Escrevi este texto no início de março de 2011, também início do governo Tarso no retorno de uma viagem que fiz a Livramento, fruto de conversas com os companheiros. Hoje um colega tuiteiro/blogueiro me passou a postagem que ele havia reproduzido em seu Blogue. Posto novamente, pois se tornou relevante diante dos encaminhamentos e do "Estado de Gréve" declarado pelo Cpers.
Ai está a reprodução do texto de aniversário!
No final de
semana carnavalesco na fronteira tive encontros e conversas até certo ponto
inusitadas. Pessoas que te imaginam parte ativa do governo, que te fazem
perguntas efetivas e cobram posições. É como se você tivesse que responder por
governos ou políticas de governo. Numa roda com professores estaduais, alguns
filiados ao PT e outros não, fui questionado sobre salários do magistério, piso
nacional e plano de carreira. As Professoras mais exaltadas me diziam:
Este é o
governo do PT, vocês vão mexer no nosso plano de carreira?
Tarso Genro
vai pagar o piso nacional?
Ele fará como
Yeda que se propôs a pagar o piso e nos retirar direitos?
Quando o
barco começa a fazer água a melhor decisão é colocar o colete salva-vidas,
aliás, esta deveria ser a primeira providencia ao entrar no barco. Quase que
numa braçada de afogado, brequei a discussão com uma sinceridade
inconfundível!
Péra lá! O
governo não é petista.
Como assim,
não é petista? Me retrucaram.
Vocês
ganharam a eleição, tu está querendo nos conversar? Sabemos da tua capacidade de
argumentação, entretanto não somos ingenuas amigo. O discurso não era
este.
Ok! Quero
dizer a vocês que sei do compromisso do governador, não apenas com o piso
nacional, mas, também com o plano de carreira do magistério estadual.
Entretanto, o governo não é petista. Entenderam? O governador é petista, mas, o
governo em sua maioria é não petista.
É bem verdade
que a secretaria de educação é do PT, mas, mesmo assim existem vários partidos
que compõem esta secretaria.
O governo do
Rio Grande é um governo de coalizão, pior, é um governo de
“transversalidade”.
Creio que me
enrolei mais ao dar este tipo de explicação. Elas voltaram a carga.
Isto, é mais
um subterfúgio pra fugir dos compromissos. Tu sempre tenta te safar das
discussões e defender teus amigos petistas. Tu também deve estar no governo da
Dilma ou do Tarso.
Não. Não é
verdade isso. Perguntem aos petistas do governo, eles dirão a vocês que a tal
transversalidade existe.
Vocês lembram
do Lara? Aquele deputado aqui de Bagé? Aquele que fez um carnaval no 20 de
setembro no governo do Rigotto?
Claro que
lembramos, me contestam. Ele também foi secretário do governo Yeda.
Pois é, me
exibo, já meio recuperado.
Ele também é
secretário neste governo.
E, lhes digo
mais. Lembram do PDT? Aquele partido que era vice do Fogaça?
Sim, me
respondem. O que tem eles?
Estão no
governo. São os donos da saúde.
Da saúde? Me
questionam.
Sim, da saúde
e mais um lote de diretorias nas mais diversas secretarias. Isso é a
transversalidade.
É uma salada
de partidos misturadas em varias secretarias e departamentos. Digo mais, além
dos partidos aliados, dos que concorreram contra o PT, ainda existem os
remanescentes do PMDB e PSDB que continuam neste governo.
Portanto, o
governo do Rio Grande do Sul, não é um governo petista.
É um governo
“transversal e de coalizão”.
Tenho a
impressão real que saí desta discussão como mentiroso, conversador.
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