FOLHA JOGA 'CARGA' AO MAR EM OBITUÁRIO DE SERRA
Na corrida contra o relógio para mitigar uma credibilidade em ruína, Folha aproveita o horário eleitoral para 'convergir' suas pesquisas (Datafolha: Dilma 47% X Serra 30%) e largar a alça do esquife tucano. Seu editorial deste sábado é a mais pura expressão do clássico 'o roto falando do rasgado': o oportunismo ataca o oportunista.
O jornal da família Frias se junta ao êxodo de roedores por todo o país, como se não fora a mídia demotucana o alicerce de arranque que insuflou, alimentou e deu legitimidade à construção de um antilulismo elitista, agressivo e preconceituoso, que teve na plutocracia paulista, no PSDB de São Paulo e na classe média porosa ao colunismo da Folha, seu principal polo germinador.
Serra é a síntese dessa coalizão de interesses e agora estrebucha. Resta saber como reagirá ao abandono dos patrocinadores.
Confira trechos do editorial: " [...] Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de “defender” o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. “Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/… Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu.” Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista.
A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira[ ...] em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como “Zé”, no improvável intento de redefinir sua imagem pública.
Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece.
Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas...'
O jornal da família Frias se junta ao êxodo de roedores por todo o país, como se não fora a mídia demotucana o alicerce de arranque que insuflou, alimentou e deu legitimidade à construção de um antilulismo elitista, agressivo e preconceituoso, que teve na plutocracia paulista, no PSDB de São Paulo e na classe média porosa ao colunismo da Folha, seu principal polo germinador.
Serra é a síntese dessa coalizão de interesses e agora estrebucha. Resta saber como reagirá ao abandono dos patrocinadores.
Confira trechos do editorial: " [...] Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de “defender” o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. “Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/… Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu.” Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista.
A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira[ ...] em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como “Zé”, no improvável intento de redefinir sua imagem pública.
Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece.
Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas...'
Texto pescado no Carta Maior
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