segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre candidaturas e tecnologias descartáveis


 
O presidente municipal do PSB de Porto Alegre, faz uma efusiva defesa e até  ilustração sobre o que representa "pra eles" a candidatura da Deputada Manuela Dávila pra Prefeitura da capital.
Segundo o socialista, "Fazendo uma comparação tecnológica, Manuela representa o já popular smartphone, enquanto as demais candidaturas à Prefeitura de Porto Alegre representam os primeiros telefones móveis, como o lançado no ano de 1973 em Nova Iorque, com 25 cm de comprimento e 7cm de largura, pesando “apenas” 1 quilo e com uma bateria que durava 20 minutos. São aparelhos que tem como função principal a comunicação, por voz ou dados, mas que exercem isso de modo muito diferente. Algo como comparar o modelo analógico com a tecnologia 4G."
Clique aqui pra ler o texto completo.
De fato, a comparação mais apropriada para o governo que a candidata Manuela propõe deve ser reduzida aos avanços naturais da tecnologia das comunicações que, por sinal, são descartados e substituídos por novidades, em uma alta velocidade movimentada por uma indústria estrangeira voltada mais para o lucro do que para o efetivo uso de novas ferramentas com responsabilidade social.
 
Além da evidente imaturidade como gestora, a candidatura da coligação PSB e PCdoB, que padece de contradições inexplicáveis (como ter um candidato a vice-prefeito que era da atual administração, o apoio do agronegócio, além de seu líder Aldo Rebelo ter compactuado com o código florestal mais atrasado do país)  se insere na lógica fácil de se apresentar como "o novo" apenas por conta da idade, quando é uma profissional da política acostumada às disputas eleitorais na última década.
 
E como parte dessa premissa, já que é mais nova entre os candidatos, julga-se no direito de diminuir conquistas extremamente importantes como foram os 16 anos do pT na prefeitura invertendo prioridades, acumulando conceitos e práticas que continuam sendo implantados pelos governos do PT em âmbito nacional com Lula e Dilma e no nível estadual com Olivio e Tarso, priorizando as políticas públicas para quem mais precisa, transformando Porto Alegre em referência internacional do FSM, da democracia participativa e da qualidade de vida.
Nem interessa a mídia,o aparelho eletrônico, vinil ou CD, para se ouvir música. Primeiro, antes de tudo tem que se saber compor a música de qualidade.
 
Talvez na lógica da tecnologia 4G, a candidata Manuela tenha conseguido fazer cursos de Gestão pública em Haward,  mais um (?) na Espanha e outro curso na Holanda em tão curto espaço de tempo. Atrasados somos nós que temos que ralar anos pra fazer uma mísera graduação ou cursinho de tecnólogo.

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