem mais do que 1 ano. Preferem morrer. Não dão conta sozinhos. As mulheres, não. Víúvas ou divorciadas, seguem em frente. Podem até casar de novo. Mas não “precisam” de um homem na mesma medida em que o homem parece “precisar” de uma mulher.
Marqueteiros e jornalistas (homens) talvez projetem para mulheres poderosas (como Cristina e Dilma) a fragilidade e o medo que eles mesmos sentem diante da possibilidade de ficarem “sozinhos”. São marqueteiros e jornalistas que talvez tenham vontade de segurar na não da “mamãe-esposa” quando ficarem velhinhos. Nada de errado nisso. Todos nós temos nossas fragilidades – homens ou mulheres. 
Cristina vai sofrer, vai sentir a falta de Néstor – como qualquer um que perde o companheiro da vida toda. Pode ganhar ou perder a sucessão. Mas isso não terá nada a ver com a ausência do “marido”.
Dilma - também – não é mulher que precise viver à sombra de homem nenhum. Não é à toa que teve como companheiro, durante tantos anos, alguém que é capaz de dar uma entrevista tão corajosa, firme – e ao mesmo tempo carinhosa – como a que podemos ler aqui.
Só um aperitivo do que disse Carlos Araújo a “O Globo”, sobre Dilma:
Quem mandava na casa?
CARLOS: Nossos parâmetros não eram esses, de quem manda, não manda. Éramos companheiros.
Não era nosso estilo um mandar no outro. Foi uma bela convivência. Tivemos uma vida boa juntos, tenho recordação boa, não é saudade.
O  resto – digo eu – é machismo jornalístico. E babaquice marqueteira.

Rodrigo Vianna no Escrivinhador

Deixa de ser enganador

Homenagem dos sambistas do Rio de Janeiro Ao enganador Serra.

Faltam 3 dias.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma Lá (versão 2010 para o histórico jingle Lula Lá, de 1989)

Agora sim, versão pra Dilma lá.

Mas, peço que assitam o jingle abaixo e a contagiante emoção de Lula

no ato de diplomação.

Vale a pena quando se acredita, não fazemos

campanha por trocados.

Nós acreditamos e isto nos difere dos outros.

Não sacudimos bandeira, nós somos a bandeira de luta por igualdade social

e defendemos uma sociedade mais igualitária e justa.

Domigo triunfaremos.

Pra nunca esquecer

Domingo, sentiremos toda esta emoção novamente. É Dilma lá.

Sem medo de ser feliz

Outra Derrota


Leio com muita lástima a morte do Senador Romeu Tuma. Lástima e não poder vê-lo julgado e condenado por seus crimes na ditadura civil-militar brasileira.
Infelizmente no Brasil tem sido assim.
Pra vergonha de nossa sociedade, vimos exemplos do Uruguay, Chile e Argentina que passaram a limpo as torpezas da ditadura, enquanto nós concedemos 32 milhões de votos a um candidato apoiado por seguimentos que sempre apoiaram e se beneficiaram da ditadura no Brasil.
Entre estes, apoiadores do Zé Serra, como os grupos midiáticos e setores conservadores de religiões
as mais diversas.
Vejo que se passam os anos e nem ao menos, uns cascudos ou pé na bunda conseguiremos dar nestes pilantras golpistas.
Sinceramente, lamento por isso. E, só por isso.

domingo, 24 de outubro de 2010

Serra fujão. Dilma não foge á luta!

Desde jovem, José Serra optou por cuidar dos interesses pessoais em detrimento dos interesses coletivos. Assim, abandonou todos aqueles homens e mulheres que aqui no Brasil ficaram para enfrentar a ditadura e garantir a vitória da democracia e da justiça, expressões estas que não encontram lugar na biografia desse candidato.Na foto, o sorridente candidato José Serra se diverte com amigos no Chile, enquanto aqui no Brasil, Dilma estava presa, por lutar pela democracia e justiça.

Dilma lutou pelo Brasil e pela democracia. Serra fugiu

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


Qual candidato merece seu voto; Aquele que luta por você e pelo seu país, ou aquele candidato que foge da luta e vai passear no exterior? Você vota em covarde?

Bendito 2º. turno. Desnudou #Serrojas, #globomente e a Bláblárina


O #Serrojas tinha razão: bendito 2º. turno.

Se a Dilma tivesse vencido no 1º. turno, os resultados teriam sido:

- O Lula sozinho ganhou a eleição;

- A Dilma vai comer pela mão do PT;

- A Bláblárina é um jenio;

- O #Serrojas é o que sempre foi: um perdedor.

- A #globomente e o PiG (*) tentam, tentam, mas não chegam lá.

Quando a Dilma ganhar no 2º. turno, o resultado será:

- O Lula não ganhou sozinho;

- A Dilma também ganhou;

- A Dilma impôs a questão da privatização e do pré-sal e definiu a moldura ideológica em que a eleição se travou.

- A Dilma não vai comer pela mão do PT, porque ela fez mais no 2º. turno do que o PT (**);

- A Bláblárina esgotou seus 15’: vai voltar para Alagoas (Alagoas, revisor, por favor !) no jatinho da Natura e vai ficar por lá;

- O #Serrojas, além de perdedor, exibiu sua imensa falta de caráter: foi preciso e ele passou com o trator por cima do que passava na frente, inclusive da mulher, quando empunhou a bandeira calhorda – segundo o Ciro – do aborto;

- A #globomente e o PiG (*) se afundaram, se enlamearam no Golpe e só podem ser neutralizados por uma rigorosa Ley de Medios.

- E o pré-sal é nosso !

O 2º. turno tornou a Ley de Medios uma questão de sobrevivência – para a Dilma e para a democracia brasileira.

Não dá mais para empurrar com a barriga, como fez o Governo Lula.

A Ley de Medios tem, também, de meter o dedo nessa relação promíscua que existe entra o Datafalha, o Globope e os candidatos conservadores.

O #Serrojas fala grosso com a Vox e a Sensus, mas fala fininho com o Datafalha e o Globope.

Claro !

A Ley de Medios tem que definir o “direito de resposta”.

O Vitor Cardeal tem que ter o direito de se defender no jn.

A Ley de Medios deveria incorporar os princípios contidos na ADIN por Omissão com que o professor Fábio Comparato entrou no Supremo Tribunal Federal, para obrigar o Congresso a legislar sobre Comunicação.

Clique aqui para ler a inicial do professor Comparato.

O problema não só a sobrevivência do Governo Dilma.

É a sobrevivência da democracia brasileira, que, neste segundo turno, se tornou refém de uma imprensa medíocre e golpista.

Como a de nenhum outro país do mundo (civilizado).

Clique aqui para ler “O problema da #globomente é o Senado”.

Ou clique aqui e leia mais sobre PHA

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O livro, a bolinha de papel, o rolinho de durex. E as férias

Continuamos a condenar qualquer tipo de agressão com qualquer tipo de objeto. E também qualquer tipo de manipulação de informações
Celso Marcondes

Continuam na pauta os dois grandes casos da semana: o do tumulto no Rio de Janeiro que levou Serra ao hospital e o relato da PF sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos. Ontem publiquei o artigo “O livro e a bolinha de papel” (clique aqui) que mostrava a semelhança entre os dois casos – a manipulação da grande imprensa. Hoje, depois de assistir aos telejornais noturnos e ler os jornais do dia, é preciso, urgentemente, atualizar e retificar o que disse antes. De novo, vejamos caso a caso:
Caso 1 – o tumulto no Rio – O Jornal Nacional da Globo apresentou uma matéria de quase 10 minutos de duração com o objetivo de rechaçar a apresentada na véspera pelo SBT – que a sustentou no seu telejornal de quinta-feira – e que tinha causado furor na internet durante todo o dia. Surgem na tela imagens praticamente indecifráveis gravadas pelo celular de uma repórter da Folha de S.Paulo (uma cinegrafista amadora, faltou dizer). Elas sugerem que o candidato foi atingido por um segundo petardo, desta vez “algo transparente”, um rolinho de durex, talvez. Ou uma bolinha de adesivos. Em seguida, surge na tela um renomado especialista, para atestar sorridente que “não havia nenhuma dúvida”, tinham acontecido dois fenômenos distintos, o da suposta bolinha e o do suposto rolinho (ela exibia então nas mãos um rolinho de fita crepe para ilustrar melhor para os incautos telespectadores). O resto da história é a mesma: Serra vai para o hospital e faz tomografia computadorizada, suspende sua agenda carioca e o médico diz que não houve lesão, mas recomenda 24 horas de repouso. Detalhe: na sua explicação, para mostrar o lugar da agressão, indica a parte da calva atingida pela suposta bolinha de papel – mas isso, como eu já disse, é só um detalhe.
Na mesma noite, Serra gravou seu programa eleitoral e no dia seguinte, quinta, estava em campanha na cidade de Ponta Grossa, evidenciando um total desrespeito à recomendação do médico de César Maia. Mas isso é outro mero detalhe.
Na internet hoje já circulam várias mensagens e reproduções quadro a quadro (frames) do vídeo do jornal Folha de S.Paulo questionando a veracidade da edição apresentada pela Globo. Mas, crédulos que somos, vamos dar razão a Serra e a tevê líder de audiência: daqui pra frente nos referiremos ao caso como o “escândalo da bolinha de papel e do rolinho de durex”. Apenas acrescentamos uma observação: que, se ocorrer novo caso semelhante, a Globo convoque também os legistas Badan Palhares e George Sanguinetti para colocar suas versões. E que alguém do seriado americano CSI seja convidado como mediador do debate.
De qualquer forma, bolinha ou rolinho, qualquer agressão tem que ser condenada. Manipulação de informações e engajamento disfarçado na campanha também.
Caso 2 – a confissão de Amaury Ribeiro Jr. – De novo, o JN, traz as novidades. Desta vez, informa que o jornalista estava de férias quando os sigilos foram quebrados e que o deputado petista Rui Falcão teria roubado os dados do seu computador. Para responder às atualizações da Globo sobre o fato, amplamente reverberadas hoje pelos jornais, apelo aos artigos de Leandro Fortes e Sergio Lirio, colegas da Carta, que você pode ler aqui.
Apenas dois acréscimos, que roubo da Folha de S.Paulo de hoje, na página A8. Está lá escrito.
“O jornalista disse que a investigação começou em 2000 e foi retomda em 2007, quando trabalhava no jornal “Estado de Minas” e ‘teria tomado ciência de que um grupo clandestino de inteligência estaria seguindo o então governador Aécio Neves’. Amaury disse que foi informado que se ‘tratava de grupo que trabalhava para Serra, sob comando do deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ)’. Itagiba nega. Aécio refuta ter pedido apuração”.
E mais uma, a última, da Folha de hoje, na página A9:
Sob título “Jornal nega ter pago viagens de Amaury” leio uma matéria que publica a nota do jornal mineiro dizendo que “nenhuma viagem do jornalista no período em questão foi custeada pelo jornal”. Logo em seguida, a Folha esclarece que ”nos meses seguintes (e durante as férias), quem mandou emitir os bilhetes e quitou essas despesas foi um funcionário do jornal que intermedeia as compras em agências de turismo”.
Aí também sou obrigado a fazer nova retificação em relação ao artigo de ontem: não foi o Estado de Minas quem pagou, mas o funcionário do jornal que intermedeia as compras em agências de turismo. Completamente diferente, não é, caro leitor?

Celso Marcondes é jornalista, editor do site e diretor de Planejamento de CartaCapital.
Leia também:
-  A violação da lógica. Por Leandro Fortes
- Quebra do sigilo fiscal: Ribeiro Jr. agia em nome do jornal Estado de Minas. Por Sergio Lirio

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jogue a bolinha de papel no Serra. Ele se esconde no JN


Este Blog e o Conversa Afiada recomenda o joguinho “Acerte uma bola de papel na cabeça do #Serrarojas”, que se esconde na bancada do casal JN45 da Globo

Será que o Ali Kamel vai sepultar o que sobra da credibilidade do jn no #Serrarojas ?

Clique aqui para jogar!

Ou aqui!
E aqui pra ler o PHA

Contextualizando Serra

O obscurantismo, como nova esgrima da direita, está em toda a parte. Nem nisso a campanha de Serra é original. Está simplesmente, com as cores locais do Brasil, adequando seu discurso dentro daquele que a direita mundial vem fazendo nos Estados Unidos e na Europa.

A cena seria cômica, se não fosse hilária.
A candidata ao senado dos Estados Unidos no estado de Dellaware, Chistine O’Donnell, do Partido Republicano e do Movimento Tea Party, de extrema-direita, mostrou-se indignada: “Onde consta na Constituição dos Estados Unidos a separação entre Estado e Igreja”? O candidato democrata, Chris Coons, entre constrangido e sorridente, tentou explicar: “Na Primeira Emenda (First Ammendment, em inglês), adotada em 1791”. “O quê?”- ouviu em resposta – “você quer dizer que isso está na Primeira Emenda”?

Nessa altura, a platéia, formada por estudantes de Direito, morria de rir. A ignorância fundamentalista da candidata era completa.

E assim é como lhe parece: o obscurantismo, como nova esgrima da direita, está em toda a parte. Nem nisso a campanha de Serra é original. Está simplesmente, com as cores locais do Brasil, adequando seu discurso dentro daquele da direita mundial: fazendo um upgrading, digamos.

Os valores fundamentalistas em torno da religião têm sido constantemente manipulados contra Barack Obama nos Estados Unidos. Na Europa não dá outra: da França, Bélgica e Holanda, à Alemanha, Hungria, Suíça, Áustria, a mobilização da extrema-direita pendeu para uma suposta polarização entre a “civilização judaico-cristã” e o “Islã”, numa campanha tão repelente contra muçulmanos, árabes, turcos, ciganos, etc., quanto à que a campanha de Serra vem fazendo em torno de questões pseudo-religiosas e pseudo-cristãs.

Na Alemanha, ainda bem que o Conselho Judaico não caiu nessa esparrela de se ver agora incluído na “civilização européia” contra os “alienígenas” muçulmanos e vem se manifestando sistematicamente contra esse tipo de discriminação.

O caso da candidata por Dellaware ilustra bem uma característica dessa campanha: o desprezo pelo saber. A candidata sequer se dera ao trabalho de “ler” a Constituição para falar em seu nome. Assim age a campanha das sombras em favor de Serra: despreza a Bíblia para falar em seu nome, pois todo mundo sabe que da lição religiosa não se inferem favorecimentos a candidaturas políticas. Mas não importa: a direita prega a ignorância e o medo em toda a parte.

P. S. 1 – Na falta de outra coisa, a campanha midiática conservadora tenta requentar o caso da quebra de sigilo dos tucanos.

P. S. 2 – A furiosa investida da campanha de Serra contra a pesquisa Vox Populi mais recente tem endereço certo: intimidar os demais institutos de pesquisa.

Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CASO DO SIGILO MEXE EM FIOS DESENCAPADOS. E REVELA JOGO SUJO DE SERRA CONTRA AÉCIO

Diante da escorregada de seu candidato nas pesquisas de intenções de voto [hoje sai novo Ibope], a Folha abriu manchete garrafal nesta 4º feira para requentar o tema da quebra de sigilo fiscal de impolutas figuras que cercam a vida e as obras de José Serra [Paulo Preto é hours concours e tem enredo exclusivo]. O assunto mexe em fios desencapados que marcam disputas recentes entre serrostas e aecista dentro do PSDB. Ao contrário do que sugere o título robusto da Folha, o tema é delicadíssima para Serra, mais que nunca carente de apoios em MG.
O destinatário das informações fiscais mencionadas foi o jornalista Amaury Jr, cujo depoimento à Polícia Federal traz incomodos à campanha tucana que a edição demotucana não pode dissimular.
Vejamos:

a) o jornalista afirmou que sua pesquisa sobre todos os homens de Serra teve como origem, motivação e destino original a defesa preventiva do ex-governador Aécio Neves;
b) Defesa contra quem Amaury?, perguntou naturalmente a Polícia Federal. Resposta: contra Serra e seu agente de espionagem e dossiês, deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ex-policial federal, que naquele momento produzia dossiês contra Aécio Neves, para forçá-lo a desistir da postulação presidencial dentro do PSDB c) a revelação reitera a crescente percepção de que os métodos, metas e meios de Serra não tem familiaridade com o jogo limpo e transparenter da democracia [Leia 'Serra em intercurso com a extrema-direita'].
d)à PF, Amaury afirmou ainda que iniciou seus levantamentos quandoera funcionário do jornal 'Estado de Minas', que apoiava Aécio nesse duelo inter-bicudos.
e) o jornalista afirmou ainda que só mais tarde, concluído seu levantamento sobre recursos e riquezas enredados na biografia de Serra, teve contato com círculos da pré-campanha do PT. Seu computador, então, foi furtado --acredita Amaury-- por alguém desse círculo. A partir daí o tema vazou para os jornais. Cabe agora aos jornais informar a seus leitores o que, afinal, contem de tão importante no dossiê sobre Serra apurado pelo respeitado jornalista Amaury Jr, vencedor de três Premios Esso de Jornalismo. Dois deles, ressalte-se por trabalhos publicados no jornal 'O Globo'.
Leia mais no Carta Maior

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Serra tumultua missa em Canindé-Ce - Os novos áudios da missa (A Globo ...




"Enquanto a classe política não perder o medo da imprensa, nós não teremos liberdade de imprensa"



Palavras (sábias) do presidente Lula, ontem, em São Paulo, em evento patrocinado pela revista CartaCapital, de Mino Carta, um editor e um jornalista imprescindível.

O recado forte de Lula serve - sobretudo - para os parlamentares petistas que vivem adulando a mídia oligárquica, como se dependessem dessa mesma mídia decadente e golpista para sobreviver politicamente e até biologicamente.

Video e texto pescado do imperdível Blog Diário Gauche editado pelo brilhante sociólogo gaúcho Cristóvão Feil.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

INTELIGÊNCIA BRASILEIRA SE UNE CONTRA O CAROLA GABOLA

Hoje às 20 horas no Rio, intelectuais e artistas dizem não ao candidato da soberba e do obscurantismo

Em 1 de setembro de 2002, 300 artistas e intelectuais reuniam-se no Rio de Janeiro para manifestar seu apoio ao então candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Serra, o adversário, ontem como hoje, se definia como mais 'preparado'. Lula, acusava ele, 'nunca havia sido eleito para um cargo público administrativo'. Passaram-se oito anos. Os resultados esfarelam o discurso do medo e do preconceito, mas Serra mantem o mesmo bordão contra Dilma, agora misturado com água benta para digerir melhor. O carola gabola, a exemplo do que ocorreu em 2002, porém, é repudiado maciçamente pela inteligência nacional.(leia o manifesto dos artistas e intelectuais, bem como o dos professores universitários, o dos filósofos e os atos previstos para os próximos dias em apoio a Dilma Rousseff).

Leia mais no Carta Maior

domingo, 17 de outubro de 2010

Análise politica depois do churrasco


Fazia tempos que não abria uma pagina do office em branco pra escrever. Aliás, perdi o cacoete ao ponto de querer abreviar palavras, como se estivesse no twitter. Nestes tempos de campanha, optamos pelo mais rápido, queremos o instantâneo, não temos tempo a perder. E, é justamente sobre esta obsessão que quero falar.
Falar sobre conjuntura e eleições depois de um churrasco regado a cerveja sempre é melhor.Tanto é que estou aqui na frente do teclado. Vamos a ela então.
Quando nos dedicamos de corpo e alma pra reeleger o projeto que representa o mandato do presidente Lula, passamos por varias fases.
Para refletir melhor sobre esta égide, faz-se necessário resgatar alguns episódios desta trajetória.
Recordo-me da discussão sobre a validade ou não da candidatura Ciro Gomes.
Naquele momento, eu era um dos que defendia a candidatura do Ciro. Imaginava que ela permitiria um contraponto necessário pra levar a eleição para o segundo turno.
Algum desinformado deve me questionar!
Como assim, 2º turno?
Explico!
Na época, Dilma tinha 13 ou 15% nas pesquisas.
Serra tinha 40%.
Ciro, na minha avaliação, seria fundamental no processo. Até pela inexperiência de Dilma.
Ocorre que Ciro não é candidato e embora tivéssemos 9 candidatos a presidência, a polaridade se dava entre Dilma e Serra.
Melhor, Dilma crescia de forma sustentável (sem más intenções ou trocadilhos).
Mas, como dizem os “especialistas”. Eleição é 70% emoção e o que sobra é razão ou ignorância.
Todos nós, inclusive eu e as pesquisas acreditamos piamente que Dilma ganharia as eleições no primeiro turno.
Isto era liquido e certo. 31 de outubro era o final.
Nadando as braçadas nos avanços econômicos e sociais do governo Lula, era mais do que natural esta resultado.
Pesquisas dos mais variados “institutos” reafirmavam isso.
Dilma 56%, Serra 24% e Marina 12%.
Acabou, the end. Projeto Lula reeleito, zefini.
Que nada amigo(a).
Eu e muitos levamos uma pedrada na testa.
A mulher da floresta fez um estrago que ninguém previa.
Marina verde faz 19% dos votos e o Zé baixaria é quem comemora.
Numa eleição que já estaria definida, a extrema direita ressuscita via consciência verde.
Depois do evento do primeiro turno, já participei de muitas “avaliações” sobre o resultado.
Aqui em casa não se fala de outra coisa.
Não apenas do resultado, mas acima de tudo dos seus efeitos.
Para os petistas o resultado do primeiro turno foi recebido como uma derrota.
Eis aí o primeiro equivoco.
Não houve derrota alguma. Nossa candidata teve 47% dos votos, continuou na disputa.
Melhor, ainda se mantém na frente e aumentou sua vantagem sobre a oposição.
Algum gaiato vai perguntar: Como assim aumentou a vantagem?
Simples amigo gaiato.
Dilma teve 47% dos votos contra 53% da oposição no primeiro turno, somados aí os votos de Serra e Marina.
Hoje as pesquisas apontam Dilma com 54% e a oposição com 46%.
O grande baque e perplexidade petista se dá no fato da indução das pequisas que apontavam uma vitoria segura no primeiro turno e não nas variantes condicionadas de uma eleição deste porte.
Fomos vitoriosos em tudo e ainda reclamamos.
Talvez, ganhemos a eleição com menos margem. Ainda assim ganharemos.
Sobre os fatores que levaram a esta diferença menos no segundo turno, eles são muitos.
O primeiro está na frustração, equivocada no meu ponto de vista, por não ganhar no primeiro turno.
Na desmobilização de muitos militantes que elegeram seus deputados federais, estaduais e até governadores eleitos no primeiro turno, até os frustrados pela não eleição dos mesmos.
A grande questão de hoje é que temos duas semanas pra eleição.
Nos mobilizamos para reeleger o projeto que alavancou o Brasil com Lula ou permitimos o retrocesso representado por Serra, FHC e toda a extrema direita, que passeia pelas áreas conservadoras das igrejas até os nazifascistas da TFP.
Não nos olvidemos da mídia.
O PIG já foi a penas o Partido da Imprensa Golpista.
Hoje é PIIG. Ou PIG2.
Partido da imprensa e Igreja Golpista.
Continuemos, portanto atentos e militantes. Dilma é o caminho, Serra o pedágio.
Que coisa idiota isso. Vamos refazer.
Não permita o retrocesso do Brasil, oito anos de governo Lula resgataram a auto estima do povo e mostraram que somos de fato uma potência, não permita que os fascistas entreguistas retornem ao poder e que vendam o que reconstruímos.
Ficou melhor agora. Vamos a Luta.
Nos Blogs, no twitter, nas ferramentas virtuais possíveis, mas acima de tudo nas ruas.

PS* Pra quem gosta da discussão instantânea me sigam no twitter no @gilmardarosa, continuemos interagindo nesta ferramenta,.

sábado, 16 de outubro de 2010

Eleições 2010 – pastores, ovelhas e cofrinhos


Deus e a vontade de Deus continuam sendo usados como cabos-eleitorais, para santificar candidatos ou demonizar outros. Com a editora Paulus, publiquei o livro Cristianismo, humanismo e democracia (São Paulo, 2005). Título do primeiro capítulo: “Da soberania dos pastores à soberania das ovelhas”. Tal artigo foi motivado pelo relato de um ex-aluno, vereador, segundo o qual quando um pastor evangélico prometia 500 votos numa comunidade (em troca do quê?), ele sabia que a promessa se realizava, com pouca margem de erro. “Os pastores mandam e as dóceis ovelhas obedecem, votam em quem eles mandam”, resumiu. Manipulação política da parábola do bom pastor.

Há comunidades evangélicas que usam a palavra ministro, e não pastor, para designar suas lideranças, justamente para evitar ambiguidades graves do ponto de vista político-religioso. Pela manipulação política da figura do bom pastor, os demais membros da comunidade cristã são reduzidos ao estado deplorável de “ovelhas” submissas, acríticas, passivas. Na verdade, pelo batismo, todos os cristãos são sacerdotes, profetas e pastores. E não somente alguns. Depois, por razões de serviço à comunidade, há tarefas diferentes, serviços diferentes.

Todos os batizados têm uma consciência, onde Deus fala. Todos são, ao mesmo tempo, docentes e discentes. Nos concílios, as diversas opiniões são debatidas por diversas consciências, representativas da comunidade dos cristãos.

Nas eleições de 2010, o oportunismo sorridente e melodramático, em forma de falso pastoralismo, manifestou-se com força total, sobretudo, na internet. Em voga, como matéria de manipulação eleitoral, os temas de bioética (disciplina acadêmica onde está situada a discussão sobre o aborto).

O principal desafio bioético, no Brasil, é o da superação da mistanásia, ou eutanásia social, a morte de milhares por razões de miséria. Sou contra o aborto. Sou a favor da pesquisa, também com células tronco, desde que não seja feita com embriões (sou contra o uso nazista da ciência). Mas também sou contra a mistanásia, cuja hipocrisia puritana nem sabe o que é. Nos EUA, um presidente foi processado por ter mantido relações sexuais com uma estagiária. Outro presidente promoveu a morte de milhares de seres humanos na invasão do Iraque, mas os puritanos hipócritas nem deram bola para isso.

No Brasil, cada um de nós, segundo a sua consciência, vai votar em quem julgar melhor, Dilma ou Serra, mas a partir de critérios racionais, levando em conta que quem decide sobre aborto é o legislativo. Sobre mistanásia, quem decide é, sobretudo, o executivo, por meio de políticas sociais.

Quem quiser votar no Serra ou na Dilma, que o faça, com responsabilidade, superando as armadilhas oportunistas dos pastores profissionais, melodramáticos, hábeis na conquista de ovelhas dóceis e bonitinhas como cofrinhos de escrivaninha.

Artigo do Sociólogo e teólogo Fábio Régio Bento
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ABORTO, CALUNIA E HIPOCRISIA


Carta Maior considera a questão do aborto uma esfera de decisão íntima e soberana de cada mulher e dos casais. Cumpre ao Estado prover a dimensão pública cabível oferecendo condições de atendimento clínico dignas e adequadas para que em cada caso, e de acordo com as circunstancias e convicções espirituais de cada um, tome-se a decisão mais equilibrada e segura. Ao reportar um relato --não contestado até agora oficialmente-- do Correio do Brasil, que registra uma interrupção de gravidez feita em 1992 por Monica Serra, dublê de Regina Duarte nesta campanha com a frase "Dilma é a favor de matar as criancinhas", Carta Maior não discute o tema em si. Apenas expõe o grau de hipocrisia e o farisaísmo de uma parte da elite deste país que, antes, durante e depois dos períodos eleitorais, arvora-se em sentinela de direitos e valores regularmente violados em sua rotina pública e privada. Neste e em outros casos demarcadores da rastejante campanha eleitoral em curso, embala-a uma certeza esférica: a da existência de duas classes imiscíveis de brasileiros; aqueles nascidos para mandar e manipular impunemente e os que foram feitos para obedecer sem discutir. Das vozes dissonantes cuidam os veículos do dispositivo midiático dessa mesma elite, em arrastão permanente contra o discernimento democrático.
(Carta Maior; 15-10)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

É hora de Lula, sem protelações

Fiquei apreensivo, hoje, depois de ver o programa de Dilma na televisão. Poderia fazer muitas observações, a começar do óbvio que seria criar um bloqueio de separação do programa de Serra que, todo mundo sabe, usa e abusa da técnica de terminar com uma baixaria sempre que antecede o de Dilma. Mas não, começa com aquelas cenas aéreas, já cansadas e batidas. Posso até ser primário, por não ser especialista em técnicas de propaganda e cinema, mas se a linha agora é comparar, temos de ser coerentes desde o primeiro minuto, colocar um “freio de arrumação” do tipo “agora acabou a hora da baixaria e da promessa furada; começa aqui o programa do Brasil que mudou de verdade, o programa de Lula e Dilma, para o Brasil seguir em frente”.
Acho que as coisas têm de ser abordadas mais diretamente, e Dilma reagir exigindo o respeito que merece e tem direito. E falar, como a gente diz aqui no Rio, “na lata”:
- Olha, vocês não sabem o que estou passando para não dizer o que certas pessoas mereciam ouvir. Estão me desrespeitando como pessoa, como mulher, como mãe e como avó. O problema é que eles não têm a coragem de enfrentar o Lula, de criticar o Governo Lula, de dizer que são inimigos do Lula e acham mais fácil tentar atingir a minha honra. Mas se eles acham que eu vou entrar neste esquema de baixaria, podem tirar o cavalo da chuva. Porque eu não estou aqui para fazer teatrinho, e o que eu tenho para garantir o que digo são os oito anos do governo do qual eu participei, com muita honra, e eles não tem para mostrar, porque fizeram parte de um Governo que saiu vendendo o Brasil, que demitiu trabalhadores, que arrochou os salários e que tinha de pedir a bênção do FMI.
E estamos conversados. Dilma não tem que  parecer boazinha, nem docinha com esta gente.  O povo sabe que a estão atacando e ela, sem baixar o nível, tem todo o direito de reagir.
Mas, na essência, o que está  está faltando – e acho inexplicável – é a entrada em cena do ator principal desta história. Dilma não estaria ali se não fosse a candidata do Lula e, se é a candidata do Lula, ele não pode ser tolhido – pelos políticos ou pelos marqueteiros – de estar ali, falando claro e direto como sabe falar.
Que ninguém se iluda, os adversários de Dilma fogem, desde o início da campanha, de se apresentarem como adversários do Lula, como o são.
Lula, portanto, não pode deixar de fazer isso se tornar claro. Dilma já teve tempo e oportunidades – e  o fez, com sobras – de mostrar que tem identidade, capacidade e preparo para governar.
Agora é a hora da onça beber água, definitivamente. Esta batalha do segundo turno não pode prescindir mais do general. Se a vencermos, venceremos com ele e por ele. Mas se nos arriscamos a perder, pela sua ausência, ele perderá também. Se os inimigos do Brasil, que não têm escrúpulos de qualquer ordem, abocanharem o poder, é a ele, Lula, e não a Dilma, que desejarão destruir ante o povo brasileiro.
Escrevi, que com o debate da Band  – e será assim no próximo, escrevam – Dilma nos fez recuperar as energias depois do desapontamento de não vencermos – e todos sabemos à custa de que expedientes sórdidos isso aconteceu – no primeiro turno. Os votos que permaneceram com Dilma, quase o suficiente para a vitória no primeiro turno, não ficaram por serem suscetíveis de se perderem com a campanha de sujeiras. Ficaram porque são votos valentes e lúcidos e só se poderá perdê-los pelo desânimo e por concessões que nos tirem a altivez e o orgulho de sermos parte desta mudança no Brasil.
Agora, o povo brasileiro precisa olhar e ver seu líder, sem medo e sem temores, chamando-o para a batalha.Precisamos ver Lula falando diretamente: se vocês confiam no que eu fiz, confiem em Dilma como eu confio.
Quem confia no Lula, vota na Dilma.
E veremos dizer isso, logo e já, tenho certeza.
Leia mais no Tijolaço

Serra mil caras - bonequinhas russas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Puxadinhos - a grande política habitacional de Serra e FHC

Servidor municipal é preso por transportar agrotóxicos em ambulância na Fronteira Oeste

Homem foi preso em flagrante por contrabando, depois de abordagem da Operação Sentinela


Policiais Federais flagraram, na manhã desta terça-feira, um servidor público de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, que transportava produtos agrotóxicos de origem estrangeira em uma ambulância da prefeitura do município. O veículo foi abordado por volta das 6h, na BR-158, nas proximidades do trevo de acesso a Dom Pedrito, na região da Campanha.

O motorista, que estava acompanhado por uma servidora, foi preso em flagrante por contrabando e conduzido ao Presídio Estadual. A servidora foi liberada.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dilma trucidou o Serra. Ele é “o homem de mil caras”


Você não é o cara. Você é o homem de mil caras. Eu lamento as suas mil caras, ela disse.
Dilma partiu para cima do Serra.
Dilma foi Dilma e enfrentou o Zé Baixaria – o homem de “mil caras”.
O debate na Band serviu para mostrar que a Dilma cresce na briga.
Deixa a Dilma falar, galera !, não é isso, Agripino Maia ?
O PiG (*), nesta segunda-feira, vai se mostrar machista e diretamente atingido.
Vai acusar a Dilma de “agressiva”, expressão que ele usou, ao ser levado para as cordas e apanhar, do início ao fim.
Quer dizer que eles queriam que a Dilma sofresse com a baixaria e ficasse calada ?
O debate na Band mostrou também que ela sabe do que diz.
O Serra não tem nada dentro.
É um santarrão de pau oco: não produz uma ideia original.
E se ele achou que tinha encurralado a Dilma com o segundo turno, deu-se mal.
A Dilma citou algumas estrelas da constelação tucana, para mostrar que não vai se intimidar com a questão dos Valores e da Ética.
Ricardo Sergio de Oliveira.
Davizinho, aquele da Petrobrax, de olho no pré-sal.
Mendonção, do telefonema “isso vai dar m …”.
E a mulher do Serra, a Monica Serra, de óculos de armação vermelha, que foi dizer que a Dilma era a favor de matar criancinha – Dilma falou da Monica com todas as letras.
Ela lembrou do tucano que sumiu com 4 milhões da campanha do Serra.
A Dilma não parava de falar que eles venderam o Brasil.
O Fernando Henrique disse que o Serra é quem mais gostava de privatizar.
Você conseguiria dar a lista das empresas que você privatizou, Serra ?
Serra acusou o PT de ser contra a privatização e, se dependesse dele, os brasileiros dependeriam dos orelhões.
Não, Serra, disse a Dilma: hoje os brasileiros têm acesso à banda larga.
Dilma lembrou que o Banco do Brasil comprou a Nossa Caixa para não deixar o Serra privatizá-la.
Os aeroportos estão cheios ?
Sim, disse a Dilma.
Porque agora o pobre também pode andar de avião.
No Governo dele, só os ricos.
Serra fala em criar o Ministério da Segurança: e como é que ele deixou entrar celular nas cadeias de São Paulo para detentos simularem sequestros ?
Os delegados de São Paulo têm o Pior Salário Do Brasil, o PSDB.
O crack ?
São Paulo tem 300 mil drogados e 90 vagas para cuidar deles.
Serra retrucou, indignado: não são 95, mas 300 !
Um jenio.
Sobre os professores.
Dilma prefere tratá-los sem cassetete.
Sobre o aborto.
Quando uma mulher chegar a um hospital por ter feito um aborto, você vai atender essa mulher ou vai mandar prendê-la ?
Dilma disse que concorda com a providência que o Serra, Ministro da Saúde, adotou para regulamentar o aborto –  legal – no sistema do SUS.
E acusou o vice do Serra, um tal de índio, de fazer campanha cavilosa no submundo da treva para atingir a religiosidade da Dilma.
(No horário eleitoral, antes do debate, Serra usou mil vezes a expressão “o Brasil que está nascendo”.)
Quando a Dilma perguntou se ele assumia o compromisso de manter o Bolsa Família, a Dilma lembrou que ele foi ao cartório dizer que não deixaria a prefeitura de São Paulo – e deixou.
O Serra pensou que ia encurralar a Dilma, porque ele – como os tucanos de são Paulo – é “preparado”.
Serra foi trucidado.
E, como ele, no fundo, é um homem inseguro, vai chegar agora aos próximos debates com a crista baixa, “do bem”.
Os tucanos saíram da Band com o bico entre as pernas.
Comprovaram que o jenio não tem nada dentro.
A baixaria é a última (e única) arma dele.
Será que existe uma lei tipo Maria da Penha, mas para os homens que apanham de mulher ?, pergunta o amigo navegante Cacau.
A Dilma botou o Serra no colo do Agripino, diz o amigo navegante Lau Costantin.
Em tempo: como diz o amigo navegante Pablo Diego, o Serra não foi capaz de defender nem a mulher.

Em tempo 2: Segundo o Medeiros, amigo navegante, o PiG vai dar as seguintes manchetes: Dilma mostrou o lado guerrilheira; Dilma não respeitou a Igreja e atacou o São Serra;  Dilma foi armada com uma AK-47; Serra chorou nos bastidores, coitadinho ! Otavinho emprestou o lenço, que bonzinho !

Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dilma, mostre que é de briga



Mino Carta

O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucanos

As reações de milhares de navegantes da internet envolvidos na celebração dos resultados do primeiro turno como se significassem a derrota de Dilma Rousseff exibem toda a ferocidade – dos súditos de José Serra. Sem contar que a pressa de suas conclusões rima sinistramente com ilusões.

Escrevi ferocidade, e não me arrependo. Trata-se de um festival imponente de preconceitos e recalques, de raiva e ódio, de calúnias e mentiras, indigno de um país civilizado e democrático. É o destampatório de vetustos lugares-comuns cultivados por quem se atribui uma primazia de marca sulista em relação a regiões- entendidas como fundões do Brasil. É o coro da arrogância, da prepotência, da ignorância, da vulgaridade.
É razoável supor que essa manifestação de intolerância goze da orquestração tucana, excitada pelo apoio maciço da mídia e pelos motes da campanha serrista. Entre eles, não custa acentuar, a fatídica intervenção da mulher do candidato do PSDB, Mônica, pronta a enxergar na opositora uma assassina de criancinhas. A onda violeta (cor do luto dos ritos católicos) contra a descriminalização do aborto contou com essa notável contribuição.
Ocorre recordar as pregações dos púlpitos italianos e espanhóis: verifica-se que a Igreja Católica não hesita em interferir na vida política de Estados laicos. Não são assassinos de criancinhas, no entanto, os parlamentares portugueses que aprovaram a descriminalização do aborto, em um país de larguíssima maioria católica. É uma lição para todos nós. Dilma Rousseff deixou claro ser contra o aborto “pessoalmente”. Não bastou. Os ricos têm todas as chances de praticar o crime sem correr risco algum. E os pobres? Que se moam.
A propaganda petista houve por bem retirar o assunto de sua pauta. É o que manda o figurino clássico, recuar em tempo hábil. Fernando Henrique Cardoso declarava-se ateu em 1986. Mudou de ideia depois de perder a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros e imagino que a esta altura não se abstenha aos domingos de uma única, escassa missa. Se não for o caso de comungar.
A política exige certos, teatrais fingimentos. Não creio, porém, que os marqueteiros nativos sejam os melhores mestres em matéria. Esta moda do marqueteiro herdamos dos Estados Unidos, onde os professores são de outro nível, às vezes entre eles surgem psiquiatras de fama mundial e atores consagrados. Em relação ao pleito presidencial, as pesquisas falharam e os marqueteiros do PT também.
Leio nesses dias que Dilma foi explicitamente convidada por autoridades do seu partido a descer do salto alto. Se subiu, de quem a responsabilidade? De todo modo, se salto alto corresponde a uma campanha bem mais séria e correta do que a tucana, reconhecemos nela o mérito da candidata.
Acaba de chegar o momento do confronto direto, dos debates olhos nos olhos. Ao reiterar nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff, acreditamos, isto sim, que ela deva partir firmemente para a briga, o que, aliás, não discreparia do temperamento que lhe atribuem. Não para aderir ao tom leviano e brutalmente difamatório dos adversários, mas para desnudar, sem meias palavras, as diferenças entre o governo Lula e o de FHC. Profundas e concretas, dizem respeito a visões de vida e de mundo, e aos genuínos interesses do País, e a eles somente. Em busca da distribuição da riqueza e da inclusão de porções cada vez maiores da nação, para aproveitar eficazmente o nosso crescimento de emergente vitorioso.
CartaCapital está com Dilma Rousseff porque é a chance da continuidade e do aprofundamento das políticas benéficas promovidas pelo presidente Lula. E também porque o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes.

P.S. Bem a propósito: a demissão de Maria Rita Kehl por ter defendido na sua coluna do Estado de S. Paulo a ascensão social das classes mais pobres prova que quem constantemente declara ameaçada a liberdade de imprensa não a pratica no seu rincão.

Mino Carta é diretor de redação de Carta Capital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vídeo para assistir na igreja: o pecado do falso testemunho


Video para alguns tucanos, católicos e evangélicos que disseminaram mentiras e ilações contra Dilma Rousseff na internet. A verdade prevalecerá
Leia mais no Conversa Afiada

Pão, pão; queijo,queijo

metafísica/fantasia. contra o mundo.. o real/concreto.
explica bem o fenômeno que foi personalizado em marina.
e une os vários uns que votaram verde.
vejam bem .. alguns votaram marina,, outros votaram verde.. outros votaram assembléia de deus.. também votaram direita envergonhada.. e votaram os decepcionados com a realpolitik. [ também os moraleiros.. a pior forma de fantasia metafísica.. e os fashion-politik. ]
realpolitik. essencial para o exercício do poder.. pra escapar  do inexorável destino das esquerdas metafísicas.. a derrota ou o fracasso.
realpolitik rejeitada por príncipio/estratégia pelos construtores de mentes. pelas religiões [ incluo aí todas as fantasias desmobilizadoras. inclusive as laicas.. midiáticas. e os vários truques da biopolítica das mentes. esse lance skinner-goebbels que os usamerika espalharam pelo mundo. ].. historicamente instrumento de dominação/manipulação. zeladores da inconsciência.
que têm em comum esses vários uns?.. a metafísica.
o cultivo da fantasia.
a rejeição infantil da imperfeição da existência.
vítimas do mito da perfeição. platônicos/cristãos.
vejam.. cristianismo é fundação. não basta negá-lo pra estar livre.
o fundamento nihilista cristão/platônico perpassa a sociedade.
a negação do real.. o mito do paraíso permanente. ou perdido. ou futuro.
e o paraíso.. o paraíso real.. é intermitente.
agora é paraíso.. agora não é.
o mito paraíso permanente é nocivo. frustração certa. sem saída.
no pico paraíso perde-se tempo tentando que permaneça pelo sempre sonhado/fantasiado.. e nunca encontrado.. eterno/tempo tempo/eterno.
no momento paraíso perdido.. o desespêro. paraíso sumiu.. não volta mais. tipo cão abandonado.
ao fim.. a vítima.. o crente do paraíso perfeito/permanente.. não curte o momento paraíso por querer eternizá-lo.
e curte profundamente a dor do paraíso perdido.. por temer que se eternize.
..
na política..
lástima que o psol.. a extra-esquerda fashion..  veio com um candidato ridículo como plínio. fosse outro talvez tomasse votos da falsa esquerda dita verde. fosse menos folclórico/viajante.. aí quem sabe?.. [ resta saber se hoje é possível alguma extra-esquerda que não seja folclórica/inviável.
o discurso metafísico enlouquecido de plínio só fez graça. um porcento. fato.
sobrou pro verdismo madeinusa. madeinusa. tem até câmara de comércio amerikana na história. incrível hulk.
o desmoralizante mesmo [ definitivo! ] na campanha verdosa foi que em nenhum.. nenhum!.. momento se falou do eucalipto brasil afora.. nem da monocultura.. o único discurso era sabotar o estado. contra belomonte. contra a transposição do são francisco [ que é engenheiria básica.. no nilo e no yang-tsé há transposições exitosas construídas há milênios.
viés imperial-sabotador. bandeiroso.
..
o que têm em comum os que votaram 43?..
a metafísica.
cabe desconstruir a metafísica..
com o elogio do real/concreto.
números números números. fatos.
em vinte dias não dá pra resolver milênios de platonismo cristão.. [ ainda não inventaram a vacina fritznietzsche.. que você toma e extermina a metafísica.
argumentem os do argumento.
seduzam os da sedução.
provoquem os da provocação.
estamos decidindo o futuro do mundo.
como sempre aliás.
mas há momentos decisivos.. como agora.
2010. limiar pra consolidar o que será esse século. que abre milênio.
é o brasil a novidade.. o centro do mundo.
organizando/liderando os excluídos da ordem mundial.
brasil/lula é pro mundo o que lula/pt é pros brasileiros.
a organização dos excluídos. pra ascender à primeira divisão.
..
a história.. o tempo.. está conosco. somos o futuro.
à luta.
Por: Francisco Latorre

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A direitona se tinge de verde, de olho no pré-sal



A ideologia da direitona é o dinheiro. A direitona, associada ao grande capital internacional, não se importa muito com os intermediários. Eles podem ser verdes, vermelhos ou azuis — desde que se transformem em agentes da privatização da riqueza financeira e mineral de um país. A direitona faz as concessões que julga necessárias em defesa de seus interesses “maiores”.
Na campanha presidencial de 2010, a direitona encarnou em José Serra, um “esquerdista” para os padrões nacionais. Por motivos táticos, a direitona agora prega a sustentabilidade, o mundo pós-carbono e outros dogmas do eco-capitalismo. A direitona acha o petróleo um nojo, a não ser na forma da querosene que abastece os jatinhos.
Nos Estados Unidos, quando a direitona corria o risco de perder o controle da Casa Branca, com o absoluto fracasso das políticas externa e econômica do presidente George Bush, embarcou na onda de John McCain, que tratou de repaginar como um candidato independente (de quem?), outsider em relação a Washington (um senador desde 1987!) e patriota (ou “do bem”).
Derrotada nas urnas, a direitona instalou os seus no Tesouro e no “coração” do governo Obama (o equivalente à Casa Civil) para:
1. Promover o resgate de Wall Street com dinheiro público;
2. Promover uma política externa subordinada aos interesses do complexo industrial-militar (na formulação de Dwigth Einsenhower, aquele famoso comunista).
Hoje, depois de promover a privatização das terras brasileiras para servir ao agronegócio, depois de promover a produção hidrelétrica na Amazônia para servir às mineradoras, depois de associar a produção de brasileira de grãos aos interesses das gigantes do setor (dentre as quais a Monsanto), a direitona só tem olhos para o pré-sal.
São trilhões de dólares em recursos minerais que significam muito mais que a maior descoberta de petróleo recente em todo o planeta. São uma sobrevida para a indústria de máquinas e equipamentos de alto valor agregado, que se via em apuros diante do chamado “pico do petróleo”, ou seja, daquele momento em que as reservas petrolíferas em terra vão começar a declinar.
Ou vocês acham que a direitona promoveu a invasão do Iraque para punir Saddam Hussein?
As reservas do pré-sal são essenciais para que a direitona financie, com riqueza alheia, o desenvolvimento das tecnologias da chamada “energia limpa”, que marcarão uma nova etapa na subordinação das “economias emergentes” aos paises ditos “centrais”. A etapa da subordinação intelectual. Nosso papel é comprar essas tecnologias pagando com os grãos (para alimentar os porcos), os produtos da terra (como os minérios) e o trabalho remunerado a 600 reais por mês! E tome “sustentabilidade” em revistas de papel couché e tintas altamente poluentes.
Nessa equação, o verdismo à brasileira oferece a cobertura ideológica para que a gente se desfaça de todo aquele petróleo — sujo!!! — abaixo do preço, obtendo em troca por preço aviltante as miraculosas tecnologias da tal “energia limpa”. Vamos todos instalar fotocélulas alemãs para esquentar a água do banho, enquanto a degradação ambiental causada pela produção de commodities será vista como consequência “natural” do desenvolvimento.
Teremos sempre a possibilidade de fazer um plebiscito.