sexta-feira, 3 de junho de 2011

O PMDB do Lula e de todos


Ontem, assisti o programa do PMDB. Um desfile de personalidades de fazer qualquer cidadão pular da cadeira e arrancar os cabelos. Pior, eis que, o epílogo assustaria ainda mais. Surge da escuridão do programa e das sombras que o antecederam, Luiz Inácio da Silva. Sim, ele mesmo o Lula. Depois de retirar as crianças da sala e me recobrar, fiquei repassando na memória nomes caquéticos, múmias políticas que insistem em assombrar os corredores do Congresso.
Por mais que esperneemos, que nos martirizemos, o “Nunca Dantes” tem razão.
Lula foi no programa desta turma pra agradecer. O PMDB lhe ofereceu apoio em seus dois mandatos.
Ah, mas o PMDB também apoiou FHC. Sim é verdade.
Não apenas apoiou FHC em seus dois mandatos, mas, também apoiou Collor, Itamar e Sarney.
Apoiaria o Mubarak, Kadafi ou quem estivesse lá.
É da natureza deles. É inerente a sobrevivência deles
Por isso, quando abrem as portas deste armário, saltam figuras como Sarney, Barbalho, Garibaldi, Lobão. Balançando o mofo e se reinventando.
Não obstante, surge do nada, ou melhor, são figuras carimbadas por outras “obras”. Chalita e Skaf.
Duas pessoas fantásticas que tiveram uma experiencia traumática no PSB paulista. Por “idealismo” marcharam para o partido que é a cara deles
Vocês devem estar se perguntando pelo Pedro Simon. Não, eu não esqueci do vitalício.
Simon, o homem de dupla face, dois discursos e duas éticas.
O Homem que se fantasia depois que passa o Mampituba. Mentor e mantenedor do governo Yeda no Rio Grande. Nunca abriu a boca pra condenar o descalabro dos seus.
Grande parte denunciada e virando réus. Lá, depois do Mampituba é conhecido como paladino da ética.
O PMDB é como o sagu servido de sobremesa em restaurante. Parece que ninguém come, você vai hoje ele está lá, volta amanhã ele está com a mesma cara. As pessoas comem, mas, ele brota do nada, se você comer um pouquinho ele volta a crescer.
Assim é o eleitorado do PMDB. Invisível.
Você amigo(a) leitor, imagine a seguinte cena: Dia de eleição. Uma família saindo de casa pra cumprir com seu compromisso “cívico” de votar. De súbito, uma das crianças embebidas de felicidade e saltitantes, cantam.! Eu vou, eu vou, votar no Lobão eu vou. Pode ser o Barbalho, Garibaldi.
Parece insólito. E é.
Mas, enfim, este é o PMDB. Sim, estes são os nossos aliados e aliado de todos.
Depois do programa na Tv com os grandes “astros” do PMDB, tentei lembrar em qual Estado, além do Rio Grande do Sul eles são oposição.
Considerando o sabujismo escolado da turma, desisti logo do exercício, pois, mesmo onde fazem oposição, ela não é convincente.
O PMDB, depois de Ulysses Guimarães não teve mais projeto de governo. Ele é o poder instalado no Estado.
Seus tentáculos se espraiaram na República, se movimentam em todos os corredores do poder. A política brasileira é refém do PMDB.
Ou talvez a falta de uma política séria. Falo aqui de política partidária e a tão sonhada e necessária reforma politica e eleitoral.
Mas, isso é outra conversa. Aliás, conversa que minguem quer, fingem, mas não querem.
Lula está certo, tem mesmo que bater nas costas do Temer. É feio, doloroso para muitos.
Entretanto, necessário pra poupar Dilma de ter que fazê-lo em rede nacional.

Um comentário:

  1. Você deu uma definição do PMDB que eu nunca havia pensado, perfeito

    Teve outras coisas que eu nunca havia pensado, mas terei de pensar, como estudar Matemática, fugi a vida inteira e agora ela me pegou.

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