terça-feira, 3 de maio de 2011

Charlas entre Obama e Osama - Parte 2



Bin: Alô, oh parceiro, cuméquitá? Mais tranqui hoje (risos). Falaí.
Oba: Puta meu, desligou o telefone na minha cara. Isso não se faz, nosso assunto é sério, tô apavorado, te precisando e tu resolve te encavernar aí. Tudo bem, sei que você pode ter 500 muié, mas, péraí.
Bin: Nada disso, pensei que tava nos teus delírios de equilibrar as contas da dívida impagável de vocês, não tava a fim desse papo.
Oba: Qué isso! Tava fazendo uma análise de conjuntura. Geo-política véinho, qualé? Nem ouviu minha proposta. Te falei, preciso de você.
Bin: Ok, tô ligado, tu me falou de PAQ, confundi com o PAC. Nada a ver, são esses ares da montanha, tô cagando pra conjuntura política internacional.
Oba: Então! Tava te falando do Paquistão, tenho os cara tudo na mão e preciso criar um fato. O fato. Diria, o Fato do século 21.
Bin: Opa, tamu nessa.
Oba: então me escuta e não desliga esta merda de telefone.
Bin: Beleza, fala aí chefe dos chefes.
Oba: Menos, menos. Você conhece a cidade de Abbottabad?
Bin: Claro que conheço, pertinho de Islamabad.
Oba: Isso, isso, pois preciso que você vá pra lá, temos um local pra você ficar.
Bin: Tá, mas vou fazer o que lá? Qual a operação?
Oba: Salvar a América, me salvar, me reeleger, salvar o mundo.
Bin: Putz, nunca imaginei algo tão grandioso. O que devo fazer lá?
Oba: Nada, fique lá, vamos mandar um Pelotão de Operações Especiais matar você.
Bin: Tchê (ele tem sotaque gaúcho), vai tomar no teu rabo. Vou desligar, tá me tirando pra coió de novo?
Oba: Calma mano, não é nada disso. Vamos fazer um acordo, na boa, sempre existe um acordo. Estou te propondo a “paz eterna”
Bin: Tu deve estar cheirado hoje. Cara tu só me liga quando tá bêbado ou cheirado e fala de “paz eterna”.
Oba: Me ouve, não desliga. Seguinte; Você tá velho, fez coisas grandiosas, históricas até. Merece viver em paz agora e para sempre.
Bin: Legal, baita proposta. Vocês me matam e eu viverei na “paz eterna”.
Oba: Nada disso, vamos matar você, mas, não é matar de matado, morrido.
Bin: Ah tá, vocês me matam e eu não morro. Hummm, sei.
Oba: É isso, eu mato você e você não morre.
Bin: Cara, tu tá querendo me conversar né? Tô véinho, mas não sou idiota. Nuntointendenu.
Oba: Na boa, você ficou ultrapassado, nem conhece redes sociais, mídia golpista e sensacionalista. Preciso criar o FATO. Entendeu?
Bin: Mais ou menos. Tu vai me matar, mas, eu não vou morrer e terei “paz eterna”. É isso?
Oba: Agora estamos nos entendendo nobre príncipe. Poderás voltar a sê-lo.
Bin: Interessante. Paz eterna, voltar a ser príncipe. Mas, que história é essa de morrer?
Oba: Não é morrer. Eu vou matar você. Mataremos o mito, acabar com este simbolismo e acabar com o terror.
Bin: Tu complica minhas idéias com este palavreado enrolador.


Continua.

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