segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pode sugerir

O povo não é bobo

A arrogância com que a Rede Globo sempre tratou a sociedade brasileira tem volta. Basta uma oportunidade e toda a humilhação suportada pelo público durante mais de 40 anos vem à tona. É o que explica a reação imediata, realizada através da internet, ao editorial veiculado pela emissora na noite de domingo contra o técnico Dunga.

Trata-se do episódio mais recente de uma série iniciada lá no final dos anos 1970 e, ao que tudo indica, não acabará tão cedo. “Cala boca Galvão” ou “Cala a boca Tadeu (o jornalista que se prestou a servir de voz do dono)” são as versões modernas e futebolísticas do famoso “O povo não é bobo, fora a Rede Globo”, ouvido pela primeira vez nas ruas de São Bernardo e no estádio da Vila Euclides, durante a greve dos metalúrgicos do ABC, em 1979.

Foi lá que a mascara global começou a cair em público e o Jornal Nacional se desencantou para uma parte dos seus telespectadores, até então crentes de que o que ali se dizia era verdade. Mas como podia ser verdade se, eles operários em greve e seus familiares participavam de atos e passeatas gigantescas ao longo dia e, à noite, ao ligarem na Globo assistiam tudo enviesado e distorcido. Deu-se ai o desencantamento, ou o fim das ilusões mediáticas, pelo menos para essa parcela da população, a uma só vez personagem e espectadora da notícia.

A resposta à manipulação foi imediata. Ao voltarem no dia seguinte para cobrir a greve, as equipes da Globo passaram a ser hostilizadas e recebidas com bordão que se tornou famoso, usado depois em outras ocasiões: o povo não é bobo...

Presenciei aqueles cenas antigas e outra um pouco mais recente: a saia-justa vivida pelo pessoal da Globo, em 2001, numa passeata na Av. Paulista. Estudantes voltavam às ruas para protestar contra a criação da Alca, iniciativa dos Estados Unidos para institucionalizar a dependência absoluta da América Latina aos seus interesses. Várias emissoras mandaram equipes de reportagem para cobrir o evento, talvez não tanto pelo conteúdo da manifestação, mas pelo fato de ser inusitado. Já haviam se passado quase dez anos das últimas manifestações estudantis de rua, ocorridas ao final do governo Collor e essa, de 2001, era uma novidade.

Constatei na avenida Paulista o constrangimento dos repórteres, operadores de câmara e auxiliares da Globo. De todas as emissoras, eram os únicos que escondiam os seus crachás, colocando-os por baixo das camisas e dos casacos. Temiam hostilidades, conscientes da existência de uma imagem fortemente negativa da empresa junto à população.

O incômodo provocado pela Globo na sociedade brasileira, sentido por alguns de forma mais concreta, por outros mais difusa, não encontra muitos caminhos para se manifestar. Através da mídia é impossível diante do controle quase monopolista da própria Globo sobre a comunicação no Brasil.

As respostas da sociedade, até o episódio Dunga, se davam de forma artesanal, em protestos de rua – como na greve do ABC – ou em faixas, cartazes, vaias e bordões vistos e ouvidos de forma cada vez mais constante nos estádios de futebol.

A internet deu uma nova dimensão aos protestos. É impressionante o número de manifestações contrárias ao poder global que circula na rede. Além do protesto em si, essas mensagens vão aos poucos constituindo comunidades, cujos integrantes descobrem, nesses contatos, que os seus sentimentos não são isolados e pessoais. Ao contrário, são coletivos e sociais, fortalecendo suas convicções.

Curiosas são as reações da empresa, talvez surpresa com o abalo de sua soberba. De forma errática ataca o técnico da seleção em editorial procurando manter a empáfia, de outro assimila o refrão “cala a boca Galvão” tentando minimizá-lo e ainda coloca funcionários para dizer que as pessoas falam dela mas assistem aos seus programas, como se audiência fosse adesão.

O público sintoniza a Globo por absoluta falta de alternativa, dentro e fora da TV. Dentro, porque o que há de concorrência ou é semelhante à Globo ou ainda pior. Fora, pela falta de opções de cultura e lazer acessíveis a maioria da população brasileira. Não há amor pela Globo. Ninguém a chama de “tia”, como os britânicos fazem com a BBC, numa demonstração de afeto resultante de uma relação aberta e honesta.

Mas é preciso ressaltar que a combinação Dunga-internet está prestando um serviço inestimável à nossa sociedade. Permitiu que o grito reprimido na garganta durante tanto tempo ganhasse novos caminhos e, acima de tudo, encontrasse eco tornando-o cada vez mais forte. São caminhos sem volta.

O artigo é do Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Publicado no Carta Maior

sábado, 26 de junho de 2010

Problemas

Olá Amigos(as)!
Meu Blog (quase ex) está passando por alguns probleminhas. Na verdade perdi quase todos os links da minha lista e a maioria dos que restaram, aparecem como links corrompidos, impossível de acessar. Estou tentando resolver, mas, sem sucesso. Veremos o que se apresenta até amanhã. Saludos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sul e “ricos” apoiam Lula. Será que vão votar no Serra?

Hoje, a Folha falou sobre o detalhamento da pesquisa CNI/Ibope liberada ontem e já colocou na manchete, sem rodeios, quem seriam os eleitores do tucano: “Serra só mantém vantagem no Sul e no eleitorado mais rico, diz CNI/Ibope”.

Será mesmo? Achei meio estranho o Sul, com toda a sua herança democrática e progressista, estar na contramão do país. Fui conferir os números de aprovação do Presidente Lula na região. Nem preciso dizer que não achei isso em matéria nenhuma, tive que ir na própria pesquisa, no site da CNI, para constatar o que eu já imaginava. Lula tem 80% de aprovação na região. Será mesmo que, quando for dada a largada da campanha, e “o cara” apontar para sua candidata na televisão dizendo ‘ó, é ela”, vai sobrar algum tucano em cima do galho?

Continuei esmiuçando um pouco mais – também não quis engolir de cara o “óbvio ululante” de que os “mais ricos” votem em Serra. É natural que Serra tenha mais apoio nesta faixa, mas 75% dos entrevistados com renda familiar maior que 10 salários mínimos também aprovam o Governo Lula. Ficou claro que a melhoria de renda das classes menos favorecidas não implica em perdas para quem ganha mais de 10 mínimos. O Brasil pode ser generoso com todos, sem exageros.

Podem apostar que Dilma vai ganhar, e bem, também no Sul. E que até em São Paulo, terra do tucanato, chegará à frente de Serra.

Não vamos nos iludir, o Ibope pode ter mostrado pela primeira vez Dilma na frente, mas os “contorcionismos” dos órgãos de imprensa ao divulgá-la, não vão parar.
Leia mais no blog Tijolaço do Brizola neto
Nota do Blog: É imperativo relembrar as declarações do ex jogador Sócrates, quando este se referiu em especial aos gaúchos como reacionários e conservadores além do que, temos este estropício de governo da paulista e entreguista Yeda Crusisus. Aliás esta senhora completaria de forma harmônica a chapa de José Serra. Não obstante, observem que Serra só ganha de Dilma na região Sul, é triste, mas é verdade. Esta é a sociedade guasca que nos leva cada vez mais pro fundo do poço, com indicadores econômicos e sociais vergonhosos na comparação com outros estados.Outrora tínhamos orgulho disso, hoje, nem isso.

Sem saída, José?


Para enfrentar a batalha por espaço político a partir das eleições de outubro, quando serão escolhidos, além do presidente, novos governadores, senadores e deputados, a direita brasileira, sem projetos ou discursos, ensaia a repetição de arrazoados desmentidos pela história recente. Não sabendo como fazer oposição a um governo que completa seu oitavo ano cercado por popularidade recorde e sem idéia de como restabelecer o prestígio de seus mais ilustres quadros, ao tucanato restou os factóides na imprensa e a esperança no ativismo judiciário.

Insistindo em ignorar que um novo paradigma econômico reclama um novo paradigma político, com um Estado forte, dotado de poder econômico e capacidade, para fazer cumprir as leis e regulamentações que estimulem o crescimento econômico com justiça social, sobra a José Serra a defesa de um “Estado musculoso que não se pareça com um lutador de sumô”. A direita, convenhamos, já foi bem mais feliz em metáforas.

O que o leitor lerá, até outubro, nas colunas da imprensa corporativa é tão previsível quanto a sucessão de dias e noites. O desequilíbrio do setor público será apresentado como resultante do modelo de intervenção do Estado na economia. O único problema é que, ao contrário da gestão neoliberal, não há qualquer evidência de exaustão macroeconômica. Na linha inversa do que afirma o credo conservador, o Estado não perdeu força como agente de desenvolvimento em uma economia complexa. Quem se mostrou um estorvo ao progresso, em razão de uma interferência caótica na vida das pessoas e das empresas, gerando privilégios para setores improdutivos, foi o mito do mercado como mecanismo capaz de regular-se a si mesmo.

Como repete incansavelmente o presidente Lula, a mudança na orientação da política econômica salvou o capitalismo brasileiro dele mesmo, democratizando seu funcionamento, a fim de sair de uma crise que parecia interminável. Manter as linhas mestras do atual governo corresponde a seguir o desafio a que se propôs Keynes, e ao qual devemos dar continuidade agora devido ao caráter cíclico das crises capitalistas.

Serra sabe que é herdeiro de um legado assustador. O governo ao qual se opõe foi capaz de ultrapassar o modelo supostamente modernizante e concentrador de rendas, herdado do consórcio liderado pelo PSDB, para uma etapa caracterizada pelo trinômio “crescimento-distribuição-participação”. Os critérios de escolha, em outubro, estão dados pelos êxitos obtidos pelo campo democrático-popular: retomada do desenvolvimento econômico e tomada de medidas voltadas para a redistribuição de renda e riqueza entre classes e regiões. Tudo isso realizado por atores políticos capazes de hierarquizar adequadamente as prioridades e de tratá-las dentro de um arcabouço de legalidade. Será de pouca valia argumentações que desconsiderem situações políticas novas e completamente distintas das que existiam em 2002.

A situação piora quando José Serra chama o Mercosul de farsa e ataca a ações diplomáticas levadas a cabo no atual governo. Fica claro que seu projeto de política externa seria guiado pela subalternidade aos desígnios estadunidenses e não pela realização mais plena da convivência internacional soberana. Só mesmo uma miopia conservadora, colonizada, de caráter quase religioso, pode justificar esse posicionamento.

Se a direita acredita ter alguma chance no terreno da moralidade abstrata, incorre em outro um equívoco colossal. Há algum tempo, com a inclusão crescente de amplos setores da população na esfera do consumo, o brasileiro compreendeu que toda a campanha contra o governo petista envolveu apenas um moralismo de fachada.

Sob o espetáculo midiático, a defesa de valores abstratos é feita por pessoas que sempre foram coniventes com a injustiça social. A pedagogia do cotidiano removeu argumentos que não passavam de cortina de fumaça para encobrir outros interesses. A sabedoria do senso comum já aprendeu que a pior imoralidade é condenar o povo, depois de séculos, a continuar a ser explorado, a não ter onde morar, o que comer, a viver em um estado de miséria e ignorância. E agora, José? Qual o próximo dossiê a ser apresentado como substituto a um projeto de país?

O artigo é de Gilson Caroni Filho no Carta Maior
Gilson Caroni é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil








segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saramago, depois de morto, ganha outro Nobel


Quem não gostaria de morrer e ser credenciado como o que sempre denunciou a farsa da ilusão religiosa?

Já se vê que Saramago acaba de merecer mais um Prêmio Nobel, o de ter ajudado a desconstituir o delírio na realidade que é a paranóia religiosa. Convenhamos, que com as armas da literatura, tecendo textos ditados pela imaginação, este escritor corajoso ajudou a minar a institucionalidade material das religiões, com seus podres poderes terrenos, suas aterrorizantes ameaças metafísicas, sua eterna depreciação da vida, suas trágicas opções políticas, seus bancos endinheirados e suas práticas de corrupção, violência física e simbólica contra crianças e jovens, alienação generalizada e sobretudo por espalhar dogmas que dividem os humanos ao invés de reconciliá-los em boa vontade e tolerância mútua.

Saramago agora - de fato - deve estar perfeitamente feliz.


Coisas da vida.
Leia o texto completo no Diário Gauche do
brilhante sociólogo gaúcho Cristóvão Feil

domingo, 20 de junho de 2010

Ella! Sandrinha quer nosso pelego.

Gaúchinha nojenta.
Ella pretende calar a boca dos blogs Lulistas.
Blogs Dilmistas então, nem se fala.
Ella não permite. Sandrinha é má, olha feio para todos.
Ella é da escola jurista gaúcha.
Miguinha de Nelson Jobim e Hellen Grace.
Todos mimosos e sábios, ensinados pelo Brossard.
Quer fazer contraponto a isso?
Danou-se.
Blogueiro só se for de pornografia (nada de politica)
De amenidades, subjetividades...Pode.
Tipo revista Veja, Caras ou "colonista do PIG", pode.
Blogs de opinião, não,  estão censurados.
Como sempre.
E segundo Sandrinha, pagarão multa por defender o governo entreguista do Lula.
Se defender o Serra...Pode
Serra, na verdade é a salvação do PIG e da ditadura Juridica imposta pelo estado supostamente democrático do Brasil.
Sinto cheiro ruim....tá fedendo....
Vai feder...

A pauta do desespero

Vendas de caminhões crescem 90% até maio; projeções do BNDES para investimentos já ultrapassam previsões pré-crise; vendas de cimento crescem 18% no ano; 9 fábricas cimento estão sendo construídas pela Votorantim para atender as obras do PAC e do setor habitacional; 39 shoppings centers estão em construção no país; 93% das categorias pesquisadas pelo Dieese tiveram aumento real de salário no ano passado... É sob esse arcabouço que deve ser analisada a desesperada tentativa da Folha de SP de dar vida a um natimorto enredo de arapongas & dossiês para atingir a candidatura Dilma Rousseff. A Folha, como se sabe, é aquele veículo que falsificou uma ficha policial contra a então ministra Dilma Rousseff em manipulação rudimentar de cola & xerox atestada por peritos da Unicamp. A pauta de dossiês & arapongas inclui-se nessa receita de remendos grosseiros adotada por uma redação que já não pode cobrir fatos políticos relevantes sem cometer um harakiri editorial. Silenciam os jornalistas da família Frias diante da acelerada voçoroca que corrói o chão da candidatura Serra, minada por disputas terminais para escolha do vice, que DEMOS reivindicam como condição para se manter na aliança, bem como diante da sangria desatada em Minas, o 2º colégio eleitoral do país, onde florescem diferentes modalidades de voto anti-serra (Dilmasia; Pimentésio...) , sem esquecer o derretimento do demotucano no 3º colégio eleitoral,o Rio, onde o namoro de Serra com o PV virou novela de traições & rupturas. O desespero da Folha é o mesmo que inspirou o script constrangedor da propaganda eleitoral antecipada do PSDB, no horário gratuito na última 5º feira. Aspas para um trecho síntese da narrativa ‘popular adotada pelo programa: ‘...Zé Serra é um sujeito simples, de bem com a vida, de bem com seu povo...' Em seguida, numa cena de rua, o próprio Serra confirma: "Como tudo com pão'.

(Carta Maior e o pulso da candidatura anti-Lula e anti-Dilma; 19-06)
Continue lendo no Carta Maior

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A campanha de desqualificação dos argentinos


Uma aliança perigosa entre PIG, publicitários e anunciantes

É preciso denunciar uma cumplicidade perversa entre alguns (maus) publicitários, o PIG e anunciantes brasileiros. A aliança maléfica visa envenenar o senso comum contra as populações do Cone Sul, em especial os argentinos.

Ora é a propaganda indigente de uma cerveja fedida (com gosto de urina de rato, como diria o marinheiro Arthur Gordon Pym), que faz dos argentinos objeto de zombaria. Ora são jornalistas idiotas que alimentam uma rivalidade extracampo, para bem além da mera disputa esportiva, entre o futebol argentino e o futebol brasileiro.

Ontem, na televisão, depois do jogo dos argentinos, escutei um repórter fazer comentários sobre a torcida: para ele, os torcedores "argentinos são fanáticos", os torcedores "brasileiros são alegres e desinibidos". Apenas um exemplo entre tantos outros que poderiam ser citados como ilustração dessa campanha aparentemente ingênua e desimportante.

A eleição de falsos adversários é artifício rasteiro da mediocridade organizada. Seus instrumentos de trabalho são a má consciência, o preconceito, e a divulgação em tom alto das piores suspeitas que o senso comum guarda dos nossos vizinhos. Além de simplificar a identidade cultural de estrangeiros irmãos, como se estes portassem um único e indivisível espírito nacional, e como se este espírito não fosse fatiado por tantas classes sociais quantas o capitalismo pode produzir.

É preciso protestar contra essa campanha que é o prefácio do fascismo. A técnica continuada de desqualificar o outro, o estrangeiro, o que não é igual, é a ante-sala do obscurantismo.

Coisas da vida.
Postagem do Sociólogo Cristóvão Feil no seu Diário Gauche
PS: Além de concordar com o Feil, digo que tenho mais identificação com Uruguayos e Argentinos do que com alguns gaúchos e brasileiros.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Se o Serra ganhasse, o que ele faria?

Façamos um exercício de ficção político-cientifica. O que Serra faria se ganhasse?


- Tiraria o Brasil do Mercosul

- Assinaria um Tratado de Livre Comércio com os EUA

- Tiraria o Brasil do Banco do Sul

- Baixaria totalmente o perfil do Brasil em Unasul, no Conselho Sulamericano de Defesa e na Comunidade dos Paises da América Latina e do Caribe

- Promoveria uma aproximação privilegiada do Brasil com o México, a Colômbia, o Peru e o Chile

- Tiraria o Brasil dos Brics

- Nomearia Celso Lafer para o Ministério de Relações Exteriores e Rubem Barbosa para Embaixador nos EUA
- Paulo Renato, para reiniciar a privataria na educação

- Katia Abreu, para levar adiante a modernização da agricultura brasileira

- Privatizaria a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e o Banco do Brasil

- Colocaria um oficial da PM paulista para dirigir o Ministério da Segurança

- FHC como Embaixador em Paris

- Romperia relações com o Irã, a Bolívia e a Venezuela

- Compraria assinaturas da Veja para todas as repartições publicas e instituições federais

- Arnaldo Jabor para o Ministério de Comunicações

- Diogo Mainardi para cônsul em Veneza

- Artur Virgilio para dirigir a Zona Franca de Manaus

- Roberto Freire para Ministro da Pesca

Sugestões postadas no Blog do Emir Sader. Alguém sugere mais nomes?



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quem vai para o sacrifício com Serra?


Está difícil encontrar um vice para José Serra. Ninguém parece muito animado a se oferecer para o sacrifício e também faltam nomes de expressão para encarnar a imagem que os tucanos querem passar à população. Aliás, qual é mesmo a imagem, hein? A três dias da convenção nacional do PSDB, ninguém sabe quem será o vice.
Continue lendo no Blog Tijolaço

Trânsito e feriado


Aproveitei o feriadão pra matar a saudade da fronteira, afinal de contas Livramento não tem culpa de abrigar o Rincão do Atraso (cabeças tartufas) que lhe corroí as entranhas. Mas, o assunto aqui é outro. Saí de Porto Alegre na quinta feira pela manhã, dia bonito e estrada absolutamente cheia.

Desde a saída da ponte do Guaíba até a chegada na fronteira. Um caos.

Carrões, camionetes, caminhões e muitos carros populares.

Pior, motoristas despreparados, em alta velocidade e desobedecendo sinalizações básicas.

Comentamos no carro que teríamos o anuncio de recordes de acidentes e mortos no final do feriado.

De fato o numero foi recorde, entretanto aquém do que imaginei.

Morreram 38 pessoas, numero baixo diante dos absurdos e dos acidentes que presenciei.

Alguns comemoram os recordes de vendas de carros novos todos os meses, a nova classe média comprando automóveis em 60, 70 e até 80 meses.

Na contramão de tudo isso, temos estradas pedagiadas caras e de péssimas condições.

O exemplo disso é pegar a BR 290. Você paga três pedágios e trafega por pontes estreitas, asfalto ruim, estradas simples e muitas vezes sem acostamento.

Ao final do trecho Pedagiado, na altura de Santa Margarida até Livramento ás obras do PAC, mostram como podemos trafegar em boas estradas (pelo menos o asfalto é superior) federais sem pagar nada por isso.

Me dizia um amigo gaiato, “Se o Fogaça ou Yeda ganham as eleições, este trecho ta pronto pra entregar para os pedágios”.

Já em casa, imaginei no domingo a noite que havia me safado do caos no trânsito, triste engano.

Segunda feira ao apanhar as crianças na escola, terminei por bater outro recorde. Levei quase duas horas para percorrer 7 km.

Ontem fiquei sabendo que o grande congestionamento na capital foi causado por um acidente envolvendo ônibus e automóveis na Castelo Branco, saída de Porto Alegre.
O acidente ocorreu ás 14 horas e eu cheguei em casa ás 20 horas na zona sul, que via de regra nada teria a ver com a saída da cidade. Deve ter sido culpa dos Portais da Cidade prometidos pelo ex-Fogaça.

E esta gente ainda pretende Porto Alegre como sede da Copa do mundo em 2014.
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Em tempo: Clique aqui para ler a contradição e a demagogia de hoje no jornal (?) Zero Hora.
Alerta feito pelo Sociólogo Cristóvão Feil no Diário Gauche.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

oliver stone em apoio a Dilma

Tarso Genro está muito enganado


Trocamos uma indústria obsoleta e poluente por energia e alta tecnologia criativa e sustentável

Admira que o pré-candidato Tarso Genro (PT) tenha dito ao jornal Zero Hora, edição de ontem (01/6), que o assunto da montadora Ford é "um tema superado" (ver fac-símile acima).

Logo agora que o ex-ministro da Justiça anda em (justo e sincero) périplo pelo interior do estado fazendo autocrítica por ter desafiado (e vencido) o então governador Olívio Dutra, quando este era objeto dos ataques mais infames contra a sua administração, de resto, correta, participativa e agregadora.

É sensato que o próprio Tarso Genro não deva se envolver diretamente nessa polêmica interminável, seja por causa da morosidade judicial, seja porque a direita tomou o tema como mote principal para as tantas disputas eleitorais que aconteceram na última década.

Mas o Partido dos Trabalhadores, e a Frente Ampla, novo batismo da velha Frente Popular, podem e devem esclarecer - no rádio e na televisão - a população sul-rio-grandense sobre a farsa chamada "PT mandou a Ford embora".

O PT, e sobretudo o cidadão Olívio Dutra, sofreram um longo e tenebroso inverno político-eleitoral de 10 anos motivado pelas palavras de ordem da direita, baseado no teatro mambembe do caso Ford. Isso não pode ficar assim.

O tema não está superado, de forma alguma, em absoluto.

É preciso fazer da sentença judicial condenatória da Ford um atestado de idoneidade da administração petista de Olívio Dutra - uma administração moralmente inquestionável.

A população deve saber que a montadora foi embora por "livre e espontânea vontade", como lembra o próprio Tarso. Ainda assim, a Ford não se preocupou em ressarcir os cofres públicos dos adiantamentos pecuniários que logrou conquistar ainda no governo Antonio Britto (PMDB). Por isso a presente condenação indenizatória ao Tesouro estadual.

Para tanto, o governo Olívio compensou o estado com políticas de implantação de infraestrutura industrial e tecnológica de importância estratégica e valor permanente.

Só para citar duas políticas e ações administrativas implantadas pelo governo Olívio:

1) a rede de gás natural e energia elétrica que superaram o "apagão" de FHC e fomentaram baixos custos na indústria sulina;

2) a implantação das bases do Ceitec, hoje, um própero empreendimento estatal de criação de Tecnologia da Informação no RS, uma referência mundial em microchips.

Quer dizer, noves fora: foi-se uma indústria obsoleta, de baixa tecnologia, poluente, parasita dos cofres públicos (aqui e nos EUA), insustentável sob todos os aspectos e vieram gás natural, energia elétrica para todos, e um centro de excelência em alta tecnologia - berçário de dezenas de pequenas e médias indústrias de tecnologia no Rio Grande do Sul, agregadores de emprego e renda.

O caso Ford, portanto, deve ser mote para debater um novo tempo para o RS, um tempo para se construir um presente e um futuro de autonomia para todos.
Artigo do brilhante sociólogo Cristóvão Feil no imperdível Diário Gauche

Recebi a Hillary Clinton porque o Amorim pediu, diz Lula

terça-feira, 1 de junho de 2010

A Lei Eleitoral é hipócrita. E serve ao Serra



Ministro Mello, do TSE: vamos supor que o Brasil não seja uma democracia
No Brasil, rico não vai para a cadeia.


A lentidão da Justiça é para beneficiar os ricos.

O poder de entrar com recursos é para ajudar os ricos.

Rico não usa algema.

Negro não vai a restaurante chic.

Garçom negro não trabalha em restaurante chic.

Negro só entrou na universidade com o ProUni.

No Brasil ainda tem trabalho escravo.

Tem gente que ousa dizer que o Brasil não é racista.

Quando o Lula fez o Bolsa Familia para dar comida aos pobres, disseram que é o “Bolsa Malandragem”.

Tres familias controlam os meios de comunicação – são os que falam em “Bolsa Malandragem”.

Nessa pseudo-democracia, só quem tem liberdade de expressão são os donos da “liberdade de imprensa”.

A Globo tem 50% da audiência e, com isso, controla 70% da publicidade em tevê, que é 50% de toda a publicidade do país.

A rádio-difusão no país se regula por uma lei de 1961, quando não havia televisão.

O Brasil é o único país da Operação Condor que perdoou os torturadores.

No Brasil, o candidato gasta quanto quiser para se eleger.

E ainda dizem que o Brasil é uma democracia.

Uma das poucas coisas democráticas do Brasil é o horário eleitoral gratuito.

É quando o partido trabalhista pode, teoricamente, enfrentar o poder da grana do partido conservador.

Todo mundo sabe, desde sempre, que o Serra é candidato.

Que usou – e usa – a grana do povo de São Paulo para se eleger.

Serra chegou a anunciar água da Sabesp no Acre.

E a Justiça Eleitoral ?

Calada !

Todo mundo sempre soube que a Dilma é candidata do Lula.

(Menos o Ciro, talvez.)

Que o Lula não é a Bachelet e não vai deixar os conservadores tomarem o poder, para vender o Bolsa Familia à Wal Mart e o pré-sal aos clientes do davizinho.

Todo mundo sabe.

E fica essa pseudo-democracia do PiG (*) a falar em “pré-candidato”.

Essa pseudo-democracia do PiG (*), que, como diz o Emir Sader – clique aqui par ler – é o maior obstáculo à vitoria acachapante do Serra.

Esse PiG (*) que endeusa os magistrados que dizem o que ele quer.

Juízes que dão HC a passador de bola apanhado no ato de passar bolsa, em nome da Democracia !

E o TSE a perseguir a Dilma e o Lula, em nome dessa pseudo-democracia.

E deixa o Serra solto.

Pura hipocrisia.

Para fingir que o Brasil é uma democracia.

Para ocupar as páginas do PiG (*).

E derrubar o regime trabalhista com um golpe branco (“democrático”).

Sem precisar ir às urnas.

Clique aqui para ver o que diz o Tijolaço do Brizaola Neto, que re-lançou a campanha da legalidade: eleição se ganha no voto.

Honduras, que tal ?

Esse pessoal pensa que o Lula é o Zelaya.

Não é, Feijóo ?


Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

Israel: novo massacre humanitário?

Os capítulos da história são tão claros, quanto dramáticos. Primeiro os judeus obtêm a aprovação da ONU para a construção do Estado de Israel. Para isso expulsam milhões de palestinos que ocupavam a região. Em seguida, aliados aos EUA, impedem que o mesmo direito, reconhecido igualmente pela ONU, seja estendido aos palestinos, com a construção de um Estado soberano tal qual goza Israel.

Depois, ocupação dos territórios palestinos, militarmente, seguida da instalação de assentamentos com judeus chegados especialmente dos países do leste europeu, recortando os territórios palestinos.

Não contentes com esse esquartejamento dos territórios palestinos, veio a construção de muros que dividem esses territórios, buscando não apenas tornar inviável a vida e a sustentabilidade econômica da Palestina, mas humilhar a população que lá resiste.

Há um ano e meio, o massacre de Gaza. A maior densidade populacional do mundo, cercada e afogada na sua possibilidade de sobrevivência, é atacada de forma brutal pelas tropas israelenses, com as ordens de que “não há inocentes em Gaza”, provocando dezenas de milhares de mortos na população civil, em um dos piores massacres que o mundo conheceu nos últimos tempos.

Não contente com isso, Israel continua cercando Gaza. Um ano e meio depois nem foi iniciado o processo de reconstrução, apesar dos recursos recolhidos pela comunidade internacional, porque a população continua cercada da mesma maneira que antes do massacre de dezembro 2008/janeiro 2009. As epidemias se propagam, enquanto remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, cercada como se fosse um campo de concentração pelas tropas do holocausto contemporâneo.

Periodicamente navios tentavam levar comida e remédios à população de Gaza, chegando por mar, de forma pacífica, mas sistematicamente eram atacados pelas tropas israelenses. Desta vez a maior comitiva internacional de paz, com cerca de 750 pessoas de vários países, se aproximou de Gaza para tentar romper o bloqueio cruel que Israel mantêm sobre a população palestina. Foi atacada pelas tropas israelenses, provocando pelo menos 19 mortos e várias de dezenas de feridos.

Quem representa perigo para a paz na região e para a paz mundial? O Irã ou Israel? Quem perpetra massacres após massacres contra a indefesa população palestina? Quem impede que a decisão da ONU seja colocada em prática, senão Israel e os EUA, bloqueando a única via de solução política e pacifica para a região – o reconhecimento do direito palestino de ter seu Estado? Quem comete os piores massacres no mundo de hoje, senão aqueles que foram vítimas do holocausto no século passado e que se transformaram de vítimas em verdugos?
Texto do Emir Sader em seu blog.